Cotidiano
Pessoas passam pela avenida, se quer se olham, não há tempo. Se cruzam, se emaranham, se esbarram, mas ops, não se tocam. Onde está o valioso momento onde as pessoas se olham, se cumprimentam, sorriem???
São tempos duros onde o cotidiano nos consome, mas sempre, sempre mesmo, desde menina ouvi que era assim. Onde nos perdemos, onde nos encontramos? Quando virá tempo bom?
Tento fazer meu próprio tempo, o lado bom de viver, fugindo da rotina, sem rótulos, sem rotular.
Escapo por pouco da dor e não a deixo entrar. Rio de mim, rio de risos...
Quem entende o andar junto da dor e do amor?
E já finda o dia, é tardinha...mas um dia...cotidiano...