ESCOLHAS
Somos todos dotados de livre- arbítrio, a notável capacidade de escolha. Para colocá- lo em prática, possuímos o cérebro, um complexo órgão do corpo humano capaz de responder aos estímulos de nossa mente.
Nossa mente decide o que queremos. O cérebro, por sua vez, executa a vontade da mente, tornando- a realidade.
Todos os nossos desejos, sensações e escolhas passam pela mente, chegando ao cérebro, para tornarem- se enfim realidade. Funciona assim.
Esse artigo não é uma aula sobre o corpo humano, longe disso. No entanto, as definições acima serão bastante úteis para o desenrolar do mesmo.
Não sei o que se passa, mas a maioria de nós, parece mal acostumada no que diz respeito às nossas escolhas.
Sobretudo quando se fala em televisão, costumamos selecionar mal aquilo que assistimos. É certo porém, que somos donos de nossa vida e cada decisão compete única e exclusivamente a nós. Se assim não fosse, o livre- arbítrio não cumprir- se- ia e a tese do presente artigo, cairia então, por terra.
Mas...
Pensemos um pouco.
Quantos canais existem numa tv, mesmo convencional? Se for a cabo, o leque de opções é ainda maior.
Infelizmente, valorizamos pouco a cultura existente em nosso território, deixando- nos assim, um triste legado de inutilidades para o futuro. Quem tenta fazer algo para mudar esse quadro, é simplesmente ignorado.
Cultura vem de berço e o berço brasileiro anda muito carente de cultura. Preferimos assistir ao patético fim de uma novela em que o crime e a superficialidade humana sobressaíram- se, num grande banquete noturno de absurdos e abusos contra a inteligência e a boa vontade do telespectador.
O papel da mídia é formar opinião, fazer as pessoas distinguirem o certo do errado, trabalhando a mente, a fim de que sejamos capazes de nos entender enquanto sociedade.
Talvez custe muito entreter culturalmente o cidadão, que engole passivamente, o que lhe é servido, como se estivesse em um restaurante que serve apenas um tipo de comida.
Acaba a novela, entra o "realityshow", o show da realidade. Que realidade? Pessoas trancadas numa casa sem fazer absolutamente nada, sendo assistidas por outras pessoas sem nada de útil para fazer!
E o pior é que a inutilidade dá dinheiro! Quem paga o vencedor do GRANDE IRMÃO? O GRANDE IRMÃO que assiste, claro.
O fato é que essas são algumas de nossas escolhas.
Sou escritor. Preciso escrever. Não tenho tempo a perder.
Talvez, a sociedade precise me dar outros assuntos e outros motivos para escrever.
Meu papel, por enquanto, é mostrar outras opções para serem escolhidas.
Um dia, tenho certeza, escreverei sobre a vitória da cultura, o despertar da consciência e o trabalho de todos, em busca do aperfeiçoamento moral do ser humano.