Como criar uma sociedade com melhor percepção dos fenômenos sociais

Como criar uma sociedade com melhor percepção dos fenômenos sociais

“Acariciam o lobo achando que é seu animal de estimação não conseguem diferenciar banqueiro de bancários mega traficante de meros funcionários e assim permanecem estagnados quando não regredidos.”

(B. Negão)

Quando vejo na TV as estatísticas mostrando alto índice de analfabetismo e má distribuição de renda, fico profundamente envergonhado e constrangido. Situações assim deixa a maioria das pessoas em exclusão social, como expressa o músico B.Negão em um contexto musical junto com o Marcelo D 2, “ Permanecem estagnados quando não regredidos”.

A solução para esse problema certamente está em teorias cientificamente comprovadas e facilmente replicáveis, como, por exemplo, o plantio de uma árvore educacional.

Talvez os nossos representantes nas três esferas ainda não se deram conta dessa necessidade. Ou será que nós, “seres levemente racionais” ainda não percebemos? O que é difícil acontecer em uma democracia fragilizada e alimentada pelo neoliberalismo, onde consiste em transferir as responsabilidades estatais para a sociedade civil, aí os “privilegiados” são os detentores do capital... Enquanto a maioria dos “irmãos” (ou se você preferir semelhantes) fica a mercê das políticas públicas e sociais. Ter consciência desta realidade nos deixa tão angustiados quanto os que estão passando pela puberdade... Certo que para manter a chama do capitalismo acesa é preciso que os poderosos conservem os excluídos na condição de excluídos... Entretanto, é possível a construção de uma sociedade questionadora e conhecedora de seus direitos.

Considerando a educação como uma planta que poderá ser transformada em uma grande árvore, podemos focar em suas principais partes até chegarmos aos seus frutos... Para construir uma sociedade com melhor percepção dos fenômenos sociais, depende de como promovemos o desenvolvimento da criança e do adolescente. Onde os aspectos se tornam interdependentes, ou seja, um processo de vários seguimentos que inclui pais, escolas, grupos, sociedade e ainda cabe espaço para a “política do faça você mesmo”. Partindo desde o berço com o desenvolvimento bípede, espiritual e toda a elevação cognitiva dentro de uma conjuntura familiar e social.

Hoje, uma classe se sobrepõe à outra por meio da exploração e especulação. Questiona-se: “Será se não podemos mudar? Deus quis assim?”.

Afinal, é de grande importância deixar de lado expressões do senso comum e procurarmos entender o ser humano como ser sóciohistórico. Incutindo nas crianças o prazer pelos livros e pela historicidade, seja em famílias nucleares ou fragmentadas, é possível descobrir as habilidades e dificuldades dos rebentos na tentativa de criar sujeitos emancipados.