O MAGMA DO BIG BANG
Desde que nasce, e sempre foi assim, cada ser humano, seja em que grau for, é um cientista em busca de respostas de onde veio, porque está aqui e qual o seu destino. Desde há muito, alguns humanos têm dedicado tempo exclusivo a procurar respostas, pelo que são financiados por outros a fim de laborar livremente no satisfazer a inquietude geral.
Todavia, esses que se tornam profissionais da procura por respostas, a quem chamamos cientistas, têm suas perguntas pessoais a respeito da existência, bem como possuem respostas nas quais preferem acreditar mais ou menos.
Por exemplo: Se quando criança eu tivesse feito uma arte e soubesse que ao retornar do trabalho meu pai me castigaria, logo preferiria não crer que o relógio estava a marcar dezessete e trinta, pois estaria próxima a hora dele chegar. De igual modo, se saboreio um delicioso pudim, prefiro negar que ele está no fim.
Assim acontece com a procura científica. Muitas vezes os cientistas já têm a resposta a respeito de determinado assunto, mas preferem seguir procurando em vez de admitir uma realidade que não lhes convém.
Não os podemos condenar, pois isto é inerente aos seres humanos nas diversas áreas de atuação e vivência, negando a si mesmo a verdade, muitas vezes porque ela ameaça seu orgulho, sua auto-estima e suas posses.
A teoria do Big Bang se inicia citando a base fundamental do Universo, que diz que o mesmo é toda matéria que existe e que ele não existia antes que existisse matéria. Matéria é energia, que é espaço, que é tempo. Sendo assim: se existe matéria, existe energia e espaço que as contém e o tempo em que tudo isso permanece.
Todavia, dizem que o Universo teve início no Big Bang, uma explosão, cujos destroços formaram os astros, os planetas e os sistemas.
O problema passa a ser a origem da matéria que explodiu, de onde ela veio, que espaço ocupou, como armazenou energia e quanto tempo se passou até que explodisse e desse início ao Universo. Percebe-se então que durante todo esse processo já existiam matéria, energia, espaço e tempo, que são os elementos do Universo, sem os quais ele não existe, mas, segundo os autores da teoria, o Universo ainda não existia antes do Big Bang, mesmo existindo todos os elementos que o compõem.
Logo, o Universo não iniciou no Big Bang (numa explosão), o que não carece de fórmulas pseudo-científicas para se perceber, mas em algo bem anterior, tendo-se que inventar uma nova teoria para essa origem, se não quiser aceitar a teoria criacionista de que Deus é um engenheiro e arquiteto habilidoso, que idealizou e deu origem a tudo. Assim também seria mais fácil aceitar que houve um dilúvio universal na Terra, onde existem trilhões de litros de água, ao invés de em Marte, onde ainda não se achou água.
Todavia, para tudo isto é preciso admitir a existência de um Deus Criador, a cujo comando estamos subordinados e diante do qual somos todos iguais. Mas pode não ser conveniente admitir isto para quem explora com impiedade aos pobres, nega igualdade a seus semelhantes, produz a injustiça e a miséria, destrói a natureza, rouba dos cofres públicos o direito à saúde, ao conhecimento, ao abrigo, a dignidade, que a Bíblia diz que são direitos que Deus outorgou a todo ser humano, além da vida dos animais e da natureza.
Por falar nisto, saiba que para cada animal extinto uma espécie de árvore também estará sendo extinta. Os animais, segundo seus costumes, são responsáveis pelo plantio de 80% das árvores.
Pense nisto.
Wilson Amaral – Estudante de História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e autor dos livros Os Meninos da Guerra e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos.