A CRISE E A TELEVISÃO

Embora a crise mundial financeira tenha se dispersado entre nós de modo heterogêneo, desde os setores que enfrentaram marolinas até os que controlam as tsunames, não podemos negar que a crise não poupa ninguém e acaba por priorizar os gastos e os investimentos de todos os setores.

A televisão por exemplo, deve passar por momentos mais difíceis.

Se levarmos em consideração o custo das propagandas das telinhas, principalmente daquelas que detêm a audiência nos horários mais nobres, a publicidade poderá passar por tempos bem complicados.

Portanto urge que medidas de captação de maior audiência sejam tomadas para que se faça jus aos custos da publicidade, posto que propaganda tem que gerar retorno.

Mesmo assim resta rezar para que os bolsos paguem pelos preços milionários dos segundos de marketing televisivo.

Deve ser por isso que a briga pela audiência está cada vez mais acirrada, e as televisões tentam projetar sua programação aos quatro ventos, goela abaixo do telespectador mais distraído...

Difícil mesmo seria manter audiência e a captação de recursos, baseados na qualidade do que se mostra ao público.

Aí seria falência a vista!

Penso que estamos numa crise televisiva global e me desculpem o trocadilho. No entanto, qualidade por aqui nunca foi problema para se vender os seus peixes.

Parece que quanto pior...melhor.

Por aqui ,ninguém sobrevive das programações mais nobres.

Isso é coisa para TV fechada...ou para os horários da madrugada,e olhem lá!

Enquanto isso, vamos esperar pelos próximos capítulos das novelas da telinha, que dessa vez promete agradar CULTURALMENTE.

CARAS E BOCAS, parece algo feito a dedo, para um país dos caras, aonde há tantas "boquinhas" para se desfrutar.

E longe de mim a idéia de aqui fazer propaganda.

Trata-se de mera constatação da realidade da tela, literalmente nua e crua...agora a preços bem mais módicos.