Três podres poderes

Procuro entender as finalidades de toda a estrutura governamental brasileira,porém,quanto mais obtenho conhecimentos sobre o funcionamento da máquina política tupiniquim,mais me aprofundo na certeza socratiana de que nada sei.

A idéia da tripartição dos poderes,inicialmente elaborada e idealizada por grandes pensadores como Montesquieu e o contratualista John Locke não me parece uma quimera,porém é uma utopia acreditar que tais argumentos filosóficos e sociológicos baseados na razão de grandes pensadores poderiam ser aplicados em um país onde seriedade,responsabilidade e respeito são apenas verbetes do dicionário,que não têm nenhuma utilidade prática na política nacional.

O governo faz do executivo uma máquina legislativa,fazendo das medidas provisórias uma garantia de manutenção e segurança dos interesses de toda base governista.O poder legislativo por sua vez pouco legisla,sempre tão empenhado com trabalhos investigativos e processos longos e inúteis,atribuindo aos legisladores as funções de investigadores,advogados,promotores,juizes...E o judiciário? Torna-se cada vez mais desnecessário,mais obsoleto,sem função...

Infelizmente a maior parte do nosso povo não sabe que um dia existiu um quarto poder,chamado de poder moderador,exercido pelo imperador.Esse poder não deixou de existir,porém hoje ele pertence ao povo,ele deve ser exercido pelo povo,esse poder não irá garantir os interesses da coroa ou de uma minoria aristocrática,não será a base de sustentação de um sistema viciado e corrompido.Esse poder que emana das mãos do povo deve garantir o ideal democrático,a justiça social,a igualdade.Esse poder deve ser usado pelo povo e para o povo,para que um dia possamos gozar do bem comum,ele está garantido nas linhas e entrelinhas de nossa carta magna.

PAULO TAVEIRA
Enviado por PAULO TAVEIRA em 09/01/2009
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