O MEDO DO ESCURO - CAP I
MEDO DO ESCURO
PREFÁCIO
O medo do escuro é um relato de uma criança que passou por diversas situações de muito medo durante sua infância e que estes seus medos acabam por fim transformando essencialmente a sua personalidade, transformando-o, em uma pessoa, muito tímida e desconfiado de todo mundo e com um grande sentimento de angústia e ao mesmo tempo apreensivo diante de certas situações. Até mesmo no seu dia-a-dia, isto vinha atrapalhando a sua vida pessoal.
Mas, o mais importante, é que no final ele se torna outra pessoa, se desprende de tudo aquilo que vinha atravessando na sua personalidade deixando-o quase sem ação e se torna outra pessoa, vence a timidez e volta a ser uma pessoa normal como todas as outras pessoas.
John
28-01-2008.
CAP I
O MEDO DO ESCURO
(UM PASSADO PARA ESQUECER)
Aqueles dias eram mesmo dias de muita tensa para o menino Jonh. Imaginar as diferentes situações, onde o pequeno Jonh enfrentou é que jamais pode esquecer. Ele não entendia o que poderia haver naquele escuro e que tanto o aterrorizava. Na realidade, na sua pequena cabeça, o que se passava, era somente algo que poderia lhe causar o mal.
O pequeno Jonh não tinha espaço, tudo o que lhe atribuíam, teria que fazer sem demora e no mínimo espaço de tempo possível. Jonh às vezes tinha umas obrigações a fazer e isso lhe deixava com um certo grau de responsabilidade muito elevado. O seu dia-a-dia era cheio de muitas tarefas e quando a penumbra da noite começava a aparecer, os seus medos afloravam e começava a enxergar coisas no escuro. Eram coisas inimagináveis e mesmo que ali nada existisse, ele sempre via algo. Esse algo, para ele poderia ser um monstro ou outra coisa qualquer. O pequeno Jonh, tinha de 6 para 7 anos e dentro do seu peito as coisas pareciam que iam explodir de verdade, sentia-se como se estivesse com febre e ele tremia seu corpo e suas pernas fininhas e joelhos se debatiam e sempre andando com suas sandálias desgastadas às vezes, devido ao seu grande medo, tropeçava em alguma pedra e machucavam seus dedos. O pequeno Jonh estava só e no seu mundo introspectivo sempre se perguntava: Porque isto está acontecendo comigo? Porque com os outros as coisas não são assim? Sim. Com ele era dessa maneira. Ele possuíam mais irmãos, mas, o tratamento era diferente. O pequeno Jonh foi crescendo e dentro de sua vida introspectiva também percebia as diferenças existentes no seu mundo. No seu convívio pessoal poderia encontrar uma série e respostas que poderiam ser atribuídas às suas perguntas, as suas incógnitas estavam ali, mas, bastaria uma organização das idéias e aí sim, perguntas e respostas estavam bem colocadas. Talvez ele tivesse descoberto a razão da existência dos seus medos. Mas, os seus medos verdadeiros eram causados por outras fontes. Jonh veio fazer esta descoberta um grande tempo depois. Quando passou a anotar os seus relatos e depois de anos lê-los novamente faria descobertas sobre o que lhe acontecia naquela época. Os seus registros o ajudavam a entender a razão provável de seus medos. Era na maioria das vezes causadas por pura ignorância de seus pais, que o tratavam de uma forma inadequada e talvez imperceptível a olho nu. Mas, nem sempre culpa seus pais por isso. Ele entende hoje, que: Se eles não tinham o conhecimento suficiente para educar naquele caminho correto, digo na questão psicológica, não devem ser atribuídos a eles esses males. A razão de tudo isso talvez poderia ser psicológica, porém, como na época isto era impossível, os anos foram se passando e tornando-se uma coisa meio crônica, mas, com o passar dos anos e com suas descobertas a tendência foi fazer a reversão daquilo que lhe prejudicava muito. Hoje, dedica seu tempo a descobrir a todo custo, tudo o que lhe foi prejudicial.
Tudo aquilo que lhe trazia sofrimento e angústia, ele prefere esquecer, pois, não faz nenhum sentido guardar coisas velhas e ruins. Mas umas coisas ele jamais irá esquecer, justamente, aquelas que deixam marcas e que parecem ter ficado para sempre.
O aglomerado de coisas que aconteciam em sua volta era suficiente para lhe deixar apreensivo e o convívio com outras pessoas era bem seletivo. Na sua casa, quando chegavam pessoas diferentes, ele e outros eram segregados e não podiam participar das conversas. Ele não entendia muito bem, o porque de não poder participar da conversa, pois, não parecia nada confidencial.Eram apenas pessoas da região que às vezes passavam em casa e demoravam pouco tempo, mas, ele não ficava na sala, e seu pai lhe mandava ir para a cozinha, local onde ninguém poderia lhe ver. Ele não entendia, mas, obedecia. Aquilo dentro dele era uma coisa indecifrável e ficava apenas ouvindo as vozes das pessoas. Era como se fosse um prisioneiro dentro de seu próprio lar. O pequeno Jonh, muitas vez se sentiu discriminado e muitas vezes chorou, não sei se foi de tristeza ou de raiva, mas, chorava mesmo assim. Agora, ele não entendia a razão daquilo. De uma forma ou de outra, tudo aquilo veio a lhe causar danos psicológicos, pois, até mesmo a questão do aprendizado pode ter sido afetada , porém, hoje vive uma vida normal, conseguiu passar por cima de seus medos e tentando a cada dia sobrepor às situações mais difíceis...
Continua em : O Medo do Escuro Cap. 2
John...!!!