A Lenda do Mapinguari

O QUE É E ORIGEM

O Mapinguari é um ser do mundo das fadas da selva Amazônica. Uma espécie de “monstro” lendário que muito se aproxima a um grande macaco de longa pelagem castanha escura. Sua pele assemelha-se ao couro do jacaré, com garras e uma armadura feita do casco da tartaruga. Seus pés têm formato de pilão e com uma boca tão grande que em vez de terminar no queixo estende-se até a barriga. É quadrúpede, mas, quando em pé, alcança facilmente dois metros de altura.

O Mapinguari, também é conhecido pelos nomes de pé de garrafa, mão de pilão e juma. A lenda sobre a “besta malcheirosa” é uma das mais difundidas pelos indígenas.

A simples menção ao nome do Mapinguari é suficiente para dar calafrios na espinha da maioria daqueles que habitam a floresta.

Os cientistas que foram à Amazônia em busca do Mapinguari não tiveram sucesso. Entretanto, o ornitólogo estadunidense David Oren, ex-diretor de pesquisa no Museu Emílio Goeldi, em Belém, acredita que a lenda do Mapinguari é baseada no contato de humanos com os últimos representantes de preguiças-gigantes e que, talvez, ainda existissem na Amazônia. Procurou-os por mais de vinte anos, sem resultado.

Seria um mamífero pré-histórico, de mais de 12 mil anos, remanescente dos antigos bichos preguiça gigante. Talvez seja o último representante da fauna gigante da Amazônia brasileira.

Outros acreditam na origem do monstro num velho pajé amaldiçoado e condenado a viver para sempre vagando pelas selvas e nessa forma aterrorizante. Outros, ainda, justificam sua origem em índios com idade avançada e que foram desprezados por suas tribos.

RELATOS E INFORMAÇÕES

Foram coletados relatos de índios em pontos remotos da mata nos estados de Rondônia, Amazônia e Pará, bem como de garimpeiros e nativos que avistaram a fera, com mais frequência durante o dia. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Relatos outros informam que ele só aparece nos dias santos e feriados.

Sua presença na floresta é marcada por gritos e um rastro de destruição.

Os relatos são semelhantes e afirmam que, ao depararem com o tal Mapinguari, o mesmo assume postura bípede e ameaçadora, exibindo suas robustas garras. Nos relatos de alguns índios a confirmação da eliminação de um fedor, que dizem originar-se na barriga.

Ao andar pelas selvas, emite um grito semelhante ao dado pelos caçadores. Se um deles se encontra perto, pensando que é outro caçador e vai ao seu encontro, acaba perdendo a vida.

O Mapinguari, segundo informações jornalísticas, teria devorado vários indígenas no estado do Acre nos anos 80. Segundo alguns cronistas, o Mapinguari se alimenta apenas da cabeça das pessoas. Segundo outros, devora-as por inteiro, arrancando-lhes grandes pedaços de carne, mastigando-as como se masca fumo.

Contam também histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores, porém o Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores felizardos, que conseguem sobreviver, muitas vezes lamentam a sorte: ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas.

Se pretenderes ir ao interior para conhecer as belezas da floresta amazônica, vai, mas com muito cuidado. Pois, além das belezas podes dar de frente com uma de suas assombrações, como o Mapinguari.

FONTES :

Painel de Mitos e Lendas da Amazônia - Franz Kreuter Pereira e

vários sites destacando-se: Wikipédia.

Mapinguari

Os rios e as matas,

acredites ou não,

revelam encantarias

e escondem assombração.

Da Amazônia formosa,

feio igual, nunca vi,

é a “besta malcheirosa” ,

batizada de Mapinguari.

Como um grande macaco,

com boca até a barriga,

e de pelo castanho escuro.

Nas costas uma armadura

de casco de tartaruga

e, na testa, só um olho.

Pé de garrafa, mão de pilão,

feio igual, nunca vi

é monstro, é assombração,

batizada de Mapinguari.

Se foste preguiça gigante,

índio ou pajé feito escória,

não importa ao errante,

enfrentá-la por suposta glória,

pois as lendas carecem de gente,

para contar a história.

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J Coelho
Enviado por J Coelho em 14/02/2009
Reeditado em 28/07/2011
Código do texto: T1439080
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