Uma vida de leituras

Sempre gostei de ler, mas, ultimamente, tenho lido demais. Tem sido difícil conciliar todas as obras.

Semanalmente, leio os textos teóricos de minhas últimas cadeiras na faculdade: Semântica e suas Interfaces e Tópicos de Análise de Língua Inglesa. A dificuldade da primeira reside nos muitos conceitos envolvendo pragmática e semântica. Engana-se quem pensa que semântica se resume a saber o significado das palavras. São tantas as relações que podem ser feitas que um nó se cria na cabeça. A dificuldade da segunda se encontra no idioma: os textos são todos em Inglês.

Além dessas teorias meio chatas, antes de dormir, apego-me a dois livros. O primeiro é o enorme Maysa - Só numa multidão de amores, de Lira Neto, que conta a trajetória da cantora. Adoro biografias. Por isso, não devoro o livro. Degusto-o lentamente, como que querendo prolongar o prazer. A segunda obra é de cunho espírita: Faça acontecer, de Luiz Antônio Gasparetto. Em síntese, ele nos diz para exercitar o pensamento positivo como forma de deslanchar a vida.

Não mencionei, ainda, um terceiro livro, Delta de Vênus, de Anaïs Nin, um clássico da literatura erótica. Não abandonei a leitura. É que como se trata de contos, posso lê-lo em prestações também.

Pessoas me dizem que não conseguem se concentrar para ler livros, ficam só nas fofocas e no horóscopo. Não tem essa história de concentração; basta querer que a coisa rola. Quantas vezes as criaturas ficam em casa ociosas, pensando bobagens? Um bom livro pode preencher a mente produtivamente. Ler também é viver.

Responda rapidamente: quantos livros você leu na vida? Não muitos, não é? Quiça, nenhum. Ler soluciona, ler acalma, ler constrói, ler preenche.

Márnei Consul
Enviado por Márnei Consul em 18/03/2009
Código do texto: T1492689
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