Por que se trai? Que poder destrutivo tem essa palavra.
Mas a traição anda por ai solta, abocanhando felicidade.
Dificil e perigoso entrar no mérito dessa questão.
São muitos os fatores que contribuem para que alguém
traia, tais como fatôres culturais, sociais, biológicos, psi -
cológicos e outros tantos.
“É típico de um homem moderno começar um casamento com uma imagem anímica projetada na esposa; ele somente começa a conhecer a esposa como mulher depois que a projeção começa a se esvanecer.
Ele descobre que a ama como mulher, que a valoriza e a respeita, ele sente a beleza de estar comprometido com ela e saber que ela está comprometida com ele. Um dia, porém, ele encontra outra mulher que capta a projeção da anima dele, e ele não conhece nada sobre anima e menos ainda sobre projeção; sabe apenas que essa “outra mulher” parece ser a essência da perfeição; uma luz dourada parece envolvê-la, e a vida torna-se excitante e ganha significado, sempre que ele está em sua companhia.” Nesse trecho, do livro WE - A Chave da Psicologia do Amor Romântico, Robert A. Johnson recorre à teoria junguiana para explicar a infidelidade masculina.
Obviamente, grande parte do que é exposto aplica-se também às mulheres, mudando as projeções (na mulher, o objeto de projeção é o animus, a contraparte masculina que há nas mulheres). Aspectos culturais também promovem uma ou outra diferença psicológica e/ou comportamental na mulher, em comparação com o homem, mas o “caminho” é semelhante. À parte os casos de complexo materno, um homem enamora-se de uma mulher e por ela se sente atraído quando enxerga nela aspectos de sua personalidade feminina, de sua anima.
Equivocadamente, ele tenta encontrar fora de si o que, na realidade, está dentro dele e que exige ser reconhecido, integrado. Sem a percepção consciente disso, alguns homens levam a vida inteira trocando de parceiras nessa busca, guiados por uma necessidade inconsciente. Um tipo de moralidade diz a ele que é preciso buscar a paixão a qualquer custo; que ele tem o direito de se apaixonar e que a paixão é tudo que importa na vida. Cedo ou tarde a paixão devotada a uma mulher se esvai, migra para outra, que passa a ser o novo objeto de projeção. Se o compromisso dele for apenas de seguir a paixão, nunca conseguirá ser verdadeiramente fiel a alguém. Uma parte de si dirá ao homem que ele tem o direito de encontrar e estar com sua anima. Então, ele vai buscar no corpo e no jeito de ser da “outra mulher”, na qual ele julga ter encontrado sua “metade”, essa emoção que ele precisa sentir: a paixão. Até compreender que a busca da anima deve ser interna, que essa contraparte dele é uma entidade interna, uma sub-personalidade, esse homem vai orientar-se pela necessidade de se sentir “apaixonado”. O sentir-se “apaixonado” é a sensação ilusória de ter encontrado a parte complementar.
Agindo assim, “acreditamos que temos o direito de seguir nossas projeções onde quer que elas nos levem e de buscar a paixão pela paixão, sem levar em conta os relacionamentos que se rompem, sem levar em consideração as pessoas a quem magoamos. Inconscientemente elegemos a paixão nosso bem mais elevado, a nossa principal meta na vida, e todos os demais valores são sacrificados pelo bem dela.” (Johnson, op.cit.pág. 142).
É o que ocorre quando as pessoas se unem apenas pela paixão, por vezes motivadas por projeções de ambas as partes: o homem escolhe aquela mulher projetando nela sua anima; a mulher um homem projetando nele seu animus. São relações em que o compromisso é com a paixão. Mas outra dimensão do homem mobilizado pela paixão, outro tipo de moralidade que há nele, dirá que é errado trair a esposa e enveredar por um caminho que arruinará o casamento e toda uma vida formatada em torno desse relacionamento importante. Ele vai racionalizar que é preciso cuidar do casamento, do amor pela esposa, da relação que o alimenta, dá-lhe segurança e estabilidade.
Entra em ação o conflito entre forças arquetípicas e a moralidade de compromisso, uma moralidade por vezes considerada anacrônica, fora de moda. Mas “por trás de cada ideal de moralidade existe algo que merece ser examinado: um conjunto de valores humanos. Esse valores não são fabricados arbitrariamente a partir do nada, eles vêm de algum lugar das profundezas da psique humana e atendem a necessidades humanas genuínas.
Cedo demais a moralidade torna-se um sistema social superficial, um fóssil calcificado a fixar regras arbitrárias, inteiramente desligado das verdadeiras necessidades das pessoas. Mas podemos olhar além da artificialidade e descobrir quais as reais necessidades que esse sistema atende” (op. cit.). As relações amorosas se deterioram quando, erroneamente, supomos que a paixão é o ingrediente essencial para manter uma relação. Na verdade, à luz da teoria junguiana, Johnson explica que os ingredientes essenciais para um relacionamento são afeto e compromisso. Johnson afirma, ainda, que a lealdade e o compromisso são também arquétipos da estrutura humana, tão necessários quanto o alimento e o ar.
A moralidade de compromisso decorre dessa necessidade por relacionamentos estáveis, sinceros e duradouros. Para evitar o desmoronamento de relações significativas é necessário, então, parar de fazer projeções de anima e animus nos cônjuges, viver a relação com as pessoas enxergando-as e amando-as como elas são na realidade. No caso do homem, a contraparte feminina deve ser buscada interiormente. E deve ser devidamente integrada. Como isso ocorre? O caminho mais seguro e mais fácil é recorrendo à psicoterapia.
Embora, algumas pessoas mais treinadas em processos de auto-ajuda podem também obter grandes avanços a partir de leituras, algumas já recomendadas neste blog, e da prática de imaginação ativa. Livro: WE - A Chave da Psicologia do Amor Romântico, Autor: Robert A. JohnsonEditora: Mercuryo, São Paulo, 1987.
Evidente que cada um tem uma percepção diferente do que aqui é falado.
Há os que traem, há os que aceitam a traição e ainda os que
mesmo traindo e sendo traidos vivem felizes e conformados para sempre
Para esses recomendo uma prece valiosa sempre que trairem. Se serão perdoados, não existe comprovação legal.
Mas orar é sempre um valioso antídoto para esse veneno
mortal
SENHOR, PERDOA-ME POR TER TRAIDO
ROMPI LAÇOS DE CONFIANÇA
CORRI ATRÁS DE AVENTURAS
NÃO DEI VALOR AO QUE TINHA
HOJE SOU SÓ AMARGURA
CArREGO ARREPENDIMENTO E DOR
SE ME PERDOARES SENHOR
PERMITA QUE EU VOLTE ATRÁS
SECANDO AS LÁGRIMAS
QUE FIZ VERTER
EU JURO, SENHOR, QUE AOS PÉS DELA
COM LÁGRIMAS DIREI
AMOR MEU, NÃO VALEU A PENA TROCAR
ysabella
Mas a traição anda por ai solta, abocanhando felicidade.
Dificil e perigoso entrar no mérito dessa questão.
São muitos os fatores que contribuem para que alguém
traia, tais como fatôres culturais, sociais, biológicos, psi -
cológicos e outros tantos.
“É típico de um homem moderno começar um casamento com uma imagem anímica projetada na esposa; ele somente começa a conhecer a esposa como mulher depois que a projeção começa a se esvanecer.
Ele descobre que a ama como mulher, que a valoriza e a respeita, ele sente a beleza de estar comprometido com ela e saber que ela está comprometida com ele. Um dia, porém, ele encontra outra mulher que capta a projeção da anima dele, e ele não conhece nada sobre anima e menos ainda sobre projeção; sabe apenas que essa “outra mulher” parece ser a essência da perfeição; uma luz dourada parece envolvê-la, e a vida torna-se excitante e ganha significado, sempre que ele está em sua companhia.” Nesse trecho, do livro WE - A Chave da Psicologia do Amor Romântico, Robert A. Johnson recorre à teoria junguiana para explicar a infidelidade masculina.
Obviamente, grande parte do que é exposto aplica-se também às mulheres, mudando as projeções (na mulher, o objeto de projeção é o animus, a contraparte masculina que há nas mulheres). Aspectos culturais também promovem uma ou outra diferença psicológica e/ou comportamental na mulher, em comparação com o homem, mas o “caminho” é semelhante. À parte os casos de complexo materno, um homem enamora-se de uma mulher e por ela se sente atraído quando enxerga nela aspectos de sua personalidade feminina, de sua anima.
Equivocadamente, ele tenta encontrar fora de si o que, na realidade, está dentro dele e que exige ser reconhecido, integrado. Sem a percepção consciente disso, alguns homens levam a vida inteira trocando de parceiras nessa busca, guiados por uma necessidade inconsciente. Um tipo de moralidade diz a ele que é preciso buscar a paixão a qualquer custo; que ele tem o direito de se apaixonar e que a paixão é tudo que importa na vida. Cedo ou tarde a paixão devotada a uma mulher se esvai, migra para outra, que passa a ser o novo objeto de projeção. Se o compromisso dele for apenas de seguir a paixão, nunca conseguirá ser verdadeiramente fiel a alguém. Uma parte de si dirá ao homem que ele tem o direito de encontrar e estar com sua anima. Então, ele vai buscar no corpo e no jeito de ser da “outra mulher”, na qual ele julga ter encontrado sua “metade”, essa emoção que ele precisa sentir: a paixão. Até compreender que a busca da anima deve ser interna, que essa contraparte dele é uma entidade interna, uma sub-personalidade, esse homem vai orientar-se pela necessidade de se sentir “apaixonado”. O sentir-se “apaixonado” é a sensação ilusória de ter encontrado a parte complementar.
Agindo assim, “acreditamos que temos o direito de seguir nossas projeções onde quer que elas nos levem e de buscar a paixão pela paixão, sem levar em conta os relacionamentos que se rompem, sem levar em consideração as pessoas a quem magoamos. Inconscientemente elegemos a paixão nosso bem mais elevado, a nossa principal meta na vida, e todos os demais valores são sacrificados pelo bem dela.” (Johnson, op.cit.pág. 142).
É o que ocorre quando as pessoas se unem apenas pela paixão, por vezes motivadas por projeções de ambas as partes: o homem escolhe aquela mulher projetando nela sua anima; a mulher um homem projetando nele seu animus. São relações em que o compromisso é com a paixão. Mas outra dimensão do homem mobilizado pela paixão, outro tipo de moralidade que há nele, dirá que é errado trair a esposa e enveredar por um caminho que arruinará o casamento e toda uma vida formatada em torno desse relacionamento importante. Ele vai racionalizar que é preciso cuidar do casamento, do amor pela esposa, da relação que o alimenta, dá-lhe segurança e estabilidade.
Entra em ação o conflito entre forças arquetípicas e a moralidade de compromisso, uma moralidade por vezes considerada anacrônica, fora de moda. Mas “por trás de cada ideal de moralidade existe algo que merece ser examinado: um conjunto de valores humanos. Esse valores não são fabricados arbitrariamente a partir do nada, eles vêm de algum lugar das profundezas da psique humana e atendem a necessidades humanas genuínas.
Cedo demais a moralidade torna-se um sistema social superficial, um fóssil calcificado a fixar regras arbitrárias, inteiramente desligado das verdadeiras necessidades das pessoas. Mas podemos olhar além da artificialidade e descobrir quais as reais necessidades que esse sistema atende” (op. cit.). As relações amorosas se deterioram quando, erroneamente, supomos que a paixão é o ingrediente essencial para manter uma relação. Na verdade, à luz da teoria junguiana, Johnson explica que os ingredientes essenciais para um relacionamento são afeto e compromisso. Johnson afirma, ainda, que a lealdade e o compromisso são também arquétipos da estrutura humana, tão necessários quanto o alimento e o ar.
A moralidade de compromisso decorre dessa necessidade por relacionamentos estáveis, sinceros e duradouros. Para evitar o desmoronamento de relações significativas é necessário, então, parar de fazer projeções de anima e animus nos cônjuges, viver a relação com as pessoas enxergando-as e amando-as como elas são na realidade. No caso do homem, a contraparte feminina deve ser buscada interiormente. E deve ser devidamente integrada. Como isso ocorre? O caminho mais seguro e mais fácil é recorrendo à psicoterapia.
Embora, algumas pessoas mais treinadas em processos de auto-ajuda podem também obter grandes avanços a partir de leituras, algumas já recomendadas neste blog, e da prática de imaginação ativa. Livro: WE - A Chave da Psicologia do Amor Romântico, Autor: Robert A. JohnsonEditora: Mercuryo, São Paulo, 1987.
Evidente que cada um tem uma percepção diferente do que aqui é falado.
Há os que traem, há os que aceitam a traição e ainda os que
mesmo traindo e sendo traidos vivem felizes e conformados para sempre
Para esses recomendo uma prece valiosa sempre que trairem. Se serão perdoados, não existe comprovação legal.
Mas orar é sempre um valioso antídoto para esse veneno
mortal
SENHOR, PERDOA-ME POR TER TRAIDO
ROMPI LAÇOS DE CONFIANÇA
CORRI ATRÁS DE AVENTURAS
NÃO DEI VALOR AO QUE TINHA
HOJE SOU SÓ AMARGURA
CArREGO ARREPENDIMENTO E DOR
SE ME PERDOARES SENHOR
PERMITA QUE EU VOLTE ATRÁS
SECANDO AS LÁGRIMAS
QUE FIZ VERTER
EU JURO, SENHOR, QUE AOS PÉS DELA
COM LÁGRIMAS DIREI
AMOR MEU, NÃO VALEU A PENA TROCAR
ysabella