APRENDENDO COM OS EXILADOS DE CAPELA

A Terra é um mundo de uma diversidade racial extraordinária, uma verdadeira Babel de tradições, línguas, costumes e religiões, registradas desde os primórdios da história humana, ao menos, aquela que nós conhecemos.

Como explicar o avançado estágio tecnológico de povos desaparecidos na noite dos tempos, cujos vestígios ainda hoje, impressionam ao homem moderno? De onde eles adquiriram tais conhecimentos, tais como na astronomia, arquitetura, engenharia, matemática, medicina, química, navegação, e outros ramos do conhecimento? De onde se originaram a multiplicidade de raças que já habitaram, e habitam nosso mundo?

A beleza monumental das marcas deixadas pelas civilizações do passado, ainda nos extasia, levando-nos à meditação sobre o que levou ao desaparecimento de sociedades altamente sofisticadas, tal como a do antigo Egito.

Hoje, no século XXI, nenhum engenheiro, mesmo que tivesse à sua disposição os recursos técnicos atuais, poderia imitar a construção da Pirâmide de Quéops! Com cerca de 150m de altura e 31.200.000 ton. de peso, 2.600.000 blocos gigantescos foram recortados das pedreiras, lapidados, transportados e, no local da construção, unidos exatamente até à exatidão do milímetro.

Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides – Quéops, Kefren e Miquerinos -, elas dariam a volta ao mundo. Perguntamo-nos: De onde vieram os conhecimentos necessários à construção dessas três pirâmides?

Apenas para informar, não nos esqueçamos das civilizações Azteca e Maia, que nos legaram, também, pirâmides monumentais, situadas no México, e igualmente, colossais, com uma série de informações astronômicas envolvendo suas posições geográficas, e respectivas medidas de construção.

Muitas sociedades antigas, que deixaram seus sinais em todo o mundo, em nosso continente americano, na Europa, na Ásia, no Oriente Médio, atingiram níveis civilizatórios invejáveis, e desapareceram, sem que atinemos com as causas das suas extinções.

O espírito Emmanuel, através da psicografia do inesquecível Francisco Cândido Xavier, nos idos de 1938, século XX, escreveu a obra A CAMINHO DA LUZ, subtítulo História da Civilização à Luz do Espiritismo.

Nesse livro, de forma sintética, mas, profunda, Emmanuel propõe a teoria dos Exilados de Capela, que há milhões de anos atrás, teriam sido transmigrados de um planeta, que orbita uma das estrelas da constelação de Capela, ou Cocheiro, para a Terra.

Segundo Emmanuel, os transmigrados seriam milhões de espíritos rebeldes, que dificultavam a evolução daquele mundo, daquela humanidade, e como medida de “saneamento”, as altas comunidades espirituais, decidiram pela mudança daquelas criaturas persistentes no mal, para um mundo adequado ao seu estágio evolutivo.

No capítulo III, item Um mundo em transições, do citado livro, Emmanuel diz: “ ... Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade (grifo nosso) ... As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionado, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores (grifos nosso)”.

Será possível a reencarnação de um espírito, ou milhões deles, de um mundo superior para outro inferior (transmigração interplanetária),como proposto na teoria dos Capelinos apresentada por Emmanuel?

Recorremos ao mestre Allan Kardec, e aos seus Benfeitores Espirituais, que no Livro dos Espíritos, esclarecem: “ Pergunta nº 178-a – Isso não pode também ocorrer por expiação, e Deus não pode enviar espíritos rebeldes para mundos inferiores? – Os espíritos podem permanecer estacionários, mas não retrogradam, sua punição, neste caso, consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas (grifos nosso)”.

A resposta dos Espíritos ao codificador Allan Kardec afirma a possibilidade de um espírito, ou milhões de espíritos, reencarnarem num planeta inferior – a título de expiação -, para continuarem sua evolução num mundo adequado ao seus estágios evolutivos.

Na obra “Os Exilados de Capela”, Edgar Armond trata do mesmo tema, embasado no livro citado de Emmanuel, e na “Gênese”, de Allan Kardec, abordando a realidade da transmigração interplanetária informando-nos no seu Título IX: “ A esse tempo, os Prepostos do Senhor haviam conseguido selecionar, em várias partes do globo, e no seio dos vários povos que o habitavam, núcleos distintos e apurados de homens primitivos em cujos corpos, já biologicamente aperfeiçoados, devia iniciar-se a reencarnação dos capelinos (grifos nosso)”.

Com o refinamento genético desenvolvido pelos “geneticistas da espiritualidade” junto aos primitivos habitantes da Terra, seria dado início à reencarnação dos capelinos, que haviam chegado daquele paraíso distante, e se encontravam no plano espiritual da Terra, em processo de adaptação energética às condições de nosso planeta.

Eis como Emmanuel descreve a contribuição da genética dos capelinos na melhoria dos caracteres raciais dos homens primitivos: “ Com o auxílio desses Espíritos degredados, naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo operavam ainda as últimas experiências sobre os fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os caracteres biológicos das raças humanas. ... Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleceram-se fatores definitivos na história etnológica dos seres. ...Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios (grifo nosso) “.

Pensando na distância, que separa a Terra da constelação de Capela ou Cocheiro, que é de 45 anos-luz, e que 1 ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros, avalio a complexidade da transmigração planetária de milhões de espíritos, sem contar a delicada questão do tempo.

Pergunto: No tempo terrestre, quando terá sido, realmente, a chegada dos capelinos ao plano espiritual da Terra? Feitas as devidas correções relativas ao TEMPO E ESPAÇO , e baseando-nos nas informações de Emmanuel, estimo que os transmigrados devem ter vindo para o nosso planeta há mais de 10 milhões de anos atrás.

O irretocável autor espiritual de A CAMINHO DA LUZ elucida-nos, que desses espíritos exilados, originaram-se quatro grandes povos, informando o seguinte: “Aqueles seres decaídos e degradados, à maneira de sua vidas passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na Constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia (grifos nosso)“.

Possuidores do conhecimento de que civilizações como a egípcia, e a hindu, tem sua origem nas estrelas, podemos compreender a complexidade do seus legados, em muitas áreas do conhecimento, pois, muito embora o esquecimento de sua origem, permaneceu-lhes a inteligência.

Explicamos o citado acima, recorrendo a Allan Kardec, na pergunta nº 180 e resposta, do Livro dos Espíritos, eis que: “Passando deste mundo para outro, o Espírito conserva a inteligência que tinha aqui? Sem dúvida; a inteligência não se perde, mas pode acontecer que o Espírito não disponha dos mesmos meios para manifestá-la. Isso vai depender da sua superioridade e das condições do corpo que vai tomar (grifo nosso)”.

Reencarnados na Terra, em corpos mais primitivos do que aqueles utilizados no seu mundo, seus conhecimentos estavam obliterados, em grande parte, pelas deficiências do veículo físico mais rudimentar. Aliás, se os capelinos mantivessem perfeita memória da tecnologia disponível no seu planeta de origem, provavelmente, pelo seu atraso moral, incidiriam nos mesmos erros que os levaram ao degredo.

Emmanuel esclarece-nos, ainda mais, que muitos dos espíritos transmigrados de Capela voltaram para a sua pátria natal, porém, uma grande parcela ainda se localiza na Terra, por não terem conseguido compensar os débitos do passado.

A realidade da transmigração planetária é cada vez mais confirmada, não só pela palavra dos Benfeitores Espirituais, mas, pelo depoimento direto dos próprios exilados.

Através da TVP – Terapia de Vida Passada, um paciente da Dra. Maria Teodora Ribeiro Guimarães, psiquiatra e espírita, da cidade Campinas, SP, em regressão de memória, relata no livro OS FILHOS DAS ESTRELAS, compilado pela referida médica, sua vida no mundo iluminado de Capela, sua persistência no mal, seus sofrimentos no astral e posterior exílio na Terra. O relato é comovente, e esclarecedor!

O que podemos aprender com os Exilados de Capela:

• Que a evolução é feita pelo Universo afora, em incontáveis mundos, desta galáxia, e de todas as outras;

• Que estudar cuidadosamente o passado, é corrigir os equívocos do presente, garantindo um futuro melhor;

• Que nada pode se opor ao progresso de uma humanidade, mesmo que sejam milhões de espíritos rebeldes, tal como em Capela;

• Que podemos ser, nós mesmos, os remanescentes rebeldes dos exilados de Capela, persistindo em comportamentos equivocados;

• Que poderemos nos tornar os futuros EXILADOS DA TERRA, caso não aproveitemos a atual encarnação, para alavancarmos nosso progresso e do nosso próximo.

Meditando sobre a questão dos Exilados de Capela pergunto: estamos candidatando-nos , no futuro, à permanência na Terra ou ao exílio em algum mundo distante ? Quem puder, responda!

outros textos do autor: www.novaconsciencia.arteblog.com.br