EM DEFESA DA AUTOESTIMA

É tempo de TER. Mas ter muito, muito mesmo, cada vez mais. Quem tem pouco não é nada e quem nada tem, nem pouco é. O mundo moderno virou uma enorme vitrine e quem quiser ser notado, precisa ter isso, aquilo e muito mais. E não importa os caminhos utilizados para ser “vitorioso”. Cada vez mais ta valendo: “Os fins justificam os meios”. Pode-se trapacear, iludir, explorar, escravizar, surrupiar, subornar, humilhar... Mas claro, ter tudo honestamente também ta valendo, desde que a vida se volte exclusivamente para isso. Afinal de contas o importante é ser “feliz”.

Até quando imperar sobre o homem os valores materiais, ele não compreenderá os recados de Deus, razões do vazio interno que lhe invade a alma, justamente por falta de outros valores, os espirituais. A autoestima é a aceitação que o indivíduo tem de si mesmo, ela tem profundo impacto no bem-estar psicológico e físico de cada ser, o autoconhecimento é imprescindível e de grande valia para o nosso aperfeiçoamento, e portanto melhor caminho para sabermos lidar com as angústias provenientes desse mundo competitivo e meramente materialista.

Cada encarnação tem razões ponderáveis e os valores significativos encontram-se dentro de cada um. Amar-se é seguir o que disse Cristo Jesus: “Amar ao próximo como a ti mesmo”, mas não amar em demasia, doentia e egocentricamente, ao ponto de não compreendermos a importância de amar ao próximo, reconhecendo-o como nosso semelhante. Autoestima elevada ao extremo, conta ponto negativo, assim como a baixa que nos neutraliza, paralisando as nossas forças.

Construamos nossas vidas nos caminhos da fé, a fé em Deus e em nós próprios, fiquemos sempre ao lado da confiança em nós mesmo. A dúvida abre brechas psíquicas de incerteza, e isso pode desmoronar os nossos objetivos de progresso. Porque tudo provém dos pensamentos, individuais e até mesmo coletivos. Blindemos nossos espíritos contra a insana vaidade, armadilha que nos desvia do caminho estreito.

SER sempre foi e se sempre será mais importante do que TER (escutemos a consciência), amemos as pessoas e usemos as coisas, mas não invertamos essa ordem, pois assim estaremos invertendo nossa própria natureza. Não somos matéria passando por uma experiência espiritual, mas sim espíritos vivenciando uma experiência material. Aqui estamos acumulando milhas para uma nova viagem astral (viagem em que aliás, nada vai de material), e quando confrontados com o nosso histórico de vida, nosso passaporte, saberemos para onde vamos, com quem vamos e o que seremos, tomara Deus possamos lidar com a nossa autoestima em sereno grau, tendo-a elevada ao ponto de sabermos ser gratos, pois a gratidão nos leva à aceitação do cobertor que o Divino deu a cada um de nós conforme o frio que trazemos de vidas pretéritas.

Jairo Lima

Jairo Lima
Enviado por Jairo Lima em 21/04/2009
Código do texto: T1552015
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