194 – HISTÓRIA – Já conhecemos um resumo da história da PALESTINA, agora, veremos a história do Estado vizinho, pequeno, novo e bastante incômodo; estou falando do Estado judeu de ISRAEL.
O Estado de Israel é um país no Oriente Médio, na extremidade sudeste do Mar Mediterrâneo. É uma república democrática parlamentar fundada em 14 de Maio de 1948. É o único estado judeu em todo o mundo. Faz fronteira com o Líbano no norte, Síria e Jordânia ao leste e Egito no sudoeste.
A capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) do país e sede do governo é Jerusalém, que é também a residência do Presidente da nação, repartições do governo, suprema corte e o Knesset (parlamento). A Lei Básica estabelece que "Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel" apesar de a Autoridade Palestina ver Jerusalém Oriental como futura capital da Palestina e as Nações Unidas e a maioria dos países não aceitarem a Lei Básica, argumentando que o status final deve esperar futuras negociações entre Israel e a Autoridade Palestina. A maioria dos países mantém sua embaixada em Tel Aviv. Israel é o único país no Oriente Médio cujo regime político é considerado uma verdadeira democracia, e seus cidadãos desfrutam de uma extensa gama de direitos políticos e direitos civis. Israel, ainda, é considerado o mais avançado na região em termos de liberdade de imprensa, regulamentações empresariais, competição econômica, liberdade econômica e desenvolvimento humano médio.
O conflito entre Israel e a Palestina em andamento continua a ser uma fonte de tensão dentro e fora de Israel. Em particular, isto causou tensões com os vizinhos árabes de Israel, com alguns dos quais ele também entrou em conflito. Grupos como a Anistia Internacional e Human Rights Watch têm sido críticos das políticas de Israel, enquanto outras organizações como a Freedom House, o governo dos Estados Unidos e alguns países da Europa geralmente apoiando Israel. Segundo as escrituras bíblicas, Israel é a terra prometida por Deus aos hebreus e é o berço da religião e da cultura judaica desde o século XVII a.C..
O nome Israel, que em hebraico significa aquele que luta com Deus ("Issar-El") tem sua origem na passagem do livro do Gênesis (Gen 32:28), primeiro da Bíblia hebraica (Torá), na qual Jacó luta contra um anjo e recebe deste o nome de Israel. A nação que teria sido fundada por Jacó, é chamada alternativamente de "Os Filhos de Israel", "O Povo de Israel", ou "israelitas". Também é da tradição judaica o ensinamento que é a formação do nome através das iniciais (em hebraico) dos patriarcas do povo hebreu: Isaac, Jacó, Sara, Raquel, Abraão e Léia. O primeiro registro histórico da palavra "Israel" vem de uma estela egípcia documentando campanhas militares em Canaã. Apesar disso, esta estela se refere a um povo (o determinativo para 'país' estava ausente) é datado a aproximadamente 1211 a.C. Outros nomes rejeitados propunham Eretz Israel, Sião e Judéia. O uso do termo "israeli" para se referir a um cidadão de Israel foi decidido pelo Governo de Israel nas semanas imediatamente após a independência e anunciado pelo Ministro das Relações Exteriores Moshe Shertok.
A tradição judaica defende que a Terra de Israel tem sido uma Terra Santa judaica e uma Terra prometida por quatro mil anos, desde o tempo dos patriarcas. A terra de Israel guarda um lugar especial nas obrigações religiosas judaicas, englobando os mais importantes locais do judaísmo (como os restos do Primeiro e Segundo Templos do povo judaico). Conectado com estas duas versões do templo estão ritos religiosos significativos que simbolizam a origem de muitos aspectos do judaísmo moderno. Começando por volta do século XI a.C., o primeiro de uma série de reinos e estados judaicos estabeleceram um controle intermitente sobre a região que durou mais que um milênio.
Sob o domínio assírio, babilônico, persa, grego, romano, bizantino e (brevemente) sassânido, a presença judaica na região diminuiu por causa de expulsões em massa. Em particular, o fracasso na revolta de Bar Kokhba contra o Império Romano em 132 a.C. resultou em uma expulsão dos judeus em larga escala. Foi durante este tempo que os romanos deram o nome de Syria Palestina à região geográfica, em uma tentativa de apagar laços judaicos com a terra. No entanto, a presença judaica na Palestina permaneceu constante. A principal concentração de população judaica transferiu-se da Judéia para Galiléia. A Mishná e o Talmude de Jerusalém, dois dos textos judaicos mais importantes, foram compostos na região durante esse período. A terra foi conquistada do Império Bizantino em 638 d.C. durante o período inicial das conquistas muçulmanas. O niqqud hebraico foi inventado em Tiberíades nessa época. A área foi dominada pelos omíadas, então pelos abássidas, cruzados, os corésmios e mongóis, antes de se tornar parte do império dos mamelucos (1260-1516) e o Império Otomano em 1517.
O Estado de Israel ocupa uma área de 20.700 km². O tamanho do país pode ser comparado, em área (km²), com o estado de Sergipe no Brasil ou um pouco menos do que a região do Alentejo em Portugal, contudo, à distância em linha reta, entre a extremidade norte e sul do país (a maior do país) é a mesma entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O norte de Israel nasce o Rio Jordão, importante rio para a região, que cruza o país de norte a sul e que serve de fronteira com a Jordânia, alimentando o Mar da Galiléia e desaguando no Mar Morto numa zona de depressão 400 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo. O formato meridional e litorâneo fornece ao país um micro-clima bem diversificado; é possível esquiar no norte do país e ir a uma praia quente no sul em poucas horas.
Em 2006, o Bureau Central Israelense de Estatísticas define três áreas metropolitanas: Tel Aviv (população 3 040 400), Haifa (população 996 000) e Beersheva (população 531 600) A capital, Jerusalém, tem uma população de 719 900. O Instituto de Jerusalém de Estudos de Israel define a área metropolitana de Jerusalém (população 2 300 000, incluindo 700 000 judeus e 1 600 000 árabes).
Desde que foi criado o Estado de Israel, em 1948, o perfil de sua economia se alterou profundamente, apesar do pouco tempo de existência. No início, o país se mantinha com as doações vindas de judeus do mundo todo, principalmente dos Estados Unidos e com produtos agrícolas, com destaque para a laranja. Um pouco mais tarde, por causa de sua situação geopolítica, Israel acabou por desenvolver sua indústria bélica, onde se sobressaem as submetralhadoras e fuzis.
Israel tem uma economia de mercado com tecnologia fortemente desenvolvida. É dependente de importação de grãos, carnes e petróleo. Apesar dos escassos recursos naturais (85% de terras desérticas), Israel desenvolveu intensamente sua agricultura e indústria, exportando tecnologia nestas áreas. Diamantes, alta tecnologia, equipamentos militares, softwares, produtos farmacêuticos, química fina, produtos agrícolas e insumos são suas principais exportações. Com o planejamento do governo apontando para investimentos no ensino superior, rendeu ao país uma pauta muito mais moderna, com uma indústria de software que se tornou referência internacional. Israel é, atrás dos EUA e Canadá, o país com maior número de empresas listadas na NASDAQ.
Outra indústria líder em Israel é o turismo, que se beneficia dos muitos locais de grande importância histórica para o judaísmo, cristianismo e islamismo e do clima quente de Israel e acesso a recursos hídricos. O turismo em Israel inclui uma rica variedade de locais históricos e religiosos na Terra Santa, assim como resorts de praia moderna, turismo arqueológico, turismo de legado e ecoturismo. Israel também é conhecido por ter o maior número de museus per capita do que qualquer outro país.
Israel não possui uma constituição escrita, sendo governado por um conjunto de leis básicas aprovadas pelo Knesset (parlamento). Espera-se que estas leis básicas venham a integrar uma futura constituição escrita do país. O poder legislativo reside no Knesset, parlamento unicameral composto por 120 membros, eleitos para um mandato de quatro anos. O Knesset pode, contudo se dissolver antes da conclusão deste período e convocar novas eleições.
Entre as suas funções, encontram-se a aprovação do orçamento e dos impostos, a aprovação das leis e a eleição do presidente. Em geral, o governo apresenta os projetos de lei, mas os comitês parlamentares ou os membros do Knesset também podem apresentá-los. Nos seus trabalhos, o Knesset utiliza as duas línguas oficiais do país, o hebraico e o árabe. Os cidadãos com mais de dezoito anos não votam em candidatos, mas em partidos, que ordenam os seus candidatos em listas nacionais. O número de lugares atribuídos a cada partido está relacionado com a percentagem obtida por este nas eleições; o mínimo necessário para se conquistar representação é 1,5%. As últimas eleições para o Knesset aconteceram em 26 de Março de 2006, tendo sido o partido mais votado o centrista Kadima que conquistou 29 lugares; foi seguido pelo Partido Trabalhista com 19 lugares e pelo Likud e o Shas com 12 lugares cada um.
No quesito DEFESA, as Forças de Defesa de Israel (Tzavá Haganá le Yisra'el), foram formadas durante a Independência. No período entre 1948 e 1949, quando Israel enfrentou os exércitos dos países árabes que não aceitavam o estabelecimento do Estado Judeu, as antigas facções armadas dos sionistas foram reunidas e aparelhadas com armas e munição fabricadas e também doadas por outros países, em especial a Tchecoslováquia. Mesmo em outras regiões do mundo, todos os cidadãos judeus maiores de 18 anos são aplicáveis às Forças de Defesa. Devido a seu treinamento rigorosíssimo as FDI situam-se hoje entre as mais bem reputadas forças de combate do mundo, tendo tido que defender Israel em cinco grandes conflitos desde a sua criação. Exército, Marinha e Força Aérea possuem um conjunto unificado, encabeçado por um chefe de Estado-Maior, que é responsável perante o Ministério da Defesa e indicado para um mandato de três ou quatro anos.
A população de Israel é predominantemente judaica com uma minoria árabe na sua maior parte muçulmana, embora também existam árabes cristãos, circassianos e drusos. É política oficial a preservação do caráter judaico do Estado, embora as leis garantam completa liberdade de culto. Em 2006, dos 7,0 milhões de habitantes de Israel, 81% eram Judeus ou de outra origem étnica, enquanto 19% eram Árabes. Em termos religiosos, 77% eram judeus, 16% eram Muçulmanos, 4% eram cristãos, 2% eram Druzos - o resto da população não foi classificado por religião. De entre os judeus, 63% tinham nascido em Israel, 27% eram imigrantes oriundos da Europa e da América, 10% eram imigrantes da Ásia e África (incluindo países árabes). Em Israel vivem também aproximadamente 300 mil imigrantes não-judeus, de várias origens, que vieram como trabalhadores temporários.
Israel tem duas línguas oficiais: o hebraico e o árabe. Dentre estas a dominante é o hebraico, que sobreviveu em grande parte como língua litúrgica e de erudição desde a expulsão dos judeus da Palestina pelos romanos, no início da Era Cristã, mas foi reavivado como idioma do dia-a-dia no século XIX em grande parte graças aos esforços de Eliezer Ben Yehuda. Judeu da Europa Oriental, Ben Yehuda fixou-se na Palestina em 1881, onde procedeu a um trabalho de divulgação do hebraico moderno nas escolas. Foi co-fundador do Comitê da Língua Hebraica e compilou o primeiro dicionário de hebraico. O hebraico é a língua primária e a principal do Estado e é falada pela maioria da população.
O árabe é falado pela minoria árabe, drusos e por alguns membros da comunidade judaica mizrahi. O inglês é estudado na escola e é falado pela maioria da população como segunda língua. O árabe costuma ser matéria eletiva em muitas escolas.
A língua russa é falada como primeira língua por aproximadamente um milhão de cidadãos e é amplamente representada na mídia, graças ao grande número de imigrantes russos. O inglês, língua oficial da administração britânica durante a era do Mandato da Palestina, continua sendo utilizado em alguns contextos, por exemplo, na moeda, nas placas rodoviárias, nas instruções de farmacêutica, em conjunto com os idiomas oficiais. O inglês é também a língua estrangeira mais estudada. As línguas judaicas iídiche e ladino são oficialmente conservados de acordo com a lei de conservação destas línguas, porém faladas por poucas pessoas.
Outras línguas faladas em Israel incluem romeno, polonês, francês, português, italiano, espanhol, neerlandês, alemão, amárico e persa, mais uma vez graças ao grande número de imigrantes que compõem a população israelense. Programas populares de televisão norte-americanos e europeus são apresentados de forma comum. Jornais podem ser encontrados em todas as línguas listadas acima bem como outras.
Existem três religiões principais praticadas em Israel: Judaísmo, Cristianismo, e Islamismo. Existem ainda minorias de Druzos, Circassianos, Baha'i, entre outros. O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida.
A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá: Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.
Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o menorá, candelabro com sete braços. Segundo dados do governo de Israel, 4,5% da população judaica de Israel são judeus haredim (habitualmente designados como "ultraortodoxos") e 13% de ortodoxos. A outra parte leva uma vida secular, observando algumas das tradições e festas do judaísmo. Por concentrar os locais sagrados das três grandes religiões monoteístas do mundo, Israel conserva a liberdade religiosa, permitindo aos peregrinos de todo o mundo o livre acesso aos seus locais santos.
Com tantas diferenças sociais, culturais, ideológicas e outros tantos conflitos religiosos a pátria judia enfrenta desde a sua fundação perseguições por parte de outras pátrias de origem árabe e enfrenta com revide e rancor as provocações do povo palestino. Relatos recentes afirmam que, para cada judeu morto em conflitos com os árabes mulçumanos Israel mata 100 palestinos através de maciços ataques de suas forças militares que são apoiadas por várias nações, inclusive os Estados Unidos da América. Na página do lado, falamos sobre a Palestina e alguns de seus preceitos de existência; após ler os dois artigos, alguns acharão que Israel age em legítima defesa e outros que a Palestina é quem sai prejudicada após tantos ataques desproporcionais, mas no meu ponto de vista, falta nascer um punhado de homens que se façam ouvir, para que ambos os povos percebam a ignorância, a truculência e a estupidez de brigarem por séculos por um propósito que atualmente nem eles mesmos sabem o porquê!
Prêmios Nobel da Paz já foram distribuídos entre líderes de ambos os lados e a recompensa por tudo isso é mais mortos, mais feridos e mais ódio, ou seja; árabes e judeus deveriam se limitar as dedicações religiosas em seus templos e transformarem juntos, uma terra improdutiva e estéril em uma terra de prosperidade e rica em todos os detalhes.
A Palestina precisa reconhecer Israel como nação, da mesma forma que os israelenses precisam se mobilizar para que a criação do Estado Palestino saia do papel e se torna uma esperança de paz no futuro; com isso, lucra-se toda a humanidade!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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