Atualmente, aqui, num país meramente cristão, as pessoas comemoram como a data pascal a simbologia da ressurreição de Jesus Cristo, pois segundo os evangelhos cristãos, compostos do Novo Testamento, Jesus Cristo, o filho de Deus, morreu crucificado numa data próxima da Páscoa judaica e teve sua ascensão aos céus um dia depois de sua morte, o que coincide com a data máxima de comemoração da libertação do povo hebreu do Egito.
Esta data é tida como uma data cristã, mas não é isso que verdadeiramente revelam os próprios livros cristãos dos evangelhos. Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo 12), disse Deus que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração da Páscoa em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
A Páscoa e o Pessach são eventos diferentes que não devem ser confundidos. Assumir o nome de Páscoa, que seria a tradução original de Pessach, para os eventos da Páscoa cristã, é algo razoavelmente confuso, que pode ter sido feito intencionalmente com a finalidade de substituir um grande evento da religião judaica por outro grande evento da religião católica.
A páscoa é a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas, ou seja, ANTES DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO. O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12:11-27). Chama-se a "páscoa do Senhor”, a "festa dos pães asmos"(Lv.23:6,Lc.22:1), os dias dos "pães asmos"(At.12:3,20:6). A palavra páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc.22:7,1Co.5:7, Mt.26:18-19, Hb.11:28). Na sua instituição, a maneira de observar a páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no décimo quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15°, a contar desde as 6h do dia anterior, principiava a grande festa da páscoa, que durava 7 dias; mas somente o 1° e o 7° dias eram particulares e solenes. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, macho e do 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, podia os israelitas matar um cabrito. Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amarga, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. Os que comiam a páscoa precisavam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados na mão, alimentando-se apressadamente. Durante os 8 dias da páscoa não se podia comer pão levedado, embora fosse permitido preparar a comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Ex.12). A páscoa era uma das 3 festas em que todos os varões haviam de "aparecer diante do Senhor" (Ex.26:14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guardá-la, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado à morte (Nm.9:13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14° dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (1Cr.30:2-3).
Diante do exposto e baseando-se apenas em fatos históricos, concretos e irrefragáveis, pode-se concluir que o termo PÁSCOA, nada tem a ver com OVOS, muito menos com CATOLICISMO. Há uma co-relação discreta com JESUS CRISTO, porque afirmam alguns escritos que ele tenha sido assassinado numa data muito próxima da Páscoa judaica; outro fato que o liga a Páscoa é dele e seus prosélitos terem sido judeus; nada mais se fala na questão que faça ligar esta data a algum movimento cristão. A páscoa já existia centenas de anos antes da aparição do fenômeno Jesus Cristo.
A páscoa cristã é um evento solene que merece atenção profunda destas pessoas que se afirmam cristã, mas se pode observar, ou plágio de rótulo ou ignorância de discernimento acerca do verdadeiro significado, da mesma forma que a instituição de um “coelho” que põe ovos de chocolate como simbologia moderna; mas então onde surgiu esta história de Ovos de Páscoa e do Coelhinho que põe ovos de chocolate?
Até o século XV não existiam registros nem costumes ligados à Páscoa, mas popularmente se diz que os primeiros povos a presentear com ovos foram os missionários e os cruzados, na Europa ocidental. Povos medievais pintavam os ovos de vermelho para representar o sangue de Jesus Cristo, com isso, os cristãos passaram a adotar a idéia, que se tornou uma tradição de sua cultura.
Na China também existem relatos que comprovam ter havido o hábito de presentear com ovos de pata, pintados, como celebração à vida. Mas estes não eram cozidos, não eram para o consumo.
O ovo se tornou símbolo da vida em razão da sua capacidade vitalícia. De dentro de uma casquinha tão frágil, recheada de clara e gema, sai um ser vivo. Através da ciência, foi comprovado que é uma célula e, portanto, origina vida.
No antigo Egito, na Grécia, em Roma e na Pérsia, era comum o consumo de ovos cozidos durante as festividades. Um marco desse costume era a chegada da primavera, onde as pessoas os pintavam com flores e elementos da natureza, para dar de presente; até então, nada se observa de sagrado, religioso ou emblemático nesta questão de ovos estarem ligados a páscoa.
Foi a dita páscoa cristã que começou esta simbologia que perdura até hoje; os ovos, de modo geral, eram tidos como símbolos da vida; Cristo é um símbolo de vida para os cristãos, portanto, os ovos passaram a simbolizar, de forma nada ecumênica, a vida de Jesus.
O rei da Inglaterra, Eduardo I, passou então a presentear a realeza com ovos banhados a ouro e decorados com pedras preciosas. Curiosamente, as pessoas foram mudando os ovos, dando a eles características mais bonitas e ricas, além de recheios saborosos, para presentear os entes queridos, mas somente no século XVII surgiram ovos mais interessantes, como os recheados de chocolate e bombons.
A primeira fábrica de chocolates surgiu em 1819, criada por François Louis Cailler, mas somente no século XX, em 1960, que surgiram os primeiros ovos industrializados, feitos de plástico, também recheados de bombons e chocolates. Com o passar dos anos, com a criação do comércio e a obtenção de lucro, foi que o produto ganhou aperfeiçoamento e qualidade, tornando-se mais saboroso e com recheios mais variados.
O mercado comercial viu neste símbolo uma maneira forte de se obter lucros intermináveis; algumas famílias têm por obrigação o ato de presentear seus entes queridos com ovos de chocolate, que podem ter preços, formas, tamanhos e gostos bem diferentes; alguns mais ousados levam peças íntimas comestíveis dentro deles, para os casais mais apimentados; isso nada tem a ver com uma consagração divina...!
O coelho somente foi introduzido nesta história confusa e “mal contada”, dizem que por ele ser fértil e mais uma vez, levando ao degrau cristão, sendo ele muito fértil, simboliza o crescimento da população cristã. Fato ou mito, o hábito do coelho que leva presentes só aportou no Brasil no Século XIX; lendas e outros milhares de explicações também povoam as cabeças de quem quer acreditar neste tema, como preceitua a Pedagoga Jussara de Barros da Equipe Brasil Escola.
Pelo visto todo mundo quis “tirar uma lasquinha” desta história de páscoa, cada um com seu interesse próprio que pode ser traduzido facilmente como “interesse pelo poder”; o povão, que não lê, que só entende aquilo que quer entender e que ao invés de corrigir os boatos com fatos, vai comendo bacalhau, ovos de chocolate ou esperando o coelhinho bondoso, dizendo e brigando que tudo isso é coisa de Deus...!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Esta data é tida como uma data cristã, mas não é isso que verdadeiramente revelam os próprios livros cristãos dos evangelhos. Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo 12), disse Deus que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração da Páscoa em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
A Páscoa e o Pessach são eventos diferentes que não devem ser confundidos. Assumir o nome de Páscoa, que seria a tradução original de Pessach, para os eventos da Páscoa cristã, é algo razoavelmente confuso, que pode ter sido feito intencionalmente com a finalidade de substituir um grande evento da religião judaica por outro grande evento da religião católica.
A páscoa é a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas, ou seja, ANTES DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO. O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12:11-27). Chama-se a "páscoa do Senhor”, a "festa dos pães asmos"(Lv.23:6,Lc.22:1), os dias dos "pães asmos"(At.12:3,20:6). A palavra páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc.22:7,1Co.5:7, Mt.26:18-19, Hb.11:28). Na sua instituição, a maneira de observar a páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no décimo quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15°, a contar desde as 6h do dia anterior, principiava a grande festa da páscoa, que durava 7 dias; mas somente o 1° e o 7° dias eram particulares e solenes. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, macho e do 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, podia os israelitas matar um cabrito. Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amarga, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. Os que comiam a páscoa precisavam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados na mão, alimentando-se apressadamente. Durante os 8 dias da páscoa não se podia comer pão levedado, embora fosse permitido preparar a comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Ex.12). A páscoa era uma das 3 festas em que todos os varões haviam de "aparecer diante do Senhor" (Ex.26:14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guardá-la, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado à morte (Nm.9:13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14° dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (1Cr.30:2-3).
Diante do exposto e baseando-se apenas em fatos históricos, concretos e irrefragáveis, pode-se concluir que o termo PÁSCOA, nada tem a ver com OVOS, muito menos com CATOLICISMO. Há uma co-relação discreta com JESUS CRISTO, porque afirmam alguns escritos que ele tenha sido assassinado numa data muito próxima da Páscoa judaica; outro fato que o liga a Páscoa é dele e seus prosélitos terem sido judeus; nada mais se fala na questão que faça ligar esta data a algum movimento cristão. A páscoa já existia centenas de anos antes da aparição do fenômeno Jesus Cristo.
A páscoa cristã é um evento solene que merece atenção profunda destas pessoas que se afirmam cristã, mas se pode observar, ou plágio de rótulo ou ignorância de discernimento acerca do verdadeiro significado, da mesma forma que a instituição de um “coelho” que põe ovos de chocolate como simbologia moderna; mas então onde surgiu esta história de Ovos de Páscoa e do Coelhinho que põe ovos de chocolate?
Até o século XV não existiam registros nem costumes ligados à Páscoa, mas popularmente se diz que os primeiros povos a presentear com ovos foram os missionários e os cruzados, na Europa ocidental. Povos medievais pintavam os ovos de vermelho para representar o sangue de Jesus Cristo, com isso, os cristãos passaram a adotar a idéia, que se tornou uma tradição de sua cultura.
Na China também existem relatos que comprovam ter havido o hábito de presentear com ovos de pata, pintados, como celebração à vida. Mas estes não eram cozidos, não eram para o consumo.
O ovo se tornou símbolo da vida em razão da sua capacidade vitalícia. De dentro de uma casquinha tão frágil, recheada de clara e gema, sai um ser vivo. Através da ciência, foi comprovado que é uma célula e, portanto, origina vida.
No antigo Egito, na Grécia, em Roma e na Pérsia, era comum o consumo de ovos cozidos durante as festividades. Um marco desse costume era a chegada da primavera, onde as pessoas os pintavam com flores e elementos da natureza, para dar de presente; até então, nada se observa de sagrado, religioso ou emblemático nesta questão de ovos estarem ligados a páscoa.
Foi a dita páscoa cristã que começou esta simbologia que perdura até hoje; os ovos, de modo geral, eram tidos como símbolos da vida; Cristo é um símbolo de vida para os cristãos, portanto, os ovos passaram a simbolizar, de forma nada ecumênica, a vida de Jesus.
O rei da Inglaterra, Eduardo I, passou então a presentear a realeza com ovos banhados a ouro e decorados com pedras preciosas. Curiosamente, as pessoas foram mudando os ovos, dando a eles características mais bonitas e ricas, além de recheios saborosos, para presentear os entes queridos, mas somente no século XVII surgiram ovos mais interessantes, como os recheados de chocolate e bombons.
A primeira fábrica de chocolates surgiu em 1819, criada por François Louis Cailler, mas somente no século XX, em 1960, que surgiram os primeiros ovos industrializados, feitos de plástico, também recheados de bombons e chocolates. Com o passar dos anos, com a criação do comércio e a obtenção de lucro, foi que o produto ganhou aperfeiçoamento e qualidade, tornando-se mais saboroso e com recheios mais variados.
O mercado comercial viu neste símbolo uma maneira forte de se obter lucros intermináveis; algumas famílias têm por obrigação o ato de presentear seus entes queridos com ovos de chocolate, que podem ter preços, formas, tamanhos e gostos bem diferentes; alguns mais ousados levam peças íntimas comestíveis dentro deles, para os casais mais apimentados; isso nada tem a ver com uma consagração divina...!
O coelho somente foi introduzido nesta história confusa e “mal contada”, dizem que por ele ser fértil e mais uma vez, levando ao degrau cristão, sendo ele muito fértil, simboliza o crescimento da população cristã. Fato ou mito, o hábito do coelho que leva presentes só aportou no Brasil no Século XIX; lendas e outros milhares de explicações também povoam as cabeças de quem quer acreditar neste tema, como preceitua a Pedagoga Jussara de Barros da Equipe Brasil Escola.
Pelo visto todo mundo quis “tirar uma lasquinha” desta história de páscoa, cada um com seu interesse próprio que pode ser traduzido facilmente como “interesse pelo poder”; o povão, que não lê, que só entende aquilo que quer entender e que ao invés de corrigir os boatos com fatos, vai comendo bacalhau, ovos de chocolate ou esperando o coelhinho bondoso, dizendo e brigando que tudo isso é coisa de Deus...!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires