CREIO NA VIDA ETERNA ( II )
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
V. O Juízo Final
(Parágrafos relacionados 678,679)
1038 A ressurreição de todos os mortos, "dos justos e dos injustos" (At 24,15), antecederá o Juízo Final. Este será "a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento" (Jo 5,28-29). Então Cristo "virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (...) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. (...) E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna" (Mt 25,31-33.46).
(Parágrafos relacionados 998,1001)
1039 É diante de Cristo - que é a Verdade - que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus [a32]. O Juízo Final há de revelar até as últimas conseqüências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre:
(Parágrafo relacionado 678)
Todo o mal que os maus praticam é registrado sem que o saibam. No dia em que "Deus não se calará" (Sl 50,3), voltar-se-á para os maus: "Eu havia", dir-lhes-á, "colocado na terra meus pobrezinhos para vós. Eu, seu Chefe, reinava no céu à direita do meu Pai, mas na terra os meus membros passavam fome. Se tivésseis dado aos meus membros, vosso dom teria chegado até a Cabeça. Quando coloquei meus pobrezinhos na terra, os constituí meus tesoureiros para recolher vossas boas obras em meu tesouro; vós, porém, nada depositastes em suas mãos, razão por que nada possuís junto a mim [a33]"
1040 O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte [a34].
(Parágrafos relacionados 637,314)
1041 A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens "o tempo favorável, o tempo da salvação" (2Cor 6,2). O Juízo Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus. Anuncia a "bem-aventurada esperança" (Tt 2,13) da volta do Senhor, que “virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado na pessoa de todos aqueles que creram (2Ts 1,10).
(Parágrafos relacionados 1432,2854)
VI. A esperança dos céus novos e da terra nova
1042 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegar à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado:
(Parágrafos relacionados 769,670)
Então a Igreja será "consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo [a35]"
(Parágrafos relacionados 310)
1043 Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura a chama de "céus novos e terra nova" (2Pd [a36]3,13). Ser a realização definitiva do projeto de Deus de "reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra" (Ef 1,10).
(Parágrafos relacionados 671,280,518)
1044 Neste "universo novo [a37]", a Jerusalém celeste, Deus terá sua morada entre os homens. "Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!" (Ap [a38]21,4).
1045 Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrinante era "como o sacramento [a39]". Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a cidade santa de Deus (Ap 21,2), "a Esposa do Cordeiro" (Ap 21,9). Esta não será mais ferida pelo pecado, pelas impurezas [a40], pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de comunhão mútua.
(Parágrafos relacionados 775,1404)
1046 Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem:
Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus (...) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção (...). Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, suspirando pela redenção de nosso corpo (Rm 8,19-23).
(Parágrafo relacionado 349)
1047 Também o universo visível está, portanto, destinado a ser transformado, "a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos", participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado [a41].
1048 "Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer á e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens [a42]."
(Parágrafo relacionado 673)
1049 "Contudo, a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo século. Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir cuidadosamente do aumento do Reino de Cristo, ele é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a sociedade humana [a43]. "
(Parágrafo relacionado 2820)
1050 "Com efeito, depois que propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da humanidade fraterna e da liberdade, todos estes bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal [a44]. Deus será, então, "tudo em todos" (1 Cor 15,28), na Vida Eterna:
(Parágrafos relacionados 1709,260)
A vida, em sua própria realidade e verdade, é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, derrama sobre todos, sem exceção, dons celestes. Graças à sua misericórdia também nós, os homens, recebemos a promessa indefectível da Vida [a45] Eterna.
[a32]cf. Jo 12, 48-49
[a33]S. Agostinho, serm. 18, 4, 4 : PL 38, 130-131
[a34]cf. Ct 8, 6
[a35]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 48
[a36]cf. Ap 21, 1
[a37]Ap 21, 5
[a38]cf. Ap 21, 27
[a39]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 1
[a40]cf. Ap 21, 27
[a41]S. Irineu, hær. 5, 32, 1
[a42]Constituição do Vaticano II; 07/12/65 - Gaudium et spes nº 39, § 1
[a43]Constituição do Vaticano II; 07/12/65 - Gaudium et spes nº 39, § 2
[a44]Constituição do Vaticano II; 07/12/65 - Gaudium et spes nº 39, § 3 ; cf. Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 2
[a45]S. Cirilo de Jerusalém, catech. ill. 18, 29 : PG 33, 1049
[a46]Credo do Povo de Deus: profissão de fé solene; Motu Proprio; Paulo VI; 30/06/68 item 28
[a47]Credo do Povo de Deus: profissão de fé solene; Motu Proprio; Paulo VI; 30/06/68 item 29
[a48]Directorium Catecheticum Generale; NLBV; item 69
[a49] MR Oratio ante communionem. 132 TPV 1970, p.474
[a50]DS 859 ; cf. DS 1549
[a51] cf. Ap 22, 21
[a52]cf. Mt 6, 2. 5. 16
[a53]cf. Jo 5, 19
[a54]S. Agostinho, serm. 58, 11, 13 : PL 38, 399
[a55]MR Doxologia post precem TPV 1970 pp.455,460,464,471
PAZ E BEM!
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
V. O Juízo Final
(Parágrafos relacionados 678,679)
1038 A ressurreição de todos os mortos, "dos justos e dos injustos" (At 24,15), antecederá o Juízo Final. Este será "a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento" (Jo 5,28-29). Então Cristo "virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (...) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. (...) E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna" (Mt 25,31-33.46).
(Parágrafos relacionados 998,1001)
1039 É diante de Cristo - que é a Verdade - que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus [a32]. O Juízo Final há de revelar até as últimas conseqüências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre:
(Parágrafo relacionado 678)
Todo o mal que os maus praticam é registrado sem que o saibam. No dia em que "Deus não se calará" (Sl 50,3), voltar-se-á para os maus: "Eu havia", dir-lhes-á, "colocado na terra meus pobrezinhos para vós. Eu, seu Chefe, reinava no céu à direita do meu Pai, mas na terra os meus membros passavam fome. Se tivésseis dado aos meus membros, vosso dom teria chegado até a Cabeça. Quando coloquei meus pobrezinhos na terra, os constituí meus tesoureiros para recolher vossas boas obras em meu tesouro; vós, porém, nada depositastes em suas mãos, razão por que nada possuís junto a mim [a33]"
1040 O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte [a34].
(Parágrafos relacionados 637,314)
1041 A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens "o tempo favorável, o tempo da salvação" (2Cor 6,2). O Juízo Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus. Anuncia a "bem-aventurada esperança" (Tt 2,13) da volta do Senhor, que “virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado na pessoa de todos aqueles que creram (2Ts 1,10).
(Parágrafos relacionados 1432,2854)
VI. A esperança dos céus novos e da terra nova
1042 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegar à sua plenitude. Depois do Juízo Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo será renovado:
(Parágrafos relacionados 769,670)
Então a Igreja será "consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o mundo todo, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo [a35]"
(Parágrafos relacionados 310)
1043 Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura a chama de "céus novos e terra nova" (2Pd [a36]3,13). Ser a realização definitiva do projeto de Deus de "reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra" (Ef 1,10).
(Parágrafos relacionados 671,280,518)
1044 Neste "universo novo [a37]", a Jerusalém celeste, Deus terá sua morada entre os homens. "Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!" (Ap [a38]21,4).
1045 Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrinante era "como o sacramento [a39]". Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a cidade santa de Deus (Ap 21,2), "a Esposa do Cordeiro" (Ap 21,9). Esta não será mais ferida pelo pecado, pelas impurezas [a40], pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de comunhão mútua.
(Parágrafos relacionados 775,1404)
1046 Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem:
Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus (...) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção (...). Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, suspirando pela redenção de nosso corpo (Rm 8,19-23).
(Parágrafo relacionado 349)
1047 Também o universo visível está, portanto, destinado a ser transformado, "a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos", participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado [a41].
1048 "Ignoramos o tempo da consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer á e superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens [a42]."
(Parágrafo relacionado 673)
1049 "Contudo, a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo século. Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir cuidadosamente do aumento do Reino de Cristo, ele é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a sociedade humana [a43]. "
(Parágrafo relacionado 2820)
1050 "Com efeito, depois que propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da humanidade fraterna e da liberdade, todos estes bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal [a44]. Deus será, então, "tudo em todos" (1 Cor 15,28), na Vida Eterna:
(Parágrafos relacionados 1709,260)
A vida, em sua própria realidade e verdade, é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, derrama sobre todos, sem exceção, dons celestes. Graças à sua misericórdia também nós, os homens, recebemos a promessa indefectível da Vida [a45] Eterna.
[a32]cf. Jo 12, 48-49
[a33]S. Agostinho, serm. 18, 4, 4 : PL 38, 130-131
[a34]cf. Ct 8, 6
[a35]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 48
[a36]cf. Ap 21, 1
[a37]Ap 21, 5
[a38]cf. Ap 21, 27
[a39]Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 1
[a40]cf. Ap 21, 27
[a41]S. Irineu, hær. 5, 32, 1
[a42]Constituição do Vaticano II; 07/12/65 - Gaudium et spes nº 39, § 1
[a43]Constituição do Vaticano II; 07/12/65 - Gaudium et spes nº 39, § 2
[a44]Constituição do Vaticano II; 07/12/65 - Gaudium et spes nº 39, § 3 ; cf. Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 2
[a45]S. Cirilo de Jerusalém, catech. ill. 18, 29 : PG 33, 1049
[a46]Credo do Povo de Deus: profissão de fé solene; Motu Proprio; Paulo VI; 30/06/68 item 28
[a47]Credo do Povo de Deus: profissão de fé solene; Motu Proprio; Paulo VI; 30/06/68 item 29
[a48]Directorium Catecheticum Generale; NLBV; item 69
[a49] MR Oratio ante communionem. 132 TPV 1970, p.474
[a50]DS 859 ; cf. DS 1549
[a51] cf. Ap 22, 21
[a52]cf. Mt 6, 2. 5. 16
[a53]cf. Jo 5, 19
[a54]S. Agostinho, serm. 58, 11, 13 : PL 38, 399
[a55]MR Doxologia post precem TPV 1970 pp.455,460,464,471
PAZ E BEM!