Crítica à montadora Fiat.
A empresa em que trabalho, uma indústria de embalagens plásticas localizada na cidade de Bauru, adquiriu em setembro de 2007, da Fiat, uma Ducato Cargo. Importante salientar: a Ducato foi tirada zero quilômetro. No entanto, embora fosse novo o veículo, logo começamos a ter problemas com suas peças. A bomba de embreagem, por exemplo, precisamos trocar com 27.808 quilômetros rodados, depois trocamos a mesma bomba de embreagem com 52.308 quilômetros. E, ironia do destino, caro leitor, adivinhe qual a peça que nos deu problemas novamente com 66.000 quilômetros de uso do veículo? Acertou quem apostou na bomba de embreagem. Nesta última vez, já sem a garantia da Fiat, tivemos de arcar com o conserto que atingiu o montante de R$.283,49, sem contar o tempo perdido com tanto vai e vem para a resolução do problema.
Como pode um carro desenvolvido com alta tecnologia apresentar sistemáticos problemas em suas peças? Por que a Fiat não se portou como empresa que respeita o consumidor propondo-se a sanar de vez o defeito de sua bomba de embreagem? Por que a Fiat depois do término da garantia deixou a batata quente nas mãos de seu cliente que pagou, diga-se de passagem, alto preço pelo veículo? São questionamentos acerca dos direitos do consumidor, aliás, o consumidor precisa questionar e mostrar que está de olho em seus direitos sem, obviamente, esquecer seus deveres. Entretanto, posso afirmar: o carro foi pago à vista. Onde está então o comprometimento da empresa de automóveis para com seu cliente? Lamentavelmente somos forçados a admitir: muitas empresas limitam seu comprometimento com o consumidor, ou seja, há parceria apenas no ato da compra, ou no máximo até a garantia do Bem terminar, depois são esquecidos os mais elementares deveres para com seus clientes. Uma pena! Sem contar que, provavelmente, as peças utilizadas pela renomada empresa Fiat foram de baixíssima qualidade.
Resumindo: iríamos adquirir mais uma Ducato, mas, diante dos problemas apresentados e da falta de comprometimento em resolvê-los por parte do fabricante, resolvemos esquecer, afinal ninguém em sã consciência está atrás de dor de cabeça e, pelo que percebemos, adquirir mais uma Ducato iria trazer-nos grandes dissabores, como há tempos vem acontecendo.
O registro do fato deve servir de alerta a consumidores e empresários: consumidores devem prestar atenção nos bens adquiridos, atentando-se que o bom atendimento vai além do tratamento educado e cortês, o bom atendimento é também o comprometimento da empresa – no caso citado a Fiat – em identificar e atender as necessidades de seus consumidores. E empresários devem estar antenados com as necessidades dos clientes, respeitando-os e colocando-se á disposição para resolver os problemas dos Bens e Serviços por eles produzidos ou prestados, para que não haja insatisfação por parte de quem também faz seu crescimento, ou seja, o consumidor.