"SAMPA" SAI NA FRENTE!
Bem, embora esteja meio difícil tecer elogios pela "terra brasilis", não poderia deixar de comemorar um projeto de lei que tramita aqui na câmara de São Paulo, que vai regulamentar o tipo de alimentação que as cantinas das escolas poderão ou não fornecer às suas crianças.
Confesso que já torcia para alguém pensar nisso.
Como sabemos, é importante que escola e pais façamos um trabalho em conjunto quanto à formação das crianças em alguns pontos estratégicos da sua formação integral.
Não convém que haja duplas mensagens entre pais e educadores.
Que tentemos falar a mesma língua, ao menos.
O hábito alimentar, embora também tenha características genéticas e culturais, pode ser estimulado e consolidado precocemente nas crianças,e a cultura alimentar já pode ser cultivada e modificada desde muito cedo pela própria família.
Não é incomum crianças que se alimentam mal porque seus pais torçem os narizes aos produtos que nem sempre os agradam, como uma alimentação mais natural, desprovidas de determinadas guloseimas culturalmente consagradas como delícias, porém nem sempre de valor nutritivo agregado.
Adquirir bons hábitos alimentares é um patrimônio que não tem preço na vida das pessoas, e que podemos proporcionar aos nossos filhos, porém, medida do possível, a escola tem que colaborar.
Eu particularmente, quando muinha filha era criança, tomava todo o cuidado para fazer uma lancheira saudável, com frutas, yogurt, sucos naturais, pouco açúcar, cereais e sanduiches mais lights em sal e gorduras, inclusive as trans, que agora estão legalmente proibidas.
Às vezes torcia meu nariz para as cantinas porque era absurdo o que se via por lá...
Conversar e explanar às crianças a importância de bem se alimentar pode ser uma atividade lúdica entre alunos e professores.
Aos poucos vão aprendendo a escolher os alimentos mais saudáveis e se divertirem com tal.
Balizar-lhes a frequência com que poderão degustar a lista do que adoram, mas que não é lá tão saudável, é uma maneira interessante de aliviar a ansiedade do primeiro momento.
Estimular a atividade física para que possam ganhar um chocolate faz com que aprendam a relação entre o consumo e o gasto de calorias pelo organismo e que aprendam a importância da manutenção do peso, e portanto, que previnam todos os malefícios da obesidade, principalmente daquela que se manifesta na primeira infância e na adolescência.
Uma criança que bem se alimenta, faz exercícios físicos e mantém seu peso, estará muito menos propensa a desenvolver diabetes e hipertensão na idade adulta, bem como toda a gama de complicações das doenças cardiovasculares que acompanham os desarranjos do metabolismo nos obesos, como o aumento do colesterol e dos triglicérides.
Cuidar do futuro dos nossos filhos é o nosso dever.
E não há futuro com qualidade quando a saúde adoece.
Parabéns a vereadora que elaborou o projeto de lei, cujo nome confesso que não sei, mas que procurarei saber.
Sem dúvida alguma, uma mulher muito além do nosso tempo e acima da parca visão dos políticos de hoje em dia...
Façamos, então, a nossa parte de pais e educadores.