Nós somos privilegiados...
Nós somos privilegiados...
Outro dia, eu estava parado à espera da abertura do semáforo em uma avenida movimentada de nossa cidade, percebi que paralelamente estavam dois veículos novos de alto valor de mercado e não é só isso se tratava de modelos recém lançados pelas montadoras.
Em meio a tantas noticias à cerca de crise mundial, de recessão batendo às portas de muitas empresas, de notícias de demissão em massa e queda das exportações, esse fato corriqueiro por essas bandas merece uma atenção especial. O fato é que vivemos em um país privilegiado, com reservas naturais incontáveis, com um subsolo rico e ainda inexplorado, com imensas áreas ainda à espera de colonização, com um povo trabalhador e otimista, que não se ressente como a maioria, quando o assunto é dificuldades financeiras.
Aprendemos a lição, em tantos pacotões lançados ao longo de nossa história, com todos os solavancos econômicos a que tivemos que nos adaptar, com todas as adversidades climáticas que o nosso país oferece e que o nosso povo bravamente, heroicamente consegue driblar, produzindo alimentos, seja no semi-árido nordestino ou nos pampas gaúchos é que nos enchem de esperanças, que nos trazem a certeza de que estamos atravessando por esse momento de turbulência mundial com maestria, como poucos países pelo mundo estão tendo a sabedoria e a competência de atravessarem.
Além de tudo isso, costumo dizer que nós moramos numa das melhores regiões desse país, só assim se explica o fato de em pleno período em que todos estão receosos de aplicações e investimentos, termos a poucos dias atrás um evento grandioso como o show rural Coopavel, superando até as mais otimistas expectativas, com cerca de 180 mil visitantes e um volume espetacular de negócios realizados, moramos numa região altamente produtiva, onde a valorização das terras se compara às mais férteis do mundo, temos inúmeros parceiros comerciais, de diversas partes do planeta o que nos assegura mesmo em tempos de forte decadência do mercado americano, saídas estratégicas ao que produzimos e assim vamos passando ao largo desse tsunami em que se transformou a economia mundial.
Nossos índices locais de produção estão bons, o numero de demissões no comércio, salvo algumas exceções, está dentro da normalidade e o nosso povo tem demonstrado maturidade para lidar com essas questões econômicas, o que precisamos pôr em prática é o otimismo, precisamos parar de ver só o lado negativo da questão, precisamos valorizar as coisas positivas à nossa volta, precisamos aprender que é em períodos de crise que surgem as maiores e melhores oportunidades, precisamos é mudar o vocabulário, trocar retração por investimento, receio por arrojo, crise por oportunidade, só assim faremos jus ao privilégio que temos de morar onde moramos.
Adilson R. Peppes.