A difícil missão de paz para o término do conflito entre Israel e palestinos.
O novo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, que será empossado no dia 20 do mês em curso, encontrará grandes dificuldades para realizar uma das mais importantes promessas de campanha, isto é, a abertura de uma via de entendimentos com os adversários de Israel, dentre eles, o Irã, visando um acordo de paz entre os contendores.
O conflito entre israelenses e palestinos, devido ao longo período sem que cheguem a um consenso, dá-nos a impressão de que para o seu término não existe solução, ou que esta se torne um peso descomunal para que se obtenha o final do embate, responsável por ceifar centenas de vidas.
Os palestinos querem a retirada de todos os colonos israelenses das terras ocupadas desde o ano de 1967, quando da Guerra dos Seis Dias, assim como Israel deseja o ponto final dos atos terroristas levados a feito contra cidadãos judeus. Entretanto, vários fatores de ordem política não estão permitindo o acerto definitivo através das fontes diplomáticas. Acresce ainda o fato de que os palestinos se dividiram em dois seguimentos; o primeiro, nos que apóiam a sua Autoridade, que negocia com Israel, e o segundo, no Hamas, grupo terrorista em ação, destruidor do estado israelense. Em contrapartida, Israel ataca o Hamas na Faixa de Gaza, em razão de o grupo vir utilizando o território, já dominado, para o lançamento de foguetes destinados a atingir alvos do outro lado da fronteira.
Outros países, inclusive o Brasil, estão se manifestando diplomaticamente, pedindo o cessar fogo, assim como tentando sensibilizar os envolvidos a formularem um acordo que atenda a ambas as partes.
Fonte: Revista VEJA, edição n° 2094, de 07 de janeiro de 2009.