DA ÂNGUSTIA DO NATAL, A...
DA ÂNGUSTIA DO NATAL, A...
É sempre a mesma coisa ano após ano atravessando os séculos e de igual forma corações.
Ao que parece, foi um padre num dos séculos passados que teve a idéia de materializar a manjedoura, o nascimento de Jesus e, ao que parece também foi na Alemanha, onde uma família pobre, na tentativa de alegrar alguém descobriu o advento do pinheiro de natal e, o mais importante, a igreja Católica inventou e perpetuou o famoso vinte e cinco de dezembro, dando como verdadeiro o nascimento do Messias neste dia, o que não é verdade. Mas, pelo sim, pelo não, o mundo cristão se agarrou a este evento e cultua com ou sem fé. Até mesmo os judeus, que dominam os meios de comunicação o mercado financeiro, que recusaram e mataram este mesmo Jesus, O Cristo, O Messias, inflamam mensagens natalinas para não destoar do “mundo cristão”, pelo menos neste período onde loucura invade mentes e corpos pela busca dos presentes de natal. Muitos, não são presentes, são necessidades básicas que já deveriam ter sido supridas, mas no natal... tudo pode se fazer parecer diferente.
Enfim, ali pela segunda quinzena de novembro é dada a largada para as loucuras de natal. Enfim, a família vai se reunir para a ceia, mesmo que durante trezentos e sessenta e três dias do ano suas vidas tenham sido o maior inferno, mas, é natal, façamos de contas que nada aconteceu, quem sabe comecemos de novo, o que normalmente é uma grande mentira. Muitos estarão aturando uns aos outros, tentando engolir uns aos outros, tudo em nome do “amor”, do natal.
É possível que nesta noite “feliz”, muitos estarão pensando que estão atolados no cartão de crédito, nos cheques pré-datados ou mesmo que a grana que ganhou, gastou boa parte em presentes para não ficar a margem do evento. Tudo bem, a noite é pra ser feliz!
Enquanto isto, aqueles que estão à margem do processo que não tem praticamente nada, choram sozinhos porque não puderam dar aos seus uma droga de um presente que a mídia disse que era indispensável, que deveria por a mesa o perua e todo o aparato da ceia, porque a mídia disse que não poderia faltar. E a noite, vem o papa dizer ao mundo palavras de conforto, de alento. No entanto o outro papa que queria abrir as riquezas do Vaticano foi morto pela própria igreja. Tudo bem, é natal!
É natal e teoricamente é o aniversário de Jesus, então tiram do armário aquela toalha que já cheira a mofo, a prataria que nunca é usada, ou vão as compras para renovar o visual, mais para aparecer para os convidados do que qualquer outra coisa. Quase ninguém percebe, mas paira no ar um clima de melancolia, de tristeza quase mórbida. Mas é natal, precisamos celebrar. Celebrar o que? Com certeza não é o nascimento de Jesus e muito menos seu aniversário. Do outro lado da rua, ou bairro, alguém está surrando a mulher e filhos, já bêbado, outros estão tão solitários que a morte seria o melhor conforto, outros estão se drogando, outros enterrando seus mortos, outros ainda moribundos em hospitais. Mas a noite deve ser “feliz”. Quanta hipocrisia!
Penso que o próprio Jesus, o que deveria ser homenageado de fato se entristece com isso, porque a maioria, come, come e bebe e bebe, mas sequer lembra-se de cantar um parabéns ao aniversariante. E, apesar de toda esta “felicidade” e noite “feliz” a maioria conta os segundos no relógio na ânsia de que termine logo todo este “show”, que mais fere do que cura corações aflitos e solitários, mesmo em meio ao seio familiar.
Que venha logo o tal Ano Novo, outra mentira e ilusão, mas que pelo menos trás ao rosto mais sôfrego a renovação da esperança, muito mais do que nutri-la no Jesus, O Cristo, O Messias, O Salvador e Redentor de toda e para toda a humanidade.
continua, no Ano Novo...
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