QUANTOS LÊEM NOSSOS TEXTOS NO RECANTO?
No início de 2006, mais precisamente no dia 17 de abril, comecei a publicar meus textos no Recanto das Letras, examinando a cada momento a evolução de seus acessos. O primeiro dos meus textos a ultrapassar as cem leituras foi o poema A Rosa Vestida de Lírio, que no primeiro dia conquistou mais de quarenta pontos, ficando vários tempos à frente de todos os outros com cento e quarenta e cinco leituras, estando hoje, quase três anos depois, apenas com cento e cinqüenta e nove. Passado algum tempo e algumas publicações, em 5 de junho de 2006, publique o poema Amor de Amiga, cujo título traduz malicia, embora que o texto seja bem inocente, falando do amor que pode haver entre amigos de sexo oposto, sendo que podem, inclusive, fazer amor, mas este será sem sexo, libido ou mais nada, apenas amor.
Por causa do título, este poema explodiu, chegando logo a trezentas leituras, seguindo imediatamente para quatrocentas e parando tão subitamente quanto começou, estando hoje a quatrocentas e doze.
Vendo os meus textos argumentativos ficando para trás, pensava que o público no Recanto das Letras era afeito mesmo somente por poemas, especialmente os maliciosos. Todavia, para desbancar o poema com título sugestivo, após algum tempo publicado, desde 21 de maio de 2007, mas com muito poucas leituras, vi despontar o título Conceito e Preconceito, texto denso, como colocou o colega escritor Fernando Brandi quando elogiou a performance do escrito. Todavia, apesar de sua densidade, esse artigo tomou um impulso fenomenal, quando tive a satisfação de ver um de meus textos ultrapassar a mil leituras, chegando logo a mil e trezentas no final de 2008, avançando lentamente para além de mil e quatrocentas há dois meses do 1nício de 2009.
Teria sido pelo título, por isto não há comentários dos leitores no rodapé desse texto ou teria sido porque os textos publicados no Recanto das Letras são muito bem cadastrados, sendo que suas palavras são postas como palavras chave na busca do Google, por exemplo?
Em 26 de julho de 2006 tinha publicado o Guilherme Marechal – ou o Melhor Cavaleiro do Mundo, um resumo do livro do mesmo título que o professor da cadeira de História Geral pedira para fazer em 2003. A exemplo do texto O Ano Mil – A vida no Início do Primeiro Milênio, publicado na mesma data, hoje com cento e dezesseis leituras, o texto Guilherme Marechal permaneceu por muito tempo na retaguarda. Todavia, do meio de 2008 em diante tomou impulso, chegando até o mês de dezembro com mais de seiscentas leituras, estando hoje há oito de alcançar setecentas. Entretanto, a exemplo do texto Conceito e Preconceito, não há qualquer comentário nesse texto.
Quanto a tal texto, é bem provável que seu avenço no ranking das leituras deva-se às consultas no Google, sendo que após o início do período correspondente as férias escolares as visitas cessaram.
O mais surpreendente, porém, dentre todos os textos que já redigi e publiquei no Recanto das Letras, trata-se de um título religioso, O Anticristo, As Bestas, O Armagedom e O Sinal, sendo que percebi que textos assim alcançam pouca leitura. Entretanto, tal texto, além de possuir título religioso, apocalíptico, com conotação sinistra e tenebrosa, é longo, tendo vários subtítulos, sendo também denso, histórico e contendo muitas referências bíblicas. Publicado em 30 de abril de 2008, esse texto alcançou até hoje seiscentos e trinta e uma leituras, mas segue a avançar sem parar. E, a despeito da velocidade com que avançou tantas leituras, em seu rodapé foram postados dois comentários que valem o artigo, sendo um que pode ser chamado de crítica, de autoria do colega escritor Vanderleis Maia, publicado em 30 de abril de 2008, e o outro de Arivelto Rodrigues, publicado em 10 de setembro de 2008.
Quanto a esse texto, tenho certeza que duas pessoas o leram.
Outros textos há com número de leitura acima de trezentas, destacando entre eles o artigo histórico de título Roma – da Injustiça Social ao Caos Econômico, publicado também em 26 de junho de 2006, tendo hoje trezentas e vinte e três leituras, número adquirido lentamente ao longo desse período, além de um comentário. Tão interessante quanto os outros textos com muito acesso, esse artigo trata de um paralelo histórico entre aquele império político-econômico e o nosso tempo, onde o sistema de governo (a República – uma falsa democracia), a dispensa de mão de obra e a concentração de renda levaram a civilização ao caos político, social e econômico, resultando no êxodo urbano que esvaziou e extinguiu muitas cidades e deu início ao período feudal, onde os ricos, cuja ganância tinha levado o mundo ao caos, seguiram a concentrar a riqueza, todavia, não mais com monoculturas que dispensavam a mão de obra, mas cobrando pesadas taxas para permitir as famílias pobres trabalhar em suas terras e produzir seu meio de vida. O texto ressalta que o único que naquele período não entrou em colapso foi o elemento ecológico, que na atualidade convulsiona com intensidade igual aos elementos política, economia e sociedade.
Portanto, quantos, além dos que postam seus comentários, são os que de fato lêem os nossos textos no Recanto das Letras após cada acesso?
Independente disso, imaginar quantas são as pessoas que, talvez, leiam, captem suas mensagens usando-as para contrapor e formular opiniões, podendo, certamente, tomar suas decisões com base em mais de uma opinião e ponto de vista, fazendo assim verdadeiraas escolhas, é fascinante. Por isto pretendo seguir escrevendo, o que farei sem cansar enquanto me for permitido.