MOVIMENTO.!!!

MOVIMENTO

JOHN, 22-04-2009

Muitos exemplos do passado não nos deixam sem argumentos é fato que tudo aquilo que aconteceu no passado foi de certa forma benéfico para o nosso país, pois, aquele movimento era coisa realmente séria e de certa forma aqueles movimentos se tornaram coisas reais dentro da nossa própria realidade. Vivemos esses movimentos intensamente e eram tempos bastante quentes, mas, quentes no melhor sentido da palavra. Havia respeito às pessoas, respeito à leis, respeito ao ser humano, respeito ao direito e principalmente respeito ao direito de propriedade. Não tínhamos conhecimento de invasões, assassinatos, roubos, estupros e outras formas de violência. Aqueles movimentos, sim, eram verdadeiros e eram liderados por pessoas realmente de cultura e de propósitos e esperanças no futuro. Eram tão sérios, que hoje estão aí, firmes e se tornaram Partidos importantes para o país e atuam na defesa de vários seguimentos de nossa sociedade e se perpetuam por possuírem justamente as características de quem tem se preocupado justamente com o bem estar da população e o sucesso deles é uma realidade visível e se preocupam realmente com a nossa sociedade. Este é o verdadeiro movimento e merece aplausos.

Recentemente vimos na TV notícias de um outro movimento, mas, ao contrário dos anteriores é um símbolo da baderna , do desrespeito às pessoas, do desrespeito à coisa julgada, do desrespeito ao direito de propriedade, desrespeito a tudo em geral. Nos deixam indignados essas ações desse movimento. Eles estão armados até os dentes e não estão preocupados com o direito e nem com a vida das outras pessoas. Eles destroem coisas particulares, invadem, derrubam árvores, quebram cercas, pontes e ainda incendeiam campos em troca da satisfação pessoal de ser um baderneiro. Podem ser considerados quadrilhas ou bandos armados.

Então a gente fica perguntando: Os estão as leis; onde está o direito à propriedade em nosso país? A justiça não pode permitir que um bando de baderneiros acabe com a tranqüilidade do nosso país. Eles se espelham na melhor forma de dizer, no Bando de Lampião, apesar daqueles lutar por uma outra razão. Mas, estes estão por aí, lutando de mãos armadas e amparados por pessoas do poder. O que é isto? Então quer dizer que: Se eu não tenho um pedaço de chão, eu também sou considerado um deles? Posso dessa forma sair por aí invadindo, quebrando tudo que encontro pela frente e por isto ficar por isto mesmo? Onde o nosso país irá parar com uma guerrilha dessas, sem sentido e sem objetivos?

Espero que os meus leitores entendam a questão, pois, não é simplesmente um ato isolado. Como já observamos há tempos, estas pessoas, ou melhor, esses marginais rurais estão por aí amparados por líderes com interesses escusos e não é só dizer por aí que é um “sem terra”, primeiro precisa entender o que é ser da terra. Ter raízes na roça, isto é o mais importante. Eu sou praticamente da roça, fui criado em fazenda até a idade tenra e sempre vivi e trabalhei na roça, até que o despertar de um novo horizonte me tirou desse destino. Estudei e saí dali, mas, mesmo sem trabalhar na roça, entendo os problemas que o homem do campo enfrenta no dia-a-dia. Sei que não é fácil trabalhar debaixo do sol, produzir alimentos para o país e depois que a colheita está na túia o preço despenca e o lavrador; o agricultor não conseguem escoar sua produção e obter um preço justo. Os preços são tão baixos que na maioria das vezes nem conseguem pagar os despesas da própria lavoura. Porque isto acontece? Talvez por falta de programas de governo incentivando e subsidiando a sua produção. Sabemos que as dificuldades são enormes e que isto ao longos dos anos tem causado o êxodo rural. Talvez, quem sabe, estes dos movimentos contemporâneos seriam os filhos ou netos daqueles do êxodo rural, que saíram de sua terra e foram para as cidades em busca de emprego e uma vida melhor?

Mas, não nos enganemos tão facilmente, pois, o perfil desses que aí estão, não se parecem com filhos e netos de lavradores, que um dia queimaram a cara debaixo de um sol escaldante das três horas da tarde, bebendo água em cabaças, comendo marmitas, capinando roças, de milho, feijão e arroz, abóbora, melancia, quiabo, para colocarem comida dentro de casa.

Esses que se apresentam como lavradores ou agricultores podem ser laranjas e engrossam esses movimentos, para no fim tentarem adquirir um módulo rural e depois negociarem esses mesmos módulos rurais, com outras pessoas de melhores posses, tentando macular a imagem daqueles agricultores originais e mesmo sem terem um nível cultural, sempre respeitaram o direito à propriedade alheia e isto é ter dignidade e respeitar a dignidade dos outros.

Contra estes baderneiros, que se apliquem as leis do nosso país...

John...!!!

22-04-2009...!!!