SOS Hospital de Referência de Gurupi

Nestas últimas semanas a Comunidade de Gurupi e Municípios adjacentes vêm sendo sacudidas por notícias de mal e mau gerenciamento do Hospital de Referência de Gurupi, popularmente conhecido por Hospital Regional. É a pura verdade. Se assim não o fosse o Diretor Dr. Olegário de Souza Lima viria a público esclarecer as acusações.

Este que já teve o título de maior, melhor e mais resolutivo Hospital da Região, incluindo Mato Grosso, Norte Goiano, e Sul Paraense, passa hoje por muitas dificuldades tendo em vista a Administração atual. A mesma é alicerçada na TRUCULÊNCIA e INTOLERÂNCIA, FALTA DE DIÁLOGO, DESCOMPROMISSO SOCIAL, EGOÍSMO e AUSÊNCIA DE AMOR AO PRÓXIMO, e por fim PREVARICAÇÃO.

Iremos destrinchar cada qualidade citada acima, colocando ou enquadrando a Direção Geral do Hospital, hoje a cargo do Dr. Olegário de Souza Lima, neste perfil.

O Dr. Olegário é truculento e pérfido chegando quase à selvageria ou mesmo a crueldade. É daqueles que não se relaciona com os seus Comandados, ou com os que estão sob sua administração. Toma as decisões sem nenhum diálogo. Não tem interlocução. Suas decisões, mesmo arbitrárias e cheias de falhas, não têm volta. Ele não possui humildade, qualidade inerente ao mais humilde ser humano, para voltar atrás nos seus erros. Parece-nos que o mesmo reina absoluto o que o faz cego às suas más atitudes. Percebe-se que ele se sente sobre tudo e todos. Não tem ninguém sobre ele em matéria de hierarquia. Contrariando até a Bíblia Sagrada, em Eclesiastes, Capítulo 5, versículo 7 e 8 onde diz:”Se você vê num Estado a opressão do pobre, o direito e a justiça violados, não se espante com isso, pois quem está no alto tem sempre outro mais alto que o vigia. E sobre os dois há outro mais alto ainda.”

Verificamos nos derradeiros meses do ano passado e neste ano uma verdadeira panacéia desvairada demissionária. Ele não conversou com nenhum dos doze (12) médicos que saíram (pediram demissão, ou foram postos a disposição do Estado) do Hospital Regional de Gurupi. Não é aberto ao diálogo. E se nenhuma medida for tomada terão mais cabeças na guilhotina ou na seringa de cloreto de potássio do Dr. Olegário. Ele destila seu veneno sem dó nem piedade, e em qualquer direção mesmo sabendo do prejuízo que pode vir a causar, não medindo as conseqüências. Tudo nos leva a crer que ele precisa ser avaliado psicologicamente. Ou mesmo poderá está lendo “o Príncipe”, livro de Nicolau Maquiavel, e levando a cabo seus argumentos para se perpetuar no poder. Leia este trecho do referido livro e notará grande semelhança com as atitudes do diretor: “...assegurar-se contra os inimigos, vencer pela força, ou pela fraude, fazer amado e temido pelo Povo, seguido e temido pelos seus soldados, eliminar aqueles que podem ou devem causar danos... extinguir a milícia infiel, criar uma nova, manter a amizade dos reis e dos príncipes...”.

Amar as outras pessoas eu não sei se faz parte do dicionário, dos conhecimentos filosóficos ou mesmos do dia-a-dia de Dr. Olegário. Um hospital do porte do Regional que necessita, no mínimo, de 14 médicos clínicos, 10 médicos cirurgiões, 14 médicos pediatras, 10 médicos obstetras, 14 médicos intensivistas, afora as especialidades, penso eu, não pode se dar ao luxo de dispensar 12 médicos como fez a atual administração. Fazendo uso da razão isto não pode e certamente não deverá perdurar. O prejudicado (o Povo, a Comunidade) certamente não tem como se defender. Precisamos fazer uma grande cadeia de união, cadeia de amor ao nosso semelhante, no intuito de dar um basta nestas atitudes dantescas contra o Povo que precisa do SUS. Com estas atitudes, como este Hospital dará conta de atender toda a demanda de Gurupi, e mais 17 cidades circunvizinhas as quais fazem parte da pactuação para serviços de média e alta complexidade? Há tempo que o Hospital de Referência de Gurupi não realiza cirurgias eletivas. Isto não poderá persistir. Conclamamos aos Prefeitos que fazem parte desta PPI a cobrarem do gestor do Hospital Regional seus deveres para com as suas comunidades, inclusive para justificar os recursos repassados.

Outro costume seu é encobrir ou beneficiar seus seguidores. Mandar freqüência normal para quem não prestou o serviço contratado. Para o Estatuto do Funcionalismo Estadual isto chama-se PREVARICAÇÃO. Para o Povo compreender explicarei com detalhes. Um médico com carga horária de 20 horas semanais precisa fazer 3 plantões de 24 horas no Regional mensal. Outro que tenha 40 horas semanais certamente terá de honrar 6 plantões mensais e assim sucessivamente. O que está acontecendo é que os amigos do Diretor não estão exercendo a carga horária que lhe compete. Tem médico que nem pisa no Hospital Regional e recebe seu salário normalmente e há muito tempo. Existem outros que deveriam trabalhar 6 plantões por mês e só faz um. Para conhecimento dos leitores nós vamos mais longe. Tem uma filha do Diretor Dr. Olegário, contratada como Cirurgiã-Dentista para trabalhar no Hospital de Referência nas urgências e emergências de traumatologia odontológica que, até estes dias, não se tem notícia de sua presença no trabalho, e isto há muito tempo. Dizem que, após estas denúncias, o nome dela apareceu na escala do mês de maio. Ainda bem.

Igualmente este diretor diz-se Conselheiro do CRM – TO. Ocupando este cargo no CRM certamente é conhecedor do Código de Ética Médica. Isto lhe capacita julgar, quando solicitado, os colegas médicos que, por ventura, venham a ser processado junto a este Órgão Classista. Agora eu pergunto: como ser juiz um médico investido em cargo de chefia o qual coloca os seus subordinados hierárquicos em situação antiética? Se não vejamos. O Povo da Região reclama, com toda razão, que o atendimento é precário e demorado no Materno-Infantil. E é, o Povo nunca erra. Este Povo que reclama é quem nos paga. Explicarei a demora. Primeiro falta muito material para o devido acolhimento. E em segundo lugar na Maternidade tem somente um Médico Obstetra para atender em três especialidades. Este Obstetra precisa ser Urgentista no Pronto-Socorro, transformar-se em Cirurgião-Obstetra no Centro Cirúrgico, e atender a demanda espontânea que não teve resolução no Posto de Saúde. Como um médico (também Ser Humano) consegue fazer estas três atividades simultaneamente e com qualidade? Assim se passa também no Serviço de Pediatria onde este colega fica à disposição da Urgência, do Berçario, do Centro Cirúrgico, e da Sala de Parto. Assim se passam na Clínica Médica, Cirurgia Geral, e Traumatologia. Prá termos uma idéia da gravidade deste problema tem dia que não tem médico para auxiliar nenhum dos Centros Cirúrgicos. Nem a Cirurgia Geral muito menos a Cirurgia Obstétrica. Imaginemos como fica a Cirurgia Traumatológica, etc. e etc.

O gerente responsável por tal façanha Dr. Olegário, mesmo após serem mostrados na televisão todos estes ilícitos, continua firme na condução do Hospital de Referência de Gurupi ou antigo e saudoso Hospital Regional. Este que já foi porto seguro de muitos que choravam de dor, passa por momentos delicados de existência. Esperamos que a justiça seja feita com a saída deste homem que muito fez para acabar com o principal Serviço de Saúde Pública do Povo carente da nossa Gurupi e Cidades vizinhas. Será que este Povo tão sofrido, tão maltratado, tão explorado não merece uma Saúde decente? Será que um Hospital que tem tanta história bonita merece tanto descaso, tanto descompromisso? Com a palavra prá responder ou explicar estes desmandos o Diretor Olegário de Souza Lima.

O Hospital de Referência de Gurupi pede clemência. Vamos socorrê-lo logo, se não...

José Arimatéia de Macêdo – Médico

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