CONTRAPONDO EM FAVOR DA BÍBLIA
Para comentar meu texto TESTEMUNHO EM FAVOR DA BÍBLIA, publicado hoje no Recanto das Letras, o amigo leitor e escritor Igor Roosevelt postou o texto que segue, reproduzido aqui na íntegra, acrescido somente das aspas.
“Não há nenhuma profecia bíblica cumprida. Nenhum estudo sério confirma o dilúvio ou a criação. Quanto ao fato de a arqueologia confirmar a existência de personagens bíblicos, isso não diz nada. A história confirma a existência rela do Conde Drácula, mas isso não quer dizer que ele fosse um vampiro. Todos os povos antigos tinham suas sabedorias. Os judeus tinham conhecimentos sanitários úteis, mas outros povos tinham conhecimentos que os hebreus não tinham. A bíblia não foi alterada por ser considerada sagrada. Quem iria alterar um texto correndo o risco de ser punida? E se você não duvida dela, de que serve um testemunho? De nada, suponho. Então não perca seu tempo procurando "razões" para crer nela. Se você não duvida dela, qualquer fato que a confirme ou a contradiga é inútil para você.”
A seguir analiso seu comentário ponto a ponto:
– “Não há nenhuma profecia bíblica cumprida”.
Os livros de história, desde os de autores mais incrédulos até os dos mais crentes testificam do cumprimento das profecias, bastando conhecer o texto da Bíblia e comparar com os fatos históricos. Afirmo isto com a autoridade de quem cursou nível superior em História e alguns seminários. Todavia, a profecia de Sofonias 1: 14 a 17 nem carece de livro, pois vimos se cumprir em parte em 11 de setembro de 2001. O mesmo se dá com a profecia de Naum 2:4, que vemos se cumprindo a todo momento nas ruas e avenidas das cidades, a despeito de Voltaire ter censurado Newton que falava sobre ela trezentos anos antes. Daniel 9:26, escrito por volta de 500 a.C., refere-se ao nascimento de Cristo, a destruição de Jerusalém em 90 A.D. e a situação atual dos judeus na Palestina.
Em seu livro, Descobrindo as Profecias de Daniel, o escritor norte-americano Mark Finley conta a história de Tomóteo Dwigth, reitor da Universidade de Paris durante e Revolução Francesa. Diz que se instalara no campus um movimento em acordo com a filosofia ateísta da Revolução, onde os alunos desafiavam os professores, pregando que a Bíblia era falsa e Deus Jamais existira, sendo que nenhuma profecia jamais tivera cumprimento. Certa tarde, Timóteo Dwigth entrou na capela do campus arqueado sob o peso de tantos livros de história que trazia. Chamando à frente o líder dos alunos, abriu a Bíblia no livro de Daniel, procurando as passagens e apontando nos livros de história o que entendia ser o cumprimento, pedindo que o aluno lesse em voz alta a passagem bíblica e o fato histórico.
Após algumas horas a salva palmas dos alunos ao final de cada leitura era tão longa que não haveria mais tempo para prosseguir a investigação. Então o líder estudantil confessou que não havia mais dúvida da precisão das profecias Bíblia, recebendo apoiado dos alunos presentes.
Todavia, se fosse agora apresentar todos os fatos, publicaria muitos livros.
– “Nenhum estudo sério confirma o dilúvio ou a criação”.
Quanto a isto, há estudos científicos, apoiados também por ateus, de que havia um único continente, o Pangéia. Todavia, ele se dividiu. Estudos de geólogos credenciados, doutores e professores universitários, mostram que a erupção de vulcões gigantescos e abalos sísmicos dividiram esse continente, sendo que as rochas basálticas (magma vulcânico – os quais examinei pessoalmente em uma expedição) da serra do Rio Grande do Sul até São Paulo são a prova de que um desses vulcões dorme hoje no fundo do Atlântico Sul. Testes de laboratório provam que as camadas sedimentares, como é a formação da terra, somente se formam por decantação das diferentes terras num recipiente ou numa enchente. A erosão causada por ventos e chuvas normais produziriam uma formação escamosa, pequenas placas sobrepostas umas às outras nas extremidades, que seriam setorizadas, diferentes conforme a intensidade de chuva e de vento em cada região. Todavia, não é assim. As camadas sedimentares são uniformes e contínuas.
Não seria possível encontrar qualquer fóssil se a fossilização dependesse da erosão, pois até que o animal morto estivesse coberto para então fossilizar ele já teria se decomposto há milhares de anos. De qualquer maneira, o fóssil de um elefante estaria em várias camadas geológicas, indicando que ele foi fossilizado em períodos com diferenças de milhares e milhões de anos. Entretanto, há fósseis de peixes cujo almoço está dentro de sua barriga, indicando que fossilizou instantaneamente, o que só seria possível com uma cobertura rápida.
Só mesmo uma grande enchente poderia soterrar tantos animais de forma tão rápida distante de regiões vulcânicas ou terremotos. Somente uma grande enchente para soterrar toneladas de árvores a níveis tão abaixo do solo formando imensas jazidas de carvão. Milhões de corpos orgânicos não teriam mergulhado espontaneamente nas profundezas da terra ou do oceano para formar as grandes jazidas de petróleo, que é totalmente orgânico, se não fossem empurrados por uma onda imensa.
O gráfico evolucionista mostra que a vida se desenvolveu de quinze milhões de anos para cá, dando um salto significativo em torno de dez mil anos atrás, quando teria havido uma explosão no número de espécies. Mostra, porém, que logo depois desse mesmo tempo algum fenômeno causou uma queda brusca no número de espécies, restando de todas apenas cinco por cento.
A Bíblia diz que a terra, a vida e a humanidade foram criados há pouco mais de sete mil anos, sendo destruídos em sua quase totalidade em torno de seis mil anos atrás, restando cinco por cento das espécies anteriores. O Dilúvio foi a catástrofe das catástrofes. Foram águas a cair sem medida e gêiseres explodindo como bombas, jogando toneladas de rochas para o ar. Ventos incalculáveis moviam essas águas de um lado para o outro levando e soterrando toneladas de terra, pessoas, animais e plantas, enquanto grandes meteoros perfuravam as águas formando ondas gigantescas e crateras colocais. Terremotos de proporções excomungais engoliam grandes maças de pessoas, animais e plantas, sendo reforçados por vulcões gigantescos. Então moviam as placas tectônicas para formar as grandes cadeias de montanhas e cordilheiras como os Andes, o Imalaia, etc., além de abismos como os oceanos, deixando sobre boa parte da terá uma grossa camada de lava que formaria o basalto, de onde tiraríamos o quartzo e algumas pedras semi-preciosas que se formam no interior das bolhas incandescentes.
Além disso, estudos antropológicos demonstram que a “lenda” do Dilúvio é comum a todos os povos primitivos do planeta, sendo encontrados vestígios e lendas desse fato do oriente ao ocidente, de norte a sul.
– “Quanto ao fato de a arqueologia confirmar a existência de personagens bíblicos, isso não diz nada. A história confirma a existência rela do Conde Drácula, mas isso não quer dizer que ele fosse um vampiro”.
Quando não se tinha encontrado as ruínas da Babilônia, no século XIX, os ateus diziam que a Bíblia era mentirosa porque somente ela falava da Babilônia, bem como de Nabucodonosor. Todavia, se achou a ruínas da Babilônia justamente onde os beduínos, tido pelos ateus como sem credibilidade, diziam que ela estava. Todavia, a Bíblia continuou sendo mentirosa porque não haviam provas da existência de Nabucodonosor, o que se achou entre os tijolos da biblioteca da ruína. Ainda assim a Bíblia continuou mentirosa, pois sabia-se que o último rei da Babilônia era Nabonido, diferente do que a Bíblia relata em Daniel dando conta que Belsazar estava no trono na noite da tomada da cidade. Depois se achou o tijolo em que Nabonido diz que vivia em tratamento de saúde fora da Capital, sendo substituído por seu filho Belsazar. Isto coincide com a Bíblia, pois ao ver uma mão misteriosa escrever na parede do salão enquanto lá festejavam, Belsazar disse que aquele que interpretasse a escritura seria o terceiro no reino.
Depois disso provas de muitos outros personagens bíblicos foram encontradas, bem como provas de acontecimentos como a queda de Jericó, a existência e destruição de Sodoma e Gomorra, que foram encontradas sob mais de um metro de cinzas, o rei Sargão II, etc., e nem por isso os ateus deixaram de lançar dúvida sobra a autenticidade da Bíblia.
Até aqui, portanto, profecias foram vistas se cumprindo, os estudos sobre a formação da terra e das espécies são mais favoráveis ao Dilúvio do que qualquer outro evento, além que escavações e achados arqueológicos dão conta que as narrativas Bíblicas são verídicas. Essas três evidências combinadas reforçam a autenticidade da Bíblia, comprovando que ela é uma escritura além da capacidade humana, muito acima do natural.
– “Todos os povos antigos tinham suas sabedorias. Os judeus tinham conhecimentos sanitários úteis, mas outros povos tinham conhecimentos que os hebreus não tinham”.
É preciso mostrar os conhecimentos dos outros povos realmente benéficos para a prevenção da saúde e a manutenção de sua sociedade. Não se pode negar a capacidade construtora dos egípcios, babilônicos, primitivos americanos, bem como dos chineses. Mas de que serviram e servem suas obras faraônicas? De que servem as carrancas gigantescas da Ilha de Páscoa? Onde foi parar o Império Romano, o que se deu com a supremacia grega, que fim levaram os fenícios, os catargineses, os assírios, os babilônicos, os medos-persas, os nativos americanos, etc.. O que é feito da maioria dos paises africanos, da Índia, dos árabes, do Egito, dos chineses e dos outros tártaros, bem como da cultura pagã nórdica?
Os fenícios, os assírios, os babilônicos, o medos-persas, o Egito, etc., transformaram-se numa grande Arábia, forte em alguns setores no sentido econômico, mas muito sensível no sentido social, onde paises e tribos ainda rivalizam uns com os outros. Sem contar a enorme diferença que há entre os poucos ricos e os inumeráveis pobres. O império romano deteriorou-se, predominando em Roma o Cristiano, embora que paganizado, mas em parte trazendo os conhecimentos úteis dos judeus. Por dois mil anos a Grécia nem Estado foi. Todavia, o Estado que é hoje se firma sobre uma base cristã, embora que também paganizada, mas tem parte dos conhecimentos judeus. Os nativos americanos dizimaram-se, exterminando-se mutuamente por causa de sua base social discriminativa, que era baseada em sua cultura religiosa, a qual dava lugar aos conflitos tribais. Se não fosse pelas leis dos paises, a cultura africana original de deuses obscuros e feitiços já teria desaparecido completamente, pois os paises africanos jamais se firmaram enquanto o cristianismo, embora que paganizado, não foi estabelecido como base cultural e social, minimizando os conflitos tribais em alguns deles. Nesse caso, embora que em parte, está inserido o conhecimento judeu. Todavia, onde há o islamismo predomina a discórdia entre irmãos e os conflitos étnicos, religiosos e tribais, a exemplo do que se passa no mundo árabe. O paganismo nórdico foi substituído pelo cristianismo, embora paganizado, mas tendo parte dos conhecimentos judaicos. Só então os países do norte da Europa se firmaram e evoluíram, saindo daquele pensamento místico de augúrios, holocaustos humanos e insanidade pessoal e coletiva que produziu tantas mortes. Quanto aos chineses e outros povos tártaros, vivem confinados na ditadura, não nos permitindo saber em que pé andam, mas sabemos de sua miséria, de sua afeição por alimentos impuros e danosos, a exploração econômica mais atroz que no Brasil e o desrespeito generalizado aos direitos das pessoas. Para ser mais atrasado que os indianos, somente alguns países da áfrica, onde talvez nem se cultuem vacas e macacos, tampouco se viva em tamanha imundícia e tanta contradição social, onde mulheres descalças ostentam caros vestidos e pesadas jóias e onde não se ganha nada para trabalhar por várias pessoas.
Todos esses fatos estão postos aqui de forma reduzida.
Em contrapartida, os judeus, com os conhecimentos da Bíblia, que sempre tiveram e praticaram muito, têm a segunda maior expectativa de vida do mundo, perdendo por pouco para os adventistas do sétimo dia, que utilizam as mesmas normas de saúde e seguem a Lei de Moisés de forma não radical. Judeus também e crentes são a maioria dos pais da Ciência Moderna, como Newton, por exemplo, sem falar dos ditos ateus. Possuem grandes e avançadas universidades, além de grandes hospitais, sem contar que investem em pesquisas científicas importantes, sendo seguidos nisso pelos adventistas, que, além de suas grandes universidades, seus hospitais tratam de doenças que muitos outros hospitais não tratam, como o Fogo Selvagem e a doença do Pênfico.
Em nível social, os judeus entre si são muito mais coesos que qualquer outro povo. Sua cultura religiosa e unidade os manteve durante todo o período em que foram perseguidos em todos os países por onde andaram e, em vez de enfraquecê-los, tornou-os sempre mais fortes, participando mais da política desses lugares, de sua cultura, indústria e economia em geral, sendo os mais ricos em muitos países.
Isso tudo sem considerar que Israel não é quase nada em nível de território e população em meio aos países de cultura islâmica, entretanto pode fazer frente a todos eles ao mesmo tempo e certamente não perderá na guerra.
O que há de tão especial? Onde estão os efeitos dos conhecimentos úteis dos outros povos? Qual a diferença que tais conhecimentos têm feito a esses povos? Porque um povo tão pequeno e tão perseguido é a cabeça em tantas áreas e não é a cauda?
Por causa da mesma coisa sobrenatural, o conhecimento além do natural da Bíblia Sagrada, que vem de Deus e pode melhorar qualquer um, estando a disposição do todo que dela lançar mão.
– “A bíblia não foi alterada por ser considerada sagrada. Quem iria alterar um texto correndo o risco de ser punida?”
A Igreja Católica alterou sua versão da Bíblia, incluindo livros apócrifos que contradizem o restante da Escritura. Todavia, apesar de que os prelados eram a grande ameaça às pessoas que preservaram a Bíblia e sua escrita, ela manteve-se intacta embora que seus defensores sofressem tortura e morte na fogueira, guilhotina e masmorra. Portanto, a ameaça jamais foi a quem quisesse alterar a Bíblia, mas a quem desejasse preservar seu conteúdo. Os ameaçadores eram justamente os que pretendiam alterar o texto sagrado, que foi defendido pelos ameaçados, que não tinham poder para ameaçar, tampouco revidar as ameaças. Ordens papais mandavam torturar e matar quem portasse a Bíblia ou porções dela. A exemplo do que fizeram os ateus durante a Revolução Francesa, os papas mandaram exterminar a Bíblia, monopolizando ao papa lê-la e interpretá-la conforme a doutrina católica.
Em nossos tempos, há também a Bíblia alterada das Testemunhas de Jeová. Todavia, eles estão sozinhos com sua versão, que é confrontada com a versão aceita universalmente, a qual está em conformidade com as escrituras originais e em concordância consigo mesma.
Portanto, dizer que a Bíblia não foi alterada por medo das ameaças a quem a alterasse, quando a maioria dos ateus, céticos, agnósticos, espíritas, esotéricos e novaeristas propagam a boca solta que ela foi alterada, é uma grande contradição, pois ela não foi alterada justamente porque seus defensores não temeram as ameaças dos que pretendiam alterá-la.
– “E se você não duvida dela, de que serve um testemunho? De nada, suponho. Então não perca seu tempo procurando "razões" para crer nela. Se você não duvida dela, qualquer fato que a confirme ou a contradiga é inútil para você.”
Contradizendo isso, nasci e cresci na Igreja Adventista do Sétimo Dia, aprendendo sua doutrina da forma superficial como as crianças e os adolescentes aprendem as coisas em geral. E aos quinze anos deixei minha fé justamente por não mais crer que a Bíblia era a Palavra de Deus e que Ele realmente existia. Por quase dezenove anos continuei duvidando, mas gradativamente mudando de opinião à medida que ia estudando e conhecendo as sentenças dos que como eu não criam, avaliando suas lógica e confrontando com o pouco que eu conhecia da Bíblia. Após estudar muita história e conhecer muito mais sobre ciência me convenci que os fatos e os personagens da Bíblia são verdade, seus ensinamentos sobre saúde, bem como sua Lei, são perfeitos e que as profecias Bíblicas são fatos confirmados pela história.
Portanto, quem diz que por eu não duvidar da Bíblia meu testemunho não é valido, tal afirmativa não tem valor, pois já duvidei e tive que reconstruir fora dela parte substancial da base que hoje me faz crer.
Então, conclusivamente, reafirmo e sustento tudo aquilo que disse no texto TESTEMUNHO EM FAVOR DA BÍBLIA, que publiquei hoje mesmo no Recanto das Letras e foi criticado pelo amigo leitor e escritor Igor – a Bíblia é a Palavra do Único Deus que existe, o Criador do céu e da terra e das fontes das águas, bem como de tudo o q neles há.