O elevado número de deputados e senadores.
A sociedade vive tempos de economia, com o prelúdio da crise econômica mundial, embora no Brasil a tal crise seja mais psicológica do que financeira, é fato que os tempos requerem reflexões econômicas mais acuradas, ou seja, é hora de apertar os cintos. Precisamos poupar mais, observar mais e gastar menos com supérfluos. Aliás, por falar em economia, ela deve fazer parte da vida do cidadão comum e também daqueles que temporariamente detém o poder em suas mãos, logo, se o cidadão comum deixa de trocar de carro, o governante deve também pôr a mão na consciência e poupar o dinheiro público.
Bem, vou direto ao assunto. Dia desses assistia na televisão sessão do Senado Federal e, da poltrona de minha casa, presenciei discussão envolvendo os senadores Eduardo Suplicy e Heráclito Fortes. Heráclito estava nervoso, extremamente irritado porque o senador Suplicy tomou a palavra e disse coisas contrárias à sua vontade.
Fiquei assistindo aquela tola e infantil discussão de dois homens que deveriam estar empenhados em contribuir com a nação, mas, lamentavelmente, faziam o contrário, gastando seu precioso tempo em infrutíferas e mesquinhas acusações mútuas. Ah, quanta bobagem em nome da democracia...
Imediatamente coloquei-me a refletir:
Precisamos urgentemente fazer uma reengenharia no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, a fim de aumentar a produtividade e reduzir enormemente o número de parlamentares. Veja, caro leitor, são mais de 530 deputados federais, é muito, demais, imprescindível economizar, sem contar que o parlamentar brasileiro é o mais caro do mundo. Se os parlamentares tivessem algum conhecimento administrativo certamente saberiam o alto custo de um deputado ou senador aos cofres públicos e tratariam de reduzir o quadro. Constatariam, então, que a economia realizada poderia ser investida em educação, saúde, habitação e cultura de modo a beneficiar genuinamente o povo brasileiro. Perceba caro leitor que o problema não se resume tão somente à corrupção, mas, também, a má administração. Ora, manter uma empresa com excessivo número de funcionários é realizar péssima administração colocando em risco a saúde financeira da corporação. Portanto, por mais que realizem em prol do povo, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal padecem do inchaço de parlamentares. Tenho certeza que 10 deputados por estado é um número razoável. Outra coisa: apenas 1 senador por estado está bom demais. Muito político junto equivale a confusão e pouca produtividade e, como vivemos tempo de economia, imperioso cortar os supérfluos. O enorme número de deputados e senadores é supérfluo, o povo brasileiro não precisa de tanta gente assim representando-o. Aliás, se vivêssemos em uma sociedade ajustada em bases fraternas e solidárias, os próprios parlamentares compreenderiam a inutilidade de tantas cadeiras para deputados e senadores e cortariam os exageros, respeitando o erário público.
O parlamentar deve saber que o poder público é para servir o povo, ou seja, o número de parlamentares tem de ser apenas o necessário para que a máquina pública tenha eficácia e assim atenda aos anseios da sociedade. Tudo que for descambar ao exagero podemos dar a nomenclatura de supérfluo. Portanto, cabe-nos registrar os reclamos do bom senso e pedir aos nossos governantes: Façam uma reestruturação e diminuam com urgência o excessivo número de parlamentares de nosso querido Brasil!
Aos senadores e deputados deixamos o apelo para que consultem vossas consciências e estabeleçam justiça no tocante ao pertinente assunto do exagerado número de parlamentares.