“MINHA FILHA SE CHAMA MARIA”
 
“...e o nome da virgem era Maria”. (Lc 1,27).
 
Como escrevi no último artigo sobre a Virgem Mãe de Jesus e nossa Mãe, o nome de uma pessoa representa a identidade dessa pessoa ou ainda a missão a que essa pessoa se destina; por esse motivo, o nome de Maria passou a ser referencial, exemplo e modelo a ser seguido, desde o próprio nome até a imitação de suas virtudes como forma de dignificar ainda mais sua pessoa e sua missão neste mundo. “Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1,48b-49).
 
O que aconteceu com a Virgem Mãe jamais acontecerá outra vez na história da humanidade; pois, onde já se viu o Criador nascer de uma de suas criaturas? De fato, Deus, Criador e Senhor de todas as coisas, enviou o Seu Filho, segunda pessoa da Santíssima Trindade, Deus de Deus, para nascer como homem no seio da Virgem Maria. Logo, ninguém mais pura do que ela, ninguém mais santa do que ela, porque Deus assim o quis e fez em vista do seu Filho amado Jesus Cristo.
 
Além de conceber, à Luz do Espírito Santo, o Filho de Deus, Maria também recebeu do próprio Deus, pelo seu Anjo, o encargo de dar nome ao Seu Filho, Nome esse que revela Deus mesmo em pessoa nascido dela. Pois, Jesus significa “Deus Salva”, lembrando a passagem de Isaías: “E lhe porá o nome de Emanuel, que significa, Deus conosco”.
 
A fé é um dom de Deus, sua expressão vem da obediência às Leis de Deus, da prática das virtudes, que são os valores eternos; e também da vivência dos bons costumes, pois, um costume bom tende a se perpetuar. Assim, tornou-se costume entre as famílias católicas brasileiras e até do mundo, colocar nome dos santos e santas de sua devoção em seus filhos e filhas, especialmente o nome da Virgem Maria, como expressão sublime de sua fé.
 
Maria sempre foi e sempre será referencial para as mães de todo o mundo, quer por suas virtudes, quer por sua predileção e principalmente pelo amor filial com que é amada por essas mesmas mães; e também como forma de pedir proteção a ela para os rebentos que Deus lhes deu. O nome de Maria não só foi e é dado às meninas, exemplo: Maria do Socorro, Maria de Fátima, Maria de Guadalupe, etc., mas também aos meninos em nomes compostos tipo: João Maria; José Maria; Maximiliano Maria, etc.
 
Por fim, eis as razões de tão grande predileção nossa pelo nome de Maria, pois, nela o nosso salvador revelou a maior de todas as missões que alguém poder receber nesta vida, ser a Sua Mãe e Mãe de toda humanidade. (Cf. Jo 19,23).
 
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos quantos a vós não recorrem, de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por aqueles que a vós estão recomendados. Amém!”
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando,OFMConv.