Quando sinto meu peito arder, como se fosse um vulcão prestes a florescer, é como que um sinal de que vou passar por um vale onde o silencio e a penumbra irão me sufocar.
No sufocar das palavras, no tremular das pálpebras, em meio o lacrimejar dos olhos fixados no ar à procura de uma luz a me guiar, assim ando passo por passo em meio ao vale sombrio.
Enquanto meu caminhar é lento, meus pensamentos correm ligeiros desejando materializar tudo que me possa confortar e assim a segurança me dar.
Então, no meio do pensar, surgem algumas promessas que outrora eu li, e que agora começam a se revelar.
Promessas do tipo não temas, contigo estou, todas elas feitas pelo meu amado Senhor.
Eis que em meio ao vale sombrio e profundo do instante chamado vida, ouço ecoar em meu coração assustado, a voz do salmista que ecoa oriunda do passado.
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam". Salmo 23:4