13 de Maio, uma nova abolicção
Gritaria quase geral. Quase. Há sempre o que fatura encima do "quanto pior, melhor".
Escravo dos juros altos, desemprego, remarcações e, de outro lado o minguado sálario, muito aquém do necessário.
À quem reclamar? Adoçado com as famigeradas "cestas" e "vales" pobreza, vai atolando. Coisas da pá-virada.
Humilhação. Sim, digo humilhação, em vez de cestas e vales, correto seria ganhar o suficiente para com dignidade, livremente escolher o que comer, onde comprar e como andar.
Necessário nova abolição. Livrá-lo da sub-vida, sem planos contra fome e miséria, usando da ingenuidade e pureza. O clima altruístico das famigeradas "doações", encorajadas por bazares, jantares e acontecimentos beneficiente e sociais continuam, como se assim fosse a verdadeira justiça. Insulto! Negam o direito de escolha.
Não se encontra mais a ousadia de "sonhar acordado", com moradia, geladeira, o carro, porque foi-se a esperança.
Há sempre novos projetos acenando com cestas e frentes de trabalho para carentes. Não incluidos os "carentes que trabalham e lutam pela sobrevivência". Têm de possuir "atestado de penúria".
Necessário nova abolição, mandando ao lixo os maus dirigentes, os políticos de conchavo tão em moda e todo ser indigno que impede, cerceia e castra o povo de sonhar acordado.
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