Porque Jesus se fez Homem e morreu na Cruz?


Jesus era Humano?

Esta questão tem sido levantada ao longo dos tempos. Algumas pessoas argumentam que Jesus não era humano. Outros, afirmam que Ele não era completamente humano; apenas parecia humano. Contudo, a Bíblia não deixa dúvidas de que Jesus era integralmente humano.

Embora Jesus tenha sido concebido de maneira sobrenatural, o relato bíblico sobre o seu nascimento comprova de que Ele era uma criança perfeitamente humana: “e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura” (Lc 2.7). Aos oito dias de idade, Jesus foi circuncidado e levado ao templo para a dedicação: “Completando oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de JESUS, como lhe chamara o anjo antes de ser concebido. Passados os dias da purificação, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor”. (Lc 2.21 e 22). Logo, apesar da concepção sobrenatural, o seu nascimento foi como de uma criança humana normal. Sobre sua juventude, a Bíblia relata que “Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2.52). Ele jamais negou-se a experimentar os aspectos da natureza humana; O crescimento físico e intelectual é uma característica humana.

Paira, então, uma pergunta: Porque será que Jesus se fez homem e habitou entre nós? E, outra: Se Ele não pecou, porque é que morreu na Cruz?

Em primeiro lugar, observamos que Jesus obedeceu ao Pai até as últimas conseqüências. O ser humano (Adãm) desobedeceu à ordem de Deus (Gn 2.18-17 e Gn 3.6 e 7) cometendo assim, o pecado. Como o homem pecou, era necessário que o homem pagasse pelo seu erro. Entretanto, “O senhor olha dos céus; vê todos os filhos dos homens” (Sl 33.13), e entre todos os homens não existiu, e jamais existirá algum, capaz de pagar o preço da desobediência (Ec 7.20). Logo, é fácil entender porque Jesus se fez homem, habitou entre nós e pagou o preço do pecado não é?

Em segundo lugar, precisamos entender que só Jesus foi capaz de adquirir uma condição com natureza, ao mesmo tempo, humana e divina. O homem ao desobedecer à ordem do seu Criador abriu uma nova dimensão naquele mundo de perfeição, iniciando a era da existência do Pecado; ou seja: a partir da desobediência, o homem não poderia nunca mais deixar de pecar. E isto quer dizer que todos os descendentes de Adão e Eva, por extensão, tornar-se-iam pecadores. Todos somos pecadores. A Bíblia nos atesta isto: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. (Rm 3.23). Os pecadores não podem ser aceitos por Deus, e nem ter comunhão com Ele, a menos que seja feita a expiação de seus pecados. Entretanto, qualquer coisa que façamos na esperança de apagar os danos causados a Deus por nossos pecados, será em vão; pois, “o sacrifício do perverso é abominável ao Senhor”. (Pv 15.8). Não foi o homem que desobedeceu? Então, o homem é quem deve pagar o preço do pecado. Mas qual o homem que, em toda a história da humanidade, teria condições de pagar o preço do pecado? Segundo Eclesiastes capítulo 7 versículo 20, "nenhum sequer"! Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, é o único que tem condições de anular o efeito do pecado na vida do ser humano, por ser ao mesmo tempo HOMEM e DEUS; sua morte na Cruz do Calvário, o derramamento de seu sangue por cada um de nós, é a nossa garantia de expiação. Ou seja, “todos pecaram..., sendo justificados GRATUITAMENTE, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus, propôs no Seu sangue como propiciação, mediante a fé... deixando impunes os pecados anteriormente cometidos”. (Rm 3.23 – 25).

Segundo as Escrituras, toda pessoa peca e precisa fazer expiação de suas culpas; contudo, faltam ao ser humano o poder e os recursos para isso. Temos ofendido o nosso criador, cuja natureza é odiar o pecado (Jr 44.4; Hc 1.13) e punir o mesmo (Sl 5.4 – 6; Rm 1.18; Rm 2.5 – 9). Não existe nada que o homem possa fazer para estabelecer a própria justiça diante de Deus (Jó 15.14 – 16; Is 64.6; Rm 10.2 e 3). Isso simplesmente não pode ser feito. Porém, contra esse fundo de desesperança humana, as Escrituras revelam a Graça e a Misericórdia de Deus que, pessoalmente providencia a expiação necessária ao pecado.

Ao retirar o povo de Israel do Egito, Deus estabeleceu como parte do relacionamento da aliança um sistema de sacrifícios que tinha como seu ponto principal o derramamento de sangue de animais “para fazer expiação por vossa alma” (Lv 17.11). Esses sacrifícios eram “tipos”; isto é, representavam algo melhor que haveria de acontecer. Prenunciavam, assim, a esperança que estava por vir.

De acordo com o Novo Testamento, o sangue de Cristo foi derramado como sacrifício (Rm 3.25; Ef 1.7; Ap 1.5). Cristo redimiu o seu povo por meio de um resgate; sua morte foi o preço que nos livrou da culpa e da escravidão ao pecado (Rm 3.24; Gl 4.4 e 5; Cl 1.14). Na morte de Cristo, Deus nos reconciliou com ele mesmo, expiando nossos pecados e removendo-os de diante de seus olhos (Rm 3.25; Hb 2.17; 1 Jo 2.2). A cruz produziu esse resultado porque, em seu sofrimento, Cristo assumiu nossa identidade e suportou o juízo que pesava contra a humanidade; isto é, a “maldição da lei” (Gl 3.13). Ele sofreu, substituindo-nos, com o registro condenatório de nossas transgressões pregado na sua cruz, com a lista de crimes que jamais cometeu; mas, pelos quais padeceu e morreu (Is 53.4 – 6; Cl 2.14; Mt 27.37). A expiação é, portanto, a substituição feita pelo nosso Senhor Jesus Cristo em nosso favor; ou seja, ele derramou o seu sangue expiando os nosso pecados; levando sobre si nossas culpas de ofensas a Deus, tornando-nos desculpáveis por seu sacrifício.

Essas são as respostas para nossa questão: Porque Jesus se fez homem e morreu na Cruz?

1) Porque o homem tinha uma dívida para com Deus; e como a Bíblia afirma, nunca houve e nem haverá, homem capaz de pagar esta conta.

2) Porque para que o pecado do homem seja apagado é nececessário que se faça a expiação; ou seja, alguém deveria morrer em lugar do homem, uma vez que o homem não tem nem o poder e nem os recursos para isso.

3) Deus envia seu Filho a morrer a morte da Cruz, fazendo-se homem e ao mesmo tempo sendo Deus, possibilitando ao homem uma nova e eterna vida, única e exclusivamente por sua infinita Misericórdia e Graça.

Resta agora recebermos essa salvação que nos é oferecida mediante o Amor Infinito e Imensurável de Deus.




PaPeL
Enviado por PaPeL em 07/02/2009
Reeditado em 07/02/2009
Código do texto: T1427400
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