“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. 1ªCoríntios 13:13
O amor
É impossível olhar para um servo de Cristo, sem ver em sua vida, seus actos, marcas de um servo que se identifica com o seu Senhor Jesus.
A Bíblia nos fala de três marcas que patenteiam as vidas dos Servos de Jesus neste mundo. Pelo menos deveria ser assim.
A mensagem bíblica no seu todo, está centralizada na pessoa de Jesus Cristo, o evangelho de um modo geral, se resume em três marcas que se fundamentam em Cristo e se revelam nos seus servos, seus discípulos, membros de sua Igreja.
A Bíblia não teria sido escrita se não fosse o amor de Deus, amor que nos constrange, a agirmos como servos de Jesus. Do amor de Deus para connosco não há duvidas, mas, e nós para com Deus e para com as pessoas?
O amor é uma marca estampada na pessoa do servo que ama ao Senhor Jesus de forma inquestionável. Pelo amor o servo poderá permanecer fiel ao seu propósito de servir. Sem amor não vamos a lugar nenhum, não disponibilizamos da nossa vida para servir.
Abraão mostrou o quanto amava ao Senhor Deus, ao disponibilizar do que era mais precioso para si, entregando seu filho Isaque como sacrifício vivo ao seu Deus,
Jesus falou que “aquele que amar pai e mãe mais do que a mim, não é digno de mim”. Esse amor é o qual Deus quer ver estampado como marca na vida dos seus servos.
O amor se revela através de actos, ou seja, o amor verdadeiro é exercitado na obra do Senhor, no servir às pessoas e à Igreja.
O servo que ama ao seu Senhor não deixa para fazer depois, “se sobrar tempo eu vou, eu faço”.
A marca (perceptível) do servo do Senhor deve ser o amor. Esse amor é necessário para que o cristão possa servir, ajudar, interceder pelas pessoas, assim como Cristo fez e nos deu exemplos neste sentido, curando enfermos, alimentando as multidão, expulsando espíritos malignos, levando a palavra de salvação a todos os lugares por onde andou.
O serviço prestado pelo servo de Deus é medido também pela maneira como esse servo demonstra seu amor pelo seu Senhor. Esse amor tem que ser exclusivo. Não podemos ter dois senhores, pois “haveremos de amar um e odiar o outro”. Em nossos corações só deve haver espaço para nosso Deus, pois Ele mesmo nos diz que a Sua glória Ele não dará a outrem.
A Fé
“Mas dirá alguém: Tu tens fé e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. Tiago. 2:18
Willian Temple, teólogo norte-americano, nos esclarece que “A igreja é a única sociedade cooperativa que existe para o benefício dos não-membros”. Podemos dar crédito as suas palavras se estivermos conscientes de que a mais importante missão da igreja de Cristo é salvar vidas das garras do inimigo. É poder proporcionar o benefício divino da salvação e, consequentemente, a liberdade pelo pleno conhecimento da Palavra.
A Igreja de Cristo é composta de servos que prestam serviço ao Senhor em benefício de pessoas, membros ou não da comunidade cristã chama por Igreja.
Se assim não for, será vã a nossa mensagem de boas novas, não prestaremos um serviço perfeito e agradável ao Senhor da Igreja.
Servir é ir de encontro às necessidades das pessoas, seja na área física, seja na espiritual ou emocional, atender as pessoas no seu todo.
Mas não basta falar do plano de salvação, do amor de Deus, e deixar apenas uma mensagem na mão das pessoas ao invés de um pedaço de pão. Ou apenas dizer “Deus te abençoe” e mandar a pessoa embora, com fome.
Ao multiplicar pães e peixes Jesus sabia que encher as pessoas apenas do alimento espiritual não seria a solução. O estômago também precisava estar satisfeito. Pedro, que não tinha prata nem ouro, ao ver o coxo à frente do templo, não lhe falou do evangelho naquele momento, mas valendo-se do poder do nome de Jesus, fez aquele homem levantar e andar, completamente curado.
O chamado “bom samaritano”, na parábola utilizada por Cristo, deixa bem clara a atitude que um servo fiel do Senhor Jesus deve ter diante das pessoas, sejam elas quem forem: amigos, desconhecidos, pobres, ricos, até com aqueles que nos querem mal, tudo isso porque o amor de Deus nos constrange (ou deveria nos constranger) a fazer o bem e a amar o nosso próximo através de nossas obras, de nossas atitudes, da nossa disponibilidade.
A Igreja de Cristo não pode depender de servos que no seu dia-a-dia, consumidos pelos seus próprios interesses, venha a ignorar aqueles que os cercam, perecendo em suas necessidades.
Assim como o amor, a fé é uma marca patente dos servos de Cristo, a fé também só é manifestada de forma a revelar amor quando é exercitada na prática.
Muitas vezes não temos tempo nem para orar! Quanto mais para nos preocuparmos com a fome ou com a doença de alguém! O servo fiel, além de amar o seu Senhor, ama também a Obra do Senhor.
O servo fiel não se limita a vir todos os domingos à igreja para “assistir” ao culto. Ele quer mais, quer fazer muito mais!
Ele quer visitar as congregações, ajudar nos trabalhos, visitar os enfermos, suprir a Acção Social com mantimentos, ou mesmo ouvir alguém.
A Obra do Senhor sempre tem lugar e situação para todos os servos que desejam exercitar a sua fé através das suas obras, pois a atitude prática é uma das características do servo fiel.