Ontem à noite eu assisti ao primeiro capítulo da minissérie global “Maysa - quando fala o coração”. Apesar de gostar de MPB, sou sincera em dizer: só conhecia o verso da cantora que diz “meu mundo caiu”.Penso que não estou sozinha nisso.Mas fui pesquisar.
Gostei muito do que vi, a começar pelos atores: não vi globais, isso já me deixou muito contente e animada para ver os demais capítulos.Parece-me que o elenco é oriundo do teatro.Caras novas trazem verossimilhança à trama.
A atriz que interpreta a cantora chama-se Larissa Maciel, uma gaúcha de trinta e um anos. Ela é muito parecida com a Maysa, deu vida à personagem com maestria, no primeiro capítulo, convencendo-me mesmo fazendo cantora em diferentes fases de sua vida: adolescente, mãe, no auge do sucesso, no final da carreira.
Contudo, o ator que faz André Matarazzo, Eduardo Semerjian, marido de Maysa, deixou a desejar neste quesito: ficou estranho ver o mesmo ator com 22 e com 34 anos de idade. Estava igual.Há atores que com uma maquiagem bacana,conseguem tal faceta.Não foi o caso dele. Sinceramente, mesmo com 34, ele já aparentava mais que isso.
A cronologia da minissérie é outro ponto a comentar. A seqüência dos fatos não é linear.Há flashes do passado e do presente.O acidente de carro que vitimou a cantora foi apresentado neste capítulo.O casamento dela também Penso que nos capítulos posteriores veremos sua relação familiar, seu temperamento e sua trajetória dentro da bossa nova.
Curioso é saber que o diretor da minissérie Jayme Monjardim é o filho da cantora. Sim, Maysa Monjardim Matarazzo, era o nome completo dela.Só teve este filho.Único herdeiro.
E mais interessante ainda é que o filho do diretor irá interpretá-lo na infância e o outro filho, mais velho, o fará na adolescência.Definitivamente, trata-se de um trabalho significativo na vida do diretor de produções globais, bem familiar.
Meu sobrinho adolescente, que assistia a série comigo, comentou: “Essa Maysa é a Amy Winnehouse brasileira”, por conta do tabagismo, do álcool que viu.
Eu espero que nos próximos capítulos a trama traga mais do talento de Maysa, de suas composições, da sua contribuição à música brasileira.Não, eu não acho que a personalidade marcante e rebelde da cantora devesse ser abafada, afinal, ela fazia uso exagerado de bebidas, de moderadores de apetite, teve inúmeros envolvimentos amorosos e tentou o suicídio por mais de uma vez.
Gostaria que a minissérie mostrasse a importância de Maysa a música popular brasileira, principalmente aos jovens, ou seja, mostrar a mulher à frente de seu tempo, que compôs 26 canções, numa época que havia poucas mulheres neste ramo; que cantou em francês, inglês, espanhol e português; que seu estilo influenciou artistas como Cazuza e Leila Pinheiro.
Se além de tudo isso, ficar a lição de Cazuza, Amy Winnehouse e tantos outros que minaram sua carreira ( ou estão fazendo, como a cantora inglesa) por excesso de bebida, ou similares, a minissérie será um marco na tevê brasileira.
(Maria Fernandes Shu – 06 de janeiro de 2008)
Gostei muito do que vi, a começar pelos atores: não vi globais, isso já me deixou muito contente e animada para ver os demais capítulos.Parece-me que o elenco é oriundo do teatro.Caras novas trazem verossimilhança à trama.
A atriz que interpreta a cantora chama-se Larissa Maciel, uma gaúcha de trinta e um anos. Ela é muito parecida com a Maysa, deu vida à personagem com maestria, no primeiro capítulo, convencendo-me mesmo fazendo cantora em diferentes fases de sua vida: adolescente, mãe, no auge do sucesso, no final da carreira.
Contudo, o ator que faz André Matarazzo, Eduardo Semerjian, marido de Maysa, deixou a desejar neste quesito: ficou estranho ver o mesmo ator com 22 e com 34 anos de idade. Estava igual.Há atores que com uma maquiagem bacana,conseguem tal faceta.Não foi o caso dele. Sinceramente, mesmo com 34, ele já aparentava mais que isso.
A cronologia da minissérie é outro ponto a comentar. A seqüência dos fatos não é linear.Há flashes do passado e do presente.O acidente de carro que vitimou a cantora foi apresentado neste capítulo.O casamento dela também Penso que nos capítulos posteriores veremos sua relação familiar, seu temperamento e sua trajetória dentro da bossa nova.
Curioso é saber que o diretor da minissérie Jayme Monjardim é o filho da cantora. Sim, Maysa Monjardim Matarazzo, era o nome completo dela.Só teve este filho.Único herdeiro.
E mais interessante ainda é que o filho do diretor irá interpretá-lo na infância e o outro filho, mais velho, o fará na adolescência.Definitivamente, trata-se de um trabalho significativo na vida do diretor de produções globais, bem familiar.
Meu sobrinho adolescente, que assistia a série comigo, comentou: “Essa Maysa é a Amy Winnehouse brasileira”, por conta do tabagismo, do álcool que viu.
Eu espero que nos próximos capítulos a trama traga mais do talento de Maysa, de suas composições, da sua contribuição à música brasileira.Não, eu não acho que a personalidade marcante e rebelde da cantora devesse ser abafada, afinal, ela fazia uso exagerado de bebidas, de moderadores de apetite, teve inúmeros envolvimentos amorosos e tentou o suicídio por mais de uma vez.
Gostaria que a minissérie mostrasse a importância de Maysa a música popular brasileira, principalmente aos jovens, ou seja, mostrar a mulher à frente de seu tempo, que compôs 26 canções, numa época que havia poucas mulheres neste ramo; que cantou em francês, inglês, espanhol e português; que seu estilo influenciou artistas como Cazuza e Leila Pinheiro.
Se além de tudo isso, ficar a lição de Cazuza, Amy Winnehouse e tantos outros que minaram sua carreira ( ou estão fazendo, como a cantora inglesa) por excesso de bebida, ou similares, a minissérie será um marco na tevê brasileira.
(Maria Fernandes Shu – 06 de janeiro de 2008)