O Toque
Por: Egídio Garcia Coelho
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O TOQUE
Venho ha muito consciente da necessidade do toque e reconheço que sendo eu cinestésico, segundo a PNL, naturalmente por instinto, acabo tocando mais e buscando mais o toque. É diferente com pessoas de modalidades visual ou auditivo que atuam com seus sensores mais voltados para aparência ou eloquência nos seus relacionamentos, sendo algumas pessoas até arredias ao toque, pelo menos antes de um certo ritual. Porém, no texto abaixo vamos entender porque os mestres da PNL (Programação Neurolinguística) persistem em afirmar que devemos buscar um bom equilíbrio entre as três principais modalidades: Visual, Auditivo e Cinestésico.
Se levarmos em conta a nossa origem e a importância do toque, podemos até afirmar que somos todos carentes e mal amados. Somos filhos do AMOR e nascemos para viver em comunidade. Mas, a necessidade do toque, não é só por isso.
Para entendermos melhor, vamos voltar um pouco no passado e tentar compreender porque tanto sacrifício nosso e de nossa mãe nos últimos minutos que antecederam nosso nascimento.
Nossa gestação na verdade, ao que indicam os estudos, não parece estar completada dentro do útero até os 266 dias e 12 horas, quando devemos nascer (UTEROGESTAÇÃO).
A mãe natureza se encarrega desta tarefa, devido ao tamanho do nosso cérebro que levaria o crânio a dimensões impossíveis de permitir um nascimento por parto normal no final da gestação. Este final se dá por volta dos nove meses depois do nascimento, quando se encerra o período da gestação fora do útero (EXTEROGESTAÇÃO). Devido a imaturidade, todo o sofrimento provocado pelas contrações do útero, são na verdade massagens necessárias para ativar os intestinos, vias respiratórias, circulação sanguínea e tudo mais que permite nossa sobrevivência saudável.
Observe a mamãe gata e mamãe cadela com seus filhotes. Quantas lambidas que interpretamos como sendo limpeza. Note bem os pontos mais lambidos. Abdome (intestinos), órgãos genitais (necessidades fisiológicas) e o peito (tórax, vias respiratórias). Mas, também lambe por todo o corpo ativando sensibilidades e circulação sanguínea.
Nos animais, cujo trabalho de parto é muito rápido e a contração do útero é pouca, se fazem necessárias essas massagens (lambidas) para garantir a sobrevivência do filhote. Tanto que, se separarmos um filhote de sua mamãe logo após o nascimento sem compensar essas carícias (massagens), mesmo sendo bem alimentado, fatalmente morrerá com problemas intestinais, respiratórios, dificuldades para evacuar, urinar e outras.
Nós humanos aprendemos muita coisa errada mesmo antes do desenvolvimento completo do feto, o que torna difícil de compreender certas atitudes em pessoas que aparentemente são normais, mas respondem a condicionamentos inconscientes, fazendo coisas anormais.
Devemos ter um cuidado especial com nossos bebês durante os primeiros nove meses de vida. A importância de mamar não é somente pelas substâncias apropriadas do leite materno, e sim pelo carinho e aconchego que acontece naturalmente no relacionamento dos envolvidos nesse ato.
Atenção: Os bebês nascidos de cesariana antes de ter ocorrido um trabalho de parto, deverão ser tratados de forma diferenciada, ou seja, com massagens especiais e muito carinho, sob pena de terem que enfrentar os problemas citados anteriormente, durante e depois do crescimento.
A PELE é na verdade o MAIOR ÓRGÃO do nosso corpo e atua também como um grande sensor ativando tudo e todo o organismo. Se não recebemos durante o nosso desenvolvimento, toques e carinhos de forma adequada, fatalmente teremos que enfrentar mais tarde problemas de relacionamento pessoal e até de saúde.
Muito se ouve falar sobre a TERAPIA DO ABRAÇO. É na verdade fácil de colocar em prática e os resultados são surpreendentes. Quem não dá ou recebe quatro abraços por dia, está a perigo. Estamos todos a perigo! É conveniente trocar por volta de oito (8) abraços por dia. Mas, o ideal mesmo para um bom equilíbrio é atingirmos a marca de no mínimo doze (12) abraços por dia.
Pratique e veja a diferença. Só que deverão ser abraços sinceros e afetivos com autenticidade. Nada mecânico para cumprir simplesmente uma tarefa. Devido a preconceitos e problemas que enfrentamos com pessoas que vivem com malícia na cabeça, acabamos inibindo muitas vezes impulsos naturais e sadios em nossos relacionamentos. Podemos e devemos nos tocar muito mais.
Vamos ser o que queremos e podemos ser, dentro dos princípios da verdade que habita em nossos corações equilibrados e não o que os outros querem. Quem age de forma coerente não precisa se preocupar com o que outros venham a pensar a seu respeito. Só precisamos ter a consciência de que não somos perfeitos!
Vamos, portanto estudar, pesquisar e praticar, procurando uma forma de identificar nossos defeitos para corrigi-los e procurar aceitar as pessoas como são e não como queremos que elas sejam. Vamos ser exemplos, evitando fazer uso da crítica para que outros possam mudar...
Uma mixagem com textos do Livro "O Toque" de Ashley Montagu da Summus Editorial.
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