Uma borboleta chamada Jornal

O gosto do brasileiro para a leitura nunca foi o melhor exemplo do mundo e se tratando da leitura de jornais, muito menos. No entanto, é preciso ressaltar que a realidade é dinâmica e o tempo, capaz de construir hábitos e destruir preconceitos.

Assim aconteceu com a população brasileira. Com o surgimento das novas tecnologias, as exigências da vida moderna de estar, constantemente, atualizado e a velocidade com que as informações passam de “quentes” para “frias” transformaram o que seria optativo em obrigação.

Atualmente é impossível estar totalmente atualizado, mesmo que se consiga ouvir o rádio, assistir TV, acessar a internet e ler os jornais ao mesmo tempo. As notícias são fluidas, surgem num piscar de olhos e estão desatualizadas antes que tenhamos tempo de chegarmos ao final da leitura.

O acesso a diferentes tipos de mídias ainda é um privilégio de poucos no Brasil, por isso o interesse aumentou pelos jornais de baixo preço que informam, divertem e não pesam no bolso do consumidor.

Além disso, o jornal tem uma característica essencial que falta em todas as outras mídias, a profundidade com que trata a informação.

Apesar do discurso da vida moderna seja não perder tempo, haverá sempre alguém para escolher um assunto interessante para analisar todos os seus detalhes. Quando optar por isso, comprará um jornal de grande circulação.

Que fique claro! As profecias quanto ao desaparecimento do jornal impresso não serão concretizadas. O que pode ser feito para evitar uma das maiores perdas da humanidade, já está em curso: reformulações.

E elas aparecem em todos os aspectos; Na aparência, nos textos, na linguagem e no público. O investimento é algo necessário e deve ser feito sem medidas. O jornal, apesar de ter a vida de uma borboleta (muito breve) tem para a sociedade o mesmo papel que ela tem para a natureza: simplicidade, tradição e diferencial.

Denisia de Oliveira
Enviado por Denisia de Oliveira em 23/04/2009
Código do texto: T1554935
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