DESDOBRAMENTO
DESDOBRAMENTO
Esta palavra pela sua sinonímia poderá causar dúvidas entre os incautos e neófitos. É vero esta afirmativa. Sim! Na expressão mais simples, corresponde ao ato ou efeito de desdobrar (-se); desdobre, desdobro. Se direcionarmos para o sinônimo de desdobro, notaremos algo indiferente ao que queremos nos direcionar, visto que a palavra epigrafada corresponde a certa máquina de serraria, corte das toras feito pelas serrarias para a formação de pranchões e ao corte de tais pranchões para a formação de tábuas, vigas e barrotes. Se usarmos desdobre derivado do verbo desdobrar a mudança é bastante significativa. Senão vejamos: Desdobre corresponde ao desenvolvimento, incremento e aumento. No entanto se o verbo for usado no infinitivo pessoal iremos nos aproximar ao assunto que servirá de ensinamento na matéria em alusão. Desdobrar nada mais é do que abrir ou estender (o que estava dobrado), dividir em dois, fracionar ou dividir em grupos.
Dar maior incremento ou atividade a alguém, dividir (uma tora de madeira) em tábuas. Abrir-se (o que estava dobrado). Fazer-se em dois, desenvolver-se, incrementar-se, prolongar-se no espaço ou no tempo, manifestar-se, produzir-se, envidar o máximo esforço para; empenhar-se a ‘fundo’ em qualquer atividade. Estas nuanças mostram Por (A) mais (B) que a língua portuguesa é rica e eclética. E ainda se dão ao luxo de mexê-la dando uma nomenclatura de reforma ortográfica que de reforma nada tem, fizeram um velho e surrado remendo, mesmo sendo o remendo correção e retificação. Explicações que levem conhecimento ao público não podem ser denominadas de prolixidade. Jamais. Falamos de mais em desdobramento, mas o desdobramento a ser debatido aqui é o desdobramento espiritual. Tem diferenças? Só tem! O Desdobramento espiritual é ao mesmo tempo fluídico, sensorial e psíquico ou bilocação, deslocando a personalidade consciente do sensitivo para o “Corpo Fluídico”, que então percebe a distância, o seu próprio corpo somático inanimado e sem vida.
A Doutrina Espírita que não admite a morte e classifica-a como “Estagnação Biológica”, o corpo sutil de possuímos e que Kardec chamou de Perispírito e Alexander Asakof cientista russo chamou de corpo bioplasmático, se libera do corpo variando em tempo de um corpo para outro. Na realidade estes corpos sutis são chamados de Espíritos. E o que somos senão espíritos encarnados. A alma da qual muita gente sente medo nada mais é do que o espírito encarnado. Todos os seres humanos são almas. A lei fundamental do desdobramento é assim enunciada por M. Muldoon: “Quando o subconsciente se torna possuído pela idéia de movimentar o corpo que se acha impossibilitado de fazê-lo, o corpo astral se deslocará para fora do físico. Alguém pode achar estranhas as explicações implícitas nesta matéria. Aqui apontamos um livro dicionário “O Espiritismo de (A) a (Z) da FEB (Federação Espírita Brasileira). O mecanismo do desdobramento durante o sono é muito simples. O Perispírito eleva-se horizontalmente sobre o corpo físico, flutua mansamente na direção da cabeça para os pés e se coloca gradativamente de pé. Um fio prateado continua ligando o Perispírito ao corpo físico, qualquer que seja à distância percorrida por aquele ou outros espíritos.
Este fenômeno mediúnico que por desconhecimento das pessoas pensam ser exclusividade do Espiritismo, mas não o é. Qualquer ser humano é dotado de mediunidade, em maior ou menor intensidade, pois vai depender exclusivamente do merecimento de cada um. Os grandes profetas da Antiguidade eram médios, inclusive o grande Mestre Jesus. Pensem nisso! “ O amor é para o vazio interior o que o ar é para os pulmões”. Para todas as dores tem Deus remédios ocultos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE