APRESENTAÇÃO

 

O que eu vi, sempre, é que toda ação principia mesmo é por uma palavra pensada. Palavra pegante, dada ou guardada, que vai rompendo rumo.

                                      Guimarães Rosa

 

 

Metamorfoses políticas e culturais nos séculos XX e XXI é a temática que emoldura as reflexões críticas apresentadas nos textos que compõem o corpus do segundo número da revista Teia Literária. A eleição deste tema propõe mostrar como as expressões literárias, seja por meio da prosa ou da poesia, registram as múltiplas versões dos processos histórico-culturais, possibilitando, assim, uma compreensão diversificada e qualitativa acerca dos contextos sociais que envolvem as nações. Levando em consideração as questões delineadas por Stuart Hall, quando menciona, em A identidade cultural na pós-modernidade, que as literaturas nacionais contam e recontam as narrativas da nação, promovem-se, ao longo deste número, abordagens críticas sempre articuladas entre a literatura e a história sobre as transformações sociais que foram determinantes para a formulação ou reformulação das sociedades brasileira, portuguesa, angolana, cabo-verdiana, moçambicana e açoriana ao longo dos séculos XX e XXI.

Respeitando as diretrizes que a lançaram no cenário acadêmico, em 2007, a revista Teia Literária 2 mantém as seções da entrevista e da resenha, espaços textuais que têm o objetivo de estender a divulgação dos conhecimentos da crítica literária, ao expor, na seção da entrevista, o posicionamento teórico de críticos quanto a questões pertinentes para os estudos culturais, enquanto, no espaço dedicado à resenha, apresentam-se comentários a respeito das publicações editadas nos últimos dois anos.

Antes de dar início a mais um ciclo que se apresenta na trajetória da Teia Literária, declaro o mais sincero e grato agradecimento a toda a equipe da revista, composta por pesquisadores, que integram o conselho editorial e as comissões executiva, de pareceristas e de revisores, pelo apoio e dedicação total ao longo da produção da publicação. Também agradeço aos ensaístas, que, com seus artigos, tornaram possível a concretização deste segundo número – sem esquecer, porém, de agradecer a todas as instituições de ensino superior e à TVE-Jundiaí, que abriram, sem hesitar, seus espaços para receber o trabalho divulgado pela revista Teia Literária, proporcionando, desse modo, um ano de intensa produtividade e interatividade acadêmicas. Destaco os agradecimentos às Faculdades de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade Federal de Goiás, da Universidade de São Paulo, da Universidade Católica de Petrópolis e da Universidade Paulista, e, ainda, ao programa TVE PELA EDUCAÇÃO (Jundiaí).

Prosseguindo, portanto, com o tear de cada fio deste tecido literário, lançam-se no universo da crítica literária novas palavras que pretendem ser “pegantes” e “guardadas” para que novos rumos sejam rompidos com êxito.

 

Jundiaí, primavera de 2008.

Raquel Cristina dos Santos Pereira

Editora