OS PASSOS CURTOS DA MENTIRA.
Certa feita saiu a mentira perambulando por ai, como é de seu costume, encontrou muitos corações vazios envolvidos pela preguiça e ai se instalou; do alto de sua vanglória contemplou o mundo e os outros corações ao derredor e em sua contemplação resolveu implantar o seu reinado da forma mais vil e avassaladora que possa existir. A partir de pequenas mentiras ou mentirinhas foi conquistando mais e mais corações ao seu legado.
Também a verdade resolveu dar umas voltas ao redor da existência e, sem acasos e rodeios, como lhe aprouve, fez a sua contemplação. Quis ela instalar-se também em todos os corações que encontrou para dar-lhes segurança e uma consciência sem mancha, mas muitos já estavam tão ocupados pelos artifícios da mentira que lhe negaram lugar. E o que se viu afinal deixou estarrecidos a todos quanto honestamente queriam viver, pois máscaras sem contas se multiplicaram uma após outra e o número dos mentirosos aumentou de forma tal que nada se pode fazer por eles, uma vez que recusaram visitante tão ilustre.
Então a mentira começou a debochar da verdade acusando-a de ser radical, de não se modernizar, de ser arcaica e lesa, pois, como ela, a verdade deveria ser esperta e astuciosa, porque se continuasse agindo ingenuamente não iria a lugar nenhum. E assim se expressou a mentira: “Veja verdade, contemple o meu reinado em todas as esferas do poder, veja como estou arraigada, sou sutil e ninguém toma o meu posto, afinal satisfaço a todos os desejos, contanto que permaneçam sob o jugo de minhas artimanhas.
Se querem enriquecer sem esforço, ilicitamente, lhes mostro o caminho da corrupção; se querem subir aos altos postos políticos lhes ofereço a calúnia, forma mais fácil de vencer os adversários, pois uma calúnia bem planejada derruba qualquer boa intenção. Se querem prazer lhes dou os delírios das drogas ou a força compulsiva da gula ou ainda as lascívias do sexo imoral. Sou ou não sou vencedora? Responda-me verdade.”
Ao ouvir a soberba exuberante da mentira com suas críticas e argumentos sutis, a verdade pôs-se de pé e com sua limpidez cristalina deu-se a conhecer: “Eu sou daqueles que desejam a verdadeira vida, por isso não mentem; eu pertenço àqueles que nunca se cansam de buscar-me, por isso são perseverantes; estou sempre ao lado dos que na humildade constroem o alicerce da sua existência, e por isso resistem a qualquer tentação; estou com aqueles que suam o suor da honestidade para não macularem o seu coração com a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.
Poucos são os que desejam um sincero encontro comigo, mas estes não buscam fama nem poderes temporais; não vivem de fantasias ou superstições, porque lhes satisfaço todos os desejos com minhas virtudes sem que demonstrem espalhafatosamente as delícias do meu convívio. Em simples palavras, aqueles que quiserem permanecer em mim têm que a mim se dar e têm que me dar a todos os que encontrarem desejosos de minha presença.
Quanto a ti mentira, teus dias estão contados, teus passos são curtos, teus argumentos falhos e tua linhagem jamais verá o dia eterno, pois teu fim e o fim daqueles que te seguem é sempre o mesmo, o túmulo mórbido do esquecimento e da dor.”
Paz e Bem!
Certa feita saiu a mentira perambulando por ai, como é de seu costume, encontrou muitos corações vazios envolvidos pela preguiça e ai se instalou; do alto de sua vanglória contemplou o mundo e os outros corações ao derredor e em sua contemplação resolveu implantar o seu reinado da forma mais vil e avassaladora que possa existir. A partir de pequenas mentiras ou mentirinhas foi conquistando mais e mais corações ao seu legado.
Também a verdade resolveu dar umas voltas ao redor da existência e, sem acasos e rodeios, como lhe aprouve, fez a sua contemplação. Quis ela instalar-se também em todos os corações que encontrou para dar-lhes segurança e uma consciência sem mancha, mas muitos já estavam tão ocupados pelos artifícios da mentira que lhe negaram lugar. E o que se viu afinal deixou estarrecidos a todos quanto honestamente queriam viver, pois máscaras sem contas se multiplicaram uma após outra e o número dos mentirosos aumentou de forma tal que nada se pode fazer por eles, uma vez que recusaram visitante tão ilustre.
Então a mentira começou a debochar da verdade acusando-a de ser radical, de não se modernizar, de ser arcaica e lesa, pois, como ela, a verdade deveria ser esperta e astuciosa, porque se continuasse agindo ingenuamente não iria a lugar nenhum. E assim se expressou a mentira: “Veja verdade, contemple o meu reinado em todas as esferas do poder, veja como estou arraigada, sou sutil e ninguém toma o meu posto, afinal satisfaço a todos os desejos, contanto que permaneçam sob o jugo de minhas artimanhas.
Se querem enriquecer sem esforço, ilicitamente, lhes mostro o caminho da corrupção; se querem subir aos altos postos políticos lhes ofereço a calúnia, forma mais fácil de vencer os adversários, pois uma calúnia bem planejada derruba qualquer boa intenção. Se querem prazer lhes dou os delírios das drogas ou a força compulsiva da gula ou ainda as lascívias do sexo imoral. Sou ou não sou vencedora? Responda-me verdade.”
Ao ouvir a soberba exuberante da mentira com suas críticas e argumentos sutis, a verdade pôs-se de pé e com sua limpidez cristalina deu-se a conhecer: “Eu sou daqueles que desejam a verdadeira vida, por isso não mentem; eu pertenço àqueles que nunca se cansam de buscar-me, por isso são perseverantes; estou sempre ao lado dos que na humildade constroem o alicerce da sua existência, e por isso resistem a qualquer tentação; estou com aqueles que suam o suor da honestidade para não macularem o seu coração com a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.
Poucos são os que desejam um sincero encontro comigo, mas estes não buscam fama nem poderes temporais; não vivem de fantasias ou superstições, porque lhes satisfaço todos os desejos com minhas virtudes sem que demonstrem espalhafatosamente as delícias do meu convívio. Em simples palavras, aqueles que quiserem permanecer em mim têm que a mim se dar e têm que me dar a todos os que encontrarem desejosos de minha presença.
Quanto a ti mentira, teus dias estão contados, teus passos são curtos, teus argumentos falhos e tua linhagem jamais verá o dia eterno, pois teu fim e o fim daqueles que te seguem é sempre o mesmo, o túmulo mórbido do esquecimento e da dor.”
Paz e Bem!