CRISE INTERNACIONAL ESTÁ AUMENTANDO
CRISE INTERNACIONAL ESTÁ AUMENTANDO
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo
Com o aumento da crise, vários países começam a estabelecer estratégias em suas políticas internacionais, a China que já é uma importante parceira comercial do Brasil, estará liberando recursos para a Petrobrás investir na exploração da camada de petróleo chamada de Pré-SAL. A França estabeleceu uma série de medidas para aumentar o intercâmbio entre os dois países; a Espanha pretende aumentar investimentos aqui, estes são exemplos de que há um posicionamento mais amigável por parte dos países ricos com relação ao nosso país.
As demissões anunciadas pela imprensa nos EUA tendem a aumentar, porque a economia americana necessita de trilhões de dólares, contaminada por papéis podres do mercado financeiro.
Grandes empresas no Japão, Europa, Ásia, anunciam cortes de 4% a 5% de seu quadro de pessoal, o que por sua vez, ocorre em virtude de quedas acentuadas do consumo e reestruturações obrigatórias em momentos delicados de gestão. Com o impacto destas demissões os números do PIB nestes países tendem a diminuir.
O nível de emprego em cada país dependerá do volume de demanda de produtos e serviços, quanto maior for à queda, maior será o índice de desemprego.
A queda do PIB da Alemanha e Japão mostra claros sinais de contágio de aumento do risco financeiro nestas economias. O leste europeu também está sofrendo com a crise, colocando em risco de solvência vários bancos da Europa que atuam na região.
Apesar de nebuloso os resultados financeiros de muitos bancos, financeiras, construtoras e seguradoras pelo globo, algumas apresentam até aumento de lucro em 2008 e início de 2009, resultado de uma boa administração.
As montadoras de automóveis, provavelmente irão concentrar atividades em países com melhor eficiência operacional e financeira, em detrimento às vezes dos países de origem, podendo o Brasil ser beneficiado.
O mercado internacional de produtos de alto valor agregado pode sofrer um impacto por tempo indeterminado, com concentração de atividades nos países que administrarem melhor a crise financeira.
Vendas e fusões de grandes corporações aparecerão no mercado internacional como soluções estratégicas de diminuição de custos e de sobrevivência para alguns negócios.
Neste cenário nem os mestres da eficiência sairão ilesos, porque as empresas buscam operações flexíveis, lucratividade, nos países que possam oferecer melhores opções de mercado.
A queda no valor do barril de petróleo continua colocando em risco economias de países que dependam deste tipo de commodities.
Para piorar a situação, alguns países estão praticando protecionismo com a justificativa de conservação de empregos, que na globalização provoca justamente o contrário, talvez no curto prazo defenda os trabalhos locais, mas no médio e longo, acabam provocando a extinção de muitas vagas de emprego que demoram a reaparecer na cadeia produtiva.
Nesta berlinda todos acabamos prejudicados, com a falta de recursos, investimentos e contribuições para setores essenciais, como saúde, reciclagem, assistência social e obras de apoio a comunidades carentes espalhadas pelo mundo.
Com a queda de faturamento das organizações até mesmo fundações pertencentes a grandes empresas começam a ver seus recursos minguados.
Neste cenário todo, o Brasil, é uma exceção a regra, irá crescer mesmo com os efeitos da crise internacional, identificado como uma possível economia de sustentação de negócios no mercado global.