Mantendo a mente atrás dos olhos.

Durante as viagens de automóvel que faço sem acompanhante, venho percebendo como nossa mente tende a viajar muito alem do momento, do objetivo... chegando a perturbar a mecânica de conduzir o veículo. Fatos como passar do destino, parar no sinal aberto, passar no fechado e outros mais ocorrem quando os pensamentos estão a mil. Percebi que principalmente nestes momentos devemos deixar nossa mente bem atrás dos olhos, cumprindo funções básicas, e bem controlada.

Em algumas viagens experimentei parar os pensamentos, imaginando a mente voltando para o seu espaço físico, daí então procurei mantê-la apenas recebendo as informações dos sentidos, principalmente olhos e ouvidos. Ficou muito mais seguro e menos cansativo.

Como trabalho com atendimento em máquinas elétricas e eletrônicas percebi que a grande maioria das projeções que eu fazia durante a viagem era apenas desperdício de energia e atenção, pois ao chegar no cliente as soluções surgiam no momento, conforme se apresentavam os reais fatos e detalhes.

Há momentos pra ver, ouvir, sentir... Mantendo a mente quieta, mas alerta.

Momentos pra pensar, raciocinar... Mente ativa, esperta.

Momentos pra refletir, meditar... Mente quieta, é o não pensar.

Momentos pra praticar, executar... Mente fixa na rotina, no batente.

Não podemos jamais deixar a mente solta, pois esta tende a apoderar-se do templo.

Com a consciência em vigília permanente colocamos a mente como serviçal, que é o seu lugar.