COOPERAÇÃO BRASIL-FRANÇA
COOPERAÇÃO BRASIL – FRANÇA
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo
Em um cenário de crise internacional, o Ano da França no Brasil, traz ações positivas para os dois países, desde troca de experiências nas áreas de arte – teatro, audiovisual, música e outros, como em seguimentos estratégicos da economia, defesa, cooperação científica, tecnologia, promoção comercial e atividades acadêmicas.
O fortalecimento das ações irá refletir nas atividades dos dois países num momento crucial e muito importante da economia mundial. O Brasil já é visto lá fora como um dos países com melhor cenário político-econômico e passa a ser rota de interesse de investimentos internacionais.
O mercado internacional de 2009 prevê queda na produção mundial de vários itens, num mundo globalizado, precisamos aprofundar em novas tecnologias, desenvolvê-las para aumento do mercado interno de cada um dos países, na busca de soluções alternativas de desenvolvimento sustentável em vários seguimentos da economia.
A França pode ser uma forte aliada para o escoamento dos produtos brasileiros na Europa. Ela vive um momento delicado de sua economia, com volume de desemprego muito alto, portanto, qualquer alternativa de criação de novos seguimentos de trabalho será bem vistas neste momento.
O Brasil está assinando vários contratos de assessoria para defesa, como a construção de submarinos.
Na questão do desenvolvimento sustentável a criação do Instituto Franco-Brasileiro da Biodiversidade e algumas ações da exploração com menor impacto da Amazônia, podem ser visto como um bom instrumento do diálogo de cooperação.
O país irá ganhar muito com os projetos aprovados e chancelados pelo Comitê Misto, contemplando desde iniciativas de auxílio da criação de uma federação brasileira de Bocha filiada ao FIDJP, até corrida feminina “Paris-Rio”, na área de esportes. Teatro de rua, fóruns acadêmicos e culturais, com mostras de arte, fotografia, lingüística, escrita, design e moda, patrimônio, dentre tantos outros.
O intercâmbio fortalece ações estratégicas a partir do Brasil, para toda América Latina, desde estruturação de políticas de exportação da França até fidelização de produtos franceses aos consumidores de nosso país e vizinhos, da mesma forma, numa política de democracia e de cooperação, nós poderíamos estabelecer alianças estratégicas na União Européia.
Devemos ressaltar que programas como este provocam o interesse por outros países em realizar parcerias estratégicas com o Brasil e a França, bem visto no cenário internacional.
O Brasil é um importante componente no novo contexto do cenário global, em razão da economia muito dinâmica, recursos minerais e naturais em abundância, política equilibrada e democrática, boa regulamentação financeira, grande produtor de commodities agrícolas, demanda interna aquecida e grandes espaços a serem melhorados nas questões de infra-estrutura e tecnologia.
Todo acordo bilateral de cooperação traz um aumento no volume da comunicação científica a ser desenvolvida e abrem portas para pesquisadores de ambas as nações para desenvolverem novos projetos em conjunto.
Espero que outros países tomem a mesma iniciativa e que o Brasil seja contemplado com novos acordos de cooperação como este.
A Câmara de Comércio França – Brasil (CCFB) terá um importante papel na conexão empresarial em 2009 com as ações propostas pelos dois países.
Esta será uma oportunidade de conhecimento do empresariado brasileiro e de subsidiárias internacionais estabelecidas em nosso país para busca de acordos estratégicos de interesses comerciais e econômicos.