1 de janeiro de 1959, Fulgêncio Batista, então ditador cubano que houvera transformado a ilha de Cuba num paraíso de perversões foge como um cãozinho amedrontado; dia 06 de janeiro de 1959, chega a Havana uma caravana de soldados revolucionários liderados pelo cubano Fidel Alejandro Castro Ruiz e pelo médico argentino Ernesto “Che” Guevara. O golpe que depôs um ditador acabara de escrever um capítulo inicialmente lindo da história da América Latina, mas na verdade, era outra ditadura que se implantara na ilha caribenha.
 
Esta história, praticamente todos conhecem; Fidel Castro e Che Guevara são sem sombra de dúvidas um dos nomes mais conhecidos dos últimos 50 anos e até hoje ambos (um quase morto e o outro falecido) lucram por terem sido transformados em mitos; seja nos Estados Unidos, África, Ásia, Oceania ou nas três Américas, sempre haverá um estudante universitário ou algum apaixonado desinformado que estará usando uma camiseta com a estampa de Guevara ou Fidel para protestarem contra alguma coisa, principalmente se esta “coisa” for algum governo de direita.
 
Desde 1959 que Cuba é liderada e mantêm-se viva por obra de Deus ou do acaso; sem quase nenhum recurso natural, Cuba necessita de petróleo, comida de modo geral, tecnologia, enfim, na ilha só dá cana-de-açúcar e tabaco e até quando o açúcar valia alguma coisa ainda eles podiam vendê-lo; o tabaco possui valor tradicional para os melhores charutos do mundo, que são os Havanas, mas, para infelicidade de Fidel, menos de 0,01% da população do mundo curte ou pode ter seus charutos; até o desporto da ilha, forte em outrora, já denuncia pontos de vulnerabilidade e decadência; traduzindo, Cuba virou um paraíso turístico e nestes 50 anos de Revolução Ditatorial da Família Castro o povo foi esfacelado e beira a condição de êxodo pleno.
 
Fidel Castro, que é advogado de profissão e militar no currículo, deu o golpe misericordioso que encheu o povo cubano de alegria e esperança, povo este que temia as ameaças e barbáries de Batista. Com a revolução veio a esperança de crescimento econômico e tecnológico; a proximidade com os Estados Unidos, muito embora tida como ameaçadora, mostrava um caminho de prosperidade para muitos deles, mas logo cedo Castro se alia ao eixo soviético; em 1962 com a crise dos mísseis fica definitivamente escrito nos anais históricos que jamais Cuba teria qualquer tipo de apoio dos aliados dos EUA; deflagra-se uma devastadora onda de barreiras comerciais contra Fidel e o povo foi quem pagou a conta muito cara.
 
Episódios e mais episódios ocorreram durante estes 50 anos de ditadura cubana de Castro, que ficou no poder por 49 anos até passar o comando para o irmão Raúl; ainda assim eles insistem em dizer que tal regime não é anti-democrático; Cuba só tem um Partido Político e o Parlamento quem elege o Presidente só pode votar no CANDIDATO ÚNICO; sempre o candidato do Partido, Fidel Castro, teve 100% dos votos e em algumas vezes ele foi eleito por aclamação; ainda assim eles dizem ser uma DEMOCRACIA.
 
O jornalismo na ilha só ocorre se houver autorização de Fidel; direitos políticos só para quem forem do partido Granma (o partido de Fidel) e mesmo assim se ele não se opuser ao regime; para sair do país somente com autorização expressa de poucos chefes militares e ninguém poderá se recusar em voltar para que suas famílias não sofram medidas repressivas; supermercados, farmácias, açougues, bares, hotéis e restaurantes existem em duas categorias: os dos turistas que são luxuosos e fartos e os dos cubanos, que são precários, pobres e miseráveis; ainda assim, eles dizem que o regime é democrático e justo. A pergunta é: justo para quem?
 
Nestes 50 anos, centenas de presos políticos estão incomunicáveis há décadas; suas condenações ocorreram por causa de suas escritas e seus ideais de liberdade; outros já morreram em praça pública sob a acusação de tráfico de drogas, mas até hoje os cubanos dizem que eram apenas militantes de oposição a Castro; isso por acaso este modelo de justiça é de copiar?
 
Um dos pontos altos destes 50 anos em Cuba foi a cultura; muitos grupos musicais a exemplo de Buena Vista Social Club ganharam notoriedade internacional mas o dinheiro que ganharam, a maior parte dele teve que ser doado ao “regime”, da mesma forma que os atletas de ouro das muitas olimpíadas; todos eles possuem uma vida boa em relação a seus irmãos, mas no dia em que eles já não mais puderem produzir luzes para a ilha, serão esquecidos e se juntarão ao mesmo grupo de massacrados. Também eles conseguiram desenvolver modelos de técnicas de medicina, que são muito avançadas em relação a maioria dos países do mundo, mas seus médicos são proibidos de sair e propagar o que aprenderam; nada disso é democrático, muito menos, justo!
 
Os militares ditadores a serviço de Fidel Castro viveram à custa do lixo soviético por duas décadas; receberam todo tipo de tranqueira, desde aviões para compor a frota, hoje sucateada e perigosa, da Cubana de Aviacíon, carros da Lada e armas, muitas armas; em troca, a União Soviética mandava para a ilha os cancerosos e segregados para que tivesse seus últimos dias em um local menos desgraçado, mas em 1989, com a derrocada da Cortina de Ferro, Fidel se viu em maus lençóis, aliás, péssimos lençóis. Estava decretado o início da queda de Castro; sem dinheiro, sem apoio e vivendo de migalhas, restava-os apenas a sorte, sorte talvez de encontrar gente como Hugo Chávez.
 
Em 50 anos de ditadura, Cuba deixou de viver uma ditadura colonialista para viver uma ditadura militar; se por um lado eles abriram as praias (algumas) para uso geral do povo, esqueceram de que o povo não come areia e nem bebe água do mar; se lembraram de fazer uma reforma agrária agressiva, esqueceram do fator primordial: planta-se com sementes e se depender apenas da terra, nascerá apenas erva daninha; este é o modelo que se implantou em Cuba há 50 anos.
 
O pobre e humilhado povo cubano, em sua maioria sequer sabem o que é internet, televisão, os carros foram novos nas décadas de 50 e 60 do século passado e comem o que Deus por piedade lhes manda. Apenas para ilustrar, Fidel Castro, seu irmão Raúl e todos os outros que perfazem a gang militar que manda em Cuba, se abrissem as portas, permitindo a saída de qualquer cubano, somente ficariam os cubanos mortos e se dependessem de seus entes queridos, até os mortos seriam levados para bem longe da Dinastia Castro. Somente quem já esteve lá por mais de uma vez, tem amigos cubanos lá e em outros países, sabe exatamente o que é o Regime de 50 anos de torturas.
 
A comunidade internacional somente pede que Castro abaixe apenas uma vez os fuzis e canhões que emparedam o povo da ilha; se apenas uma única vez isso ocorrer, eles seriam depostos, quiçá banidos e mortos; isso porque o povo de Cuba os ama mais do que si próprios e acham que eles são democráticos e justos.
 
De todas as pessoas que eu já tive oportunidade de ler, afora Hugo Chavés e o restante de sua quadrilha de saqueadores internacionais, dos militares a mando de Fidel e de uns poucos néscios que não sabem ler ou escrever, ninguém apóia o regime cubano e a luta hoje é para de fato ser implantada a democracia e justiça naquele país de povo magnífico e terras encantadoras.
 
O povo de Cuba quer e exige PAZ!
 
 
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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CHaMP Brasil
Enviado por CHaMP Brasil em 02/01/2009
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