Analise moral do filme: O jardineiro fiel

O filme dirigido pelo diretor Fernando Meirelles mostra uma triste realidade onde países de primeiro mundo usufruem da miséria de outros países para seus benefícios particulares.

O filme trata da questão de pesquisas cientificas com seres humanos, usando as mesmas como cobaia de novas drogas experimentais.

A maior parte do filme vai passar na África, onde vai mostrar africanos soros positivos que buscam tratamento é neste momento que entra em cena as grandes empresas farmacêuticas, pois elas dão o tratamento de HIV a aproveitam para testar drogas para o tratamento de tuberculose, o filme mostra que os pacientes que não aceitam serem cobaias são exclusos dos tratamentos de HIV.

O filme relata ferimentos dos princípios básicos da bioética, tais como autonomia, pois não há dignidade no tratamento uma vez que o Africano não aceita ser cobaia é impedido de ser tratar, ou seja, ele acaba cedendo, pois existe necessidade de se tratar do HIV.

Os laboratórios no filme ferem também o principio da beneficência, uma vez que no filme mostra que as grandes empresas farmacêuticas não estão dispostas a retornar a droga para os laboratórios e aperfeiçoá-la, pois isto lhe custaria tempo e milhões de dólares, ou seja, o que eles levam em conta são os prejuízos capitais e não humanos.

A maleficência também é abordada no filme, pois não há uma responsabilidade com os danos previsíveis, na verdade a obra acaba mostrando que os grandes laboratórios mundiais estão pouco se importando com o efeito colateral que possa ter naquela nação fragilizada, tratam os seres daqueles povos como animais descartáveis, pois o intuito é descobrir a cura da tuberculose para depois vender os remédios em países ricos, no fim por mais que se descubra a cura aquele pais não ira usufruir dos benefícios da droga.

A justiça torna-se utopia no filme; o ser humano faz do ser humano um animal de laboratório para seus fins lucrativos, usar uma nação miserável e pobre para atingir objetivos capitalistas é desumano, cruel, injusto e covarde.

É inacreditável, mas vivemos hoje no auge da ignorância, mesmo que nossa época atual desfrute dos saberes tecnológicos, científicos, e intelectual esta com certeza é a época mais ignorante de toda existência humana.

Pois se chegamos ao ponto de valorizar um papel mais do que uma vida estamos cruelmente cegos pelas nossas razoes, o filme mostra bem este lado cego e ignorante do ser humano, quando matam a protagonista Tesse, pois ela consegue ter ética num mundo onde a ética é utopia e isso lhe acarreta a morte.

guido campos
Enviado por guido campos em 01/04/2009
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1516940
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