Grávida do Amante.

O que passa na cabeça da mulher, quando engravida do amante?

Fiz esta pergunta aos meus alunos adolescente do ensino médio e foram estas suas observações:

- Medo de apanhar do marido.

- Tem marido que mata. O marido vai matar ela, a criança e o amante.

- A rejeição da família e da sociedade.

- Pode se suicidar.

- Pensa em abortar.

- Mente, dizendo que o filho é do marido.

- Que vai acabar o casamento.

- Que o amante pode chantagear, dizendo que vai contar para o marido.

Qualquer relação humana deve ser responsável.

Devemos ter noção de causa e efeito. Deixar nossos desejos, emoções, impulsos, superarem a razão é colocarmos no precipício dessas situações citadas acima.

Cada observação mencionada é a parte visível do Iceberg. O desenrolar desta relação é a parte submersa.

As conseqüências podem ser de curto, médio e longo prazo. De natureza física, psíquica, moral e espiritual.

Vamos fazer uma reflexão sobre as possíveis conseqüências dos relatos citados pelos adolescentes.

1) Professor a minha colega ao engravidar disse que o filho era do namorado. Quando a criança nasceu era um menino branco de olhos azuis e loirinhos. Só que ela e o namorado são negros. O cara terminou e sumiu. A Mãe não fala mais com ela. O pai dela que esta ajudando na criação do filho.

A adolescente se envolveu sexualmente com outro garoto. O casal não se preveniu. Neste caso poderiam contrair uma doença sexualmente transmissível ou a gravidez.

Ao engravidar diz ser do namorado. Este não lhe abandonou como acontece em muitos casos.

Como deve ter ficado a cabeça deste namorado ao assumir a responsabilidade da gravidez e ver seu filho branco de olhos azuis?

Ele terminou e sumiu, porém o desfecho não poderia ser tipo: “O garoto gostando dela e sentindo-se traído não poderia matá-la, suicidando-se ou”.

ainda matando e suicidando-se?”

O nosso comportamento não atinge apenas a nós mesmos, envolve outras pessoas. A família como um todo. Sua mãe se afastou e seu pai lhe acolheu.

Esta situação não poderia ter rompido o casamento de seus pais?

E quanto ao seu filho?

Existem inúmeras situações relacionadas ao nosso comportamento sexual.

Podem ser boas ou não. Nos que decidimos qual o caminho a percorrer.

2) A tia da minha cunhada foi abortar porque o filho era do amante e acabou morrendo. Na verdade ela não sabia de quem era o filho.

A grande preocupação desta tia era do marido ter conhecimento de sua gravidez fora do casamento ao levar adiante a gravidez indesejada. (ou será irresponsável?)

Provavelmente passou por sua mente as seguintes observações feitas: “Que o marido podia lhe bater, jogar para fora de casa, colocar os filhos contra ela e ser rejeitada por toda a família, vergonha dos vizinhos e dos irmãos da Igreja.”

Esses conflitos existências lhes fazem decidir pelo aborto como solução de seu problema, e acaba morrendo sem ter certeza de que o filho era do marido ou do amante. Os valores morais de seu inconsciente emergiram, através do seu sentimento de culpa levando-a ao aborto e a morte.

3) Meus colegas namoram há três anos. A mãe que não queria o namoro a mandou para casa de parente em Niterói. Ela já estava grávida do namorado. Chegando lá encontrou um garoto e passou a Ter relações sexuais com ele, sem saber que estava grávida. Quando voltou percebeu que estava grávida e ficou pensando de quem era o filho. Ela não abortou. O menino nasceu e tem a cara do pai. Eles estão juntos até hoje.

Até que ponto a repressão materna foi positiva ou negativa?

Devem os responsáveis reprimir ou orientar seus filhos quanto as suas escolhas, comportamentos, decisões?

Seu envolvimento com outro garoto foi impulsivo ou um ato de rebeldia?

Outro caso onde a prevenção sexual não ocorreu, assinalando muito para o ato sexual compulsivo. Ao perceber sua gravidez, sua dúvida veio à tona, porém o equivoco do passado não deixou sua coragem aflorar, dando continuidade a sua gravidez.

Todo tombo faz parte do processo de aprendizagem e felizmente este conto não teve um final infeliz.

As políticas públicas até hoje estão focadas para as questões físicas no combate das Doenças Sexualmente Transmissíveis e gravidez precoce, usando como meio: propaganda, palestras, vídeos, panfletos. Esquecendo das demais conseqüências do atual comportamento sexual humano. Na verdade são métodos importantes, porém não únicos. Devemos levar todas as temáticas relacionadas a nossa sexualidade para a reflexão (física, psíquica, moral e espiritual), pois todos sabemos o que é certo ou errado.

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Rosevel
Enviado por Rosevel em 14/01/2009
Reeditado em 16/02/2013
Código do texto: T1385314
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