O Amanhã não Espera (T192)
É triste ligar a televisão e ver estampado nos noticiários uma trágica história como do adolescente alemão que se matou aos 17 anos, mas antes de cometer a violência contra si levou 15 pessoas com ele. A tristeza atingiu toda a Europa e chocou o mundo. O pior é que este fato não é o primeiro e nem, infelizmente, será o último.
Não sou um especialista em comportamento humano, já que acho que estudar o comportamento humano muitas vezes não nos leva a lugar nenhum, pois isto está mudando muito na personalidade das pessoas.
O que se ouve muito é uma simples pergunta: o que leva um adolescente a cometer tão brutal crime? O que leva-o a arquitetar ou planejar isso?
Talvez não seja tão difícil responder se olharmos para algumas situações tão presentes em nossas vidas, em nosso cotidiano. É só olhar o tipo de vida que levamos e que transportamos também aos nossos filhos.
Parece que os criadores de jogos eletrônicos e também de brinquedos, trabalham para uma indústria bélica, onde o que interessa é a criatividade em cima de jogos e brinquedos que refletem de certa forma esta violência.
Eu faço esta comparação porque estes crimes seguem muito um roteiro que vemos em jogos de video games e que são vendidos sem uma averiguação de órgãos competentes, e a sociedade tem uma parcela de culpa também. Falo aqui sim de jogos super violentos que talvez para um adulto não são tanto influenciáveis, já que nossa formação já está mais definida, mas para uma criança ou um adolescente que busca seu lugar no mundo e muitas vezes em seu pensamento não acha, esses jogos que dizem "inocentes" podem fazer o trabalho que faltava para colocá-lo em algum plano.
Mas qual é a solução, o que devemos fazer, uma coisa bem simples dialogar mais com nossos filhos, digo um diálogo aberto e sem medo de abordar os temas que mais afligem os pais. Talvez até evitar ter em casa certos jogos que trazem em seu conteúdo temas violentos. Uma coisa é fato, não adianta fazer campanha de desarmamento da população se temos ao alcance brinquedos que refletem essa realidade, parece até arbitrário o que escrevo aqui, mas é só ver por aí para tirar suas conclusões.
Não é só o crime deste adolescente alemão que nos leva ao ambiente de um jogo, podemos citar muitos outros, alguns praticados em escolas nos Estados Unidos, e até aqui, no Brasil, aquele rapaz que começou a atirar numa sala de cinema, todos com carcterísticas comum.
Enfatizo novamente, o diálogo em casa tem que voltar novamente, não estou generalizando, mas a parcela que não tem este hábito é muito grande, a atitude para tornarmos este mundo melhor tem que partir de cada um de nós, não podemos ser apenas coadjuvante, temos que ser os protagonistas, aquele que faz algo e não fica só assistindo e reclamando do mundo.
Alexandre Brussolo (12/03/2009)