NOSSO TEMPO

Bom dia para quem me lê nesta manhã que começo com tempo disponível para este artigo sobre tempo.

Ontem estive entre Av Amazonas e Santa Catarina aqui em Belo Horizonte, perto do Mercado Central e encontrei com o Gilberto, antigo vizinho do Bairro S. Francisco. Cumprimentamos e ao atravessar a rua veio dele a iniciativa de nos deter junto a um poste para dialogar, um pouco. Os assuntos giraram mesmo em torno do corre corre que não dá a ninguém a primazia de uma sala de visitas mesmo no meio da rua, falamos dos vizinhos lá do São Francisco depois das cachaças que tomamos no bar do pai dele (falecido) o Paulista na rua Guimarães, dos que faleceram e na coincidência eu disse que pela manhã estive na casa da viúva do Edmar, falecido no domingo e sepultado na segunda sem que eu soubesse e comparecesse ao sepultamento. Dos que mudaram e do crescimento dos meninos e mudanças ocorridas por lá.

A importância daquele diálogo nada programado mostrou que temos ainda pessoas em disponibilidade para as banalidade que afinal nos torna mais naturais e até menos estressados, não nos ocupamos com anedotas. Perto tinha uma casa de vitaminas e não deu para convidar o Gilberto para apreciar porque eu tinha só os 2.50 da passagem. Dai que voltei a refletir que nós e que fazemos nosso tempo e devemos aproveitá-lo com qualidade, tranqulilos, realmente disponíveis e se não for o caso programa-lo com a antecedência que não nos torne eletricos e autômatos desagradando a ponto de conhecidos disfarçar ao passar pela gente para não perder tempo, e eu adoro quando encontro com algúem, e sem ser maçante travar um diálogo ainda mais os que não avistamos de longa data. Será que só depois que morre que devemos parar com o corre corre?.