Crítica a Poesia - ( Eu amo você nunca mais )

Crítica a Poesia

Olá amigos;

Há alguns meses venho de forma discreta fazendo um protesto silencioso sobre poesias, hoje gostaria de propor uma reflexão que a mim é deveras importante, será de fato a quantidade mais importante do que a qualidade?

Após três anos escrevendo percebo que muitos escritores colocam nos títulos de suas obras nomes populares e pobres, a fim de chamar atenção do grande público, concordo que esta estratégia funciona, mas me questiono a que preço isto é alcançado?

Será realmente que ser mais lido significa ter um bom texto, ou talvez, ter um número maior de acessos demonstra sinceramente à qualidade do que esta sendo escrito?

Vejo pessoas aos quais não citarei seus nomes, que parecem se digladiar todos os dias por leituras, em um vale tudo desenfreado e tolo, não levando em conta o que realmente é importante, e o que de fato é um poeta e suas poesias.

Bem sabemos que com o advento da Internet muitas barreiras foram superadas, e hoje um simples clique nos possibilita uma variedade enorme de informações, então a pergunta que fica no ar se torna mais gritante e latente, afinal textos como “Eu amo você, Amo muito você, Amo meu Amor, Eu é _____” são lidos por serem bons ou apenas porque apareceram em um resultado de uma simples busca?

Pior ainda, aquele que lê esses textos lembrará o nome do escritor, verá suas outras obras, o recomendará para seus amigos?

Acredito que esta questão nos remete a outra reflexão ainda mais importante, outrora antigos poetas eram vistos não por títulos, mas pelo reconhecimento de seus nomes, alcançados no galgar de anos e anos, talvez amigos seja chegada a hora de se fazer notar não por títulos, mas pelo conjunto da obra e da vida do poeta em si, e assim resgatar novamente essa premissa ensinada e hoje tão esquecida.

Pressupõe-se assim que a qualidade é o que de fato torna uma obra bela, então que não nos portemos como meras prostitutas em busca de clientes fáceis. Que tenhamos a consciência de que o verdadeiro poeta/escritor não se faz lembrar pelos títulos que dá a seus textos, mas pela habilidade, intensidade e sentimento que expõe em suas linhas.

Sejamos hoje capazes de não nos seduzirmos pela fugaz e mera quantidade, mas que tenhamos sempre em mente a melhora continua do que fazemos, pois o verdadeiro reconhecimento é o nome do poeta que se fez eterno, e não um pobre título que se fez vulgar.

Enfim amigos, agora é com vocês, a eternidade de uma obra ou um “eu amo você” qualquer.

AO MODERADOR QUE ME LÊ

Sugestões para o Recanto das letras, porque quem critica deve oferecer sugestões:

- Na home Page do site não aparecer mais o título, aparecer apenas o nome do autor, se a pessoa quiser que veja o autor e assim confira sua obra

- Acabar com os 100 mais lidos, realmente ser mais lido não quer dizer ser bom, porque não apenas citar os últimos autores com textos publicados? Lembrando sempre sem o nome do título apenas o nome do autor.

- Tirar as leituras e os mais lidos da escrivaninha do autor, as leituras ficariam visíveis apenas para o autor, e não abertas como é hoje.

- Ao invés de os mais lidos do autor, o mesmo poderia escolher quais textos aprecia mais fazendo uma lista de textos prediletos.

Acredito que com essas mudanças valorizaríamos o autor e sua obra ao invés da futilidade que ocorre hoje neste site, aonde quantidade vale mais do que qualidade.

Paz profunda a todos.

"Na virada do sec. 21 somos as protitutas felizes que ganham em euro e querem mais e mais leituras, mesmo que isso seja jamais ser ou fazer o que realmente queremos."

dos Santos
Enviado por dos Santos em 20/03/2009
Reeditado em 21/03/2009
Código do texto: T1496046
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