17/02/2009 21h51
Meus pássaros "Diamante Gould". = Saudades do Chloebia gouldiae
Em dezembro de 2008, fui até uma loja agropecuária e adquiri dois exemplares machos denominados diamantes. (Foto anterior = Diamante de Gould - Nome científico: Chloebia gouldiae)
Um colorido e outro amarelo que acompanhava a cor da gaiola  amarela e redonda.
Sabia que eram pássaros  sensíveis e que na mudança das penas sofriam muito e muitos morrem.
Estou triste. Quase, quase chorei copiosamente, algumas, somente algumas lágrimas escorreram pela minha face.
Meus dois pássaros sobreviveram somente até meados de fevereiro de 2009.
Já se encontram em outro plano existencial.
Agora, são apenas lembranças.
Na sua gaiola, já canta um pintagol, que é o cruzamento do pintassilgo brasileiro com o canário do reino, um pássaro híbrido cantador com uma longevidade bem maior do que o Diamante de Gould que ficou na lembrança e na foto.


DIAMANTE DE GOULD


 
 
Com a beleza de suas cores vivas e bem definidas e o temperamento especialmente dócil, o Diamante de Gould é um dos pássaros preferidos para estimação.
Nome científico: Chloebia gouldiae

Origem
Ave originária do norte da Austrália, foi trazida para a Europa em meados do século XIX pelo ornitólogo John Gould, ao qual ficou a dever o seu nome.

Desde então, criou admiradores em todo o mundo, devido à profusão de cores que apresenta.
Não existem muitos criadores de Diamantes Gould, e não existem porque a sua reprodução é extremamente difícil.

Existem ainda determinados factores de recessão da espécie, que tornam este trabalho ainda mais ingrato, já que um mau cruzamento leva à morte de muitas das crias.

TAMANHO: cerca de 12 cm.

CORES: Original - Cabeça: vermelha, preta ou laranja. Peito: violeta. Barriga: Amarelo-ouro. Manto: verde luminoso. Mutações - Cabeça: amarela ou cinza. Peito: branco, rosa ou azul. Barriga: creme. Manto: amarelo, cinza claro, azul etc.

INSTALAÇÕES: Que permitam banho de sol e em local com algum resguardo. Gaiola - para 1 casal, ao menos 60 cm de comprimento x 30 cm de profundidade x 35 cm de altura. Viveiro - de alvenaria, com apenas a frente de tela, voltada para o Norte, com 3 m de comprimento x 1 m de largura x 2,10 de altura, piso de lage com 15 cm de espessura e tela de ½ polegada com fio 18.

ACESSÓRIOS: em gaiolas, 2 poleiros de 10mm de diâmetro, bem afastados e longe das laterais, para evitar danos às penas da cauda. Galhos de árvores são também uma boa opção, mais usados em viveiros. Ponha uma banheira para banho diário, que ajuda a manter a plumagem em boas condições. Deixe sempre à disposição um osso de siba para fornecimento de cálcio e areia mineralizada para ajudar na digestão.

ALIMENTAÇÃO: mistura das seguintes sementes: 25% de alpiste e 75% de painço e milheto, diariamente. Em dias alternados, verduras. Duas vezes por semana e na época de procriação, mistura de 20% de Farinha Láctea, 60% de Neston, 20% de farinha de rosca; acrescentar ovo cozido esfarelado. Para cada kg desta mistura acrescentar 4 colheres (sopa) de um suplemento nutricional como o ASA F1 e 3 de fosfato bicálcico. Na natureza alimenta-se de gramíneas, sementes, brotos de verduras, insetos adultos e em estado de larva e eventualmente de frutas e até polén.

IDENTIFICAÇÃO SEXUAL: o macho tem cores mais vivas principalmente no peito, a cauda central mais comprida. Faz o corte movimentando-se no poleiro, expondo as plumas e cantando. No período de acasalamento é comum o bico do macho tornar-se mais claro e o da fêmea mais escuro.

CRUZAMENTO: é totalmente desaconselhável cruzar ave recessiva com recessiva (cabeça laranja ou peito branco ou manto azul), pois diminui o tamanho dos filhotes, que ficam mais sucetíveis a doenças e podem nascer com problemas genéticos. Cruze o recessivo com um dominante que seja filho de recessivo.

REPRODUÇÃO: A partir de 10 meses a fêmea bota de 5 a 8 ovos que eclodem após 15 a17 dias. Se não botar pode ser por mudança freqüente da gaiola de lugar; pela fêmea ser jovem ou velha demais, por falta de interesse do macho (vê-se quando não corteja a fêmea). Para tentar interessá-lo, separe-o da fêmea por 1 mês. Quando os filhotes ficam independentes, aos 45 a 50 dias, separe-os dos pais ou da ama para iniciar nova postura. Após 3 posturas dar descanso de 1 mês ao casal, totalizando 6 posturas por ano quando a mãe não choca (usa de ama). Quando a fêmea também choca, fazer só 3 posturas seguidas, por ano. Usar ninho de madeira de 20 (compr.)x14x14cm, com divisória de 4,5cm de altura, formando 1 ambiente para os ovos (13x14) e outro (7x14) para os primeiros passos dos filhotes. Neste último fica a porta, redonda, na parte superior. A tampa deve ter 3 furos em cada extremidade, para melhor circulação do ar. Como forração forneça grama japonesa ou raízes de capim. Sensível às inspeções no ninho: fazê-las ao entardecer.

Publicado por Beckhauser em 17/02/2009 às 21h51