QUANTO VALE O SEU DINHEIRO?
Em data recente, quando a bolha imobiliária estadunidense explodiu, eu comparei a “velha economia mercantilista tradicional” a uma prostituta feia e arrogante, daquelas que ainda pensa ser uma ninfeta linda que atrai apenas pelo olhar. A economia prostituída é maravilhosa para alguns e algoz para outros, resta-nos saber em qual lado estamos participando para encontrarmos o êxtase ou a revulsão.
Por mais que queira me afirmar que existe dinheiro virtual eu reafirmo ser impossível; todo dinheiro deve e tem que ser físico ou então seria um pandemônio se cada nação pudesse produzir o quão necessário para saldar seus débitos de desejos e devaneios; imaginemos se jogássemos em todos os cassinos de Monte Carlo e cada vez que perdêssemos pudéssemos produzir mais dinheiro para apostar até ganhar? As companhias mercantilistas são da mesma forma e agem quase da mesma maneira que as nações; elas necessitam produzir, terem compradores para seus produtos e fecharem seus balanços com crédito ou débito. Tais operações continuadas, associadas aos seus patrimônios é o que determina seus valores no mercado. Muitas vezes estes valores são maquiados para que outros interessados possam se deslumbrar com algo inexistente, como o lucro alto de suas atividades; é mais ou menos o que muita gente grande fez nos últimos 20 anos no mercado financeiro mundial.
Muitos bacanas pelo mundo a fora compraram jatinhos de luxo, mansões, contrataram lindas secretárias e se instalaram em belíssimos escritórios adornados em mármore indiano com vistas para os locais mais caros do planeta; estes bacanas idealizaram fórmulas mágicas tão milagrosas que ofuscavam as histórias de Midas; eles fundaram companhias ou passaram a dirigir velhas e tradicionais empresas, como as do mercado automobilístico, bancos e seguradoras. Milhões de idiotas cegos e famintos por lucro fácil adicionaram o único ingrediente que os bacanas queriam; dinheiro. Da noite para o dia, empresas de médio e grande porte passaram a crescer assustadoramente e suas ações nas bolsas de valores subiram mais do que foguete. Era o início de toda desgraça!
Com mais dinheiro em caixa e com as revistas pagas afirmando que os bacanas eram os reis do planeta, eles começaram a inventar deliberadamente outras fórmulas, e outras, e mais outras, tirando dinheiro daquelas primeiras companhias que estavam abastadas. Tiraram mais dinheiro e a corrente passou por várias mãos até que um dia alguém previu o pior. Era o momento de eles enganarem os acionistas e investidores, maquiando balanços e forjando documentos. A dança da mudança de domínio de mais de 1 trilhão de dólares americanos passou dos tradicionais para os anônimos e sumiu literalmente; a maquiagem das mega indústrias dos sonhos se desfez e quando a máscara caiu, todos puderam observar que no lugar da face de uma ninfeta dadivosa havia uma caveira em putrefação.
O resto desta história todos nós sabemos desde o início de novembro; a velha prostituta se revelou como má e apenas os arruinados se manifestaram; os que ganharam todo este dinheiro dos bacanas, que eram dos trouxas, estes não apareceram e ajudaram a criar o mito de que o dinheiro é virtual.
Eu lembro que até pouquíssimo tempo alguns mercados se diziam infalíveis e inabaláveis como os mercados do petróleo e do aço com seus derivados; quem estava em um destes ramos como a Vale do Rio Doce (Vale) e Petrobras faziam cálculos otimistas e concretos para o futuro; todos imaginavam que elas eram absolutas e infalíveis; ledo engano; bastou o primeiro anuncio de crise para que ambas pusessem freios em todos os investimentos e a Vale cortar contratos com seus principais fornecedores e demitir milhares de trabalhadores; alguns dos mesmos trabalhadores que investiram parte de seus salários em ações da empresa; eles ficam desempregados e com um punhado de ações que hoje não valem muita coisa.
A indústria automobilística mundial estava fazendo mais carros por dia do que nasciam pessoas nas maternidades; o mercado estava tão aquecido que já havia pessoas que ganhavam 50, 100 mil dólares por ano programando a compra de carros jamais almejados como Ferrari e Lótus; tal fenômeno, o do crédito fácil e aparentemente barato, colocavam os comuns no rol dos poderosos. Era a mesma fórmula da bolha imobiliária; deixe sua casa velha e inútil e compre uma mansão em suaves prestações, se não puder honrar suas dívidas, peça mais dinheiro emprestado para pagar o empréstimo e assim sucessivamente. O resultado disso tudo foi: queda interminável do preço dos imóveis, do petróleo, do aço, alta dos juros para crédito, bolsas do mundo inteiro quebrando e quem de fato possui o dinheiro, estes o guardam debaixo dos colchões até que a poeira se acalme, para que tudo volte ao normal e o mesmo ciclo se repita.
No início do ano, com o dólar baixo em relação ao Real, houve uma corrida pelas viagens internacionais, compra de importados de modo geral e mesmo aqueles que dependem das exportações e que torciam pela recuperação da moeda americana, comemoravam o alto consumo interno; o Governo vibrava com os impostos surgindo como erva daninha no jardim e o povo, este pobre povo, esquecia de fazer o dever de casa: consumir moderadamente e poupar para quando chegassem os ventos da morte. De modo diferente que nos EUA, existem milhares de brasileiros com carrões de luxo, apartamentos de cobertura, relógios Rolex nos pulsos e ternos Armani no armário, mas devendo até a alma a cartões de crédito, bancos, financeiras, factoring, agiotas, enfim, eles estão devendo a tudo e todos que financiaram seus enleios.
Mas isso tudo, por mais ignorante econômico, o povo sabe muito bem; todos estão sentindo na pele o que é que os “bacanas” fizeram com o mundo e quais conseqüências isso acarretou para o Brasil e para outras pátrias que estavam se reerguendo. Algumas delas, tentam se manter livres desta lástima oferecendo aos amigos o calote, outras, como o Brasil, o líder Mor tenta incentivar mais consumo deliberado para os que não lhes resta mais nada senão o crédito a preço de juros altos e travando uma batalha com seus próprios futuros. O que o Presidente Lula deseja é programar um jogo, mais um jogo onde a sorte e o azar andam lado a lado, de braços dados e cabe a você, a mim, enfim, a todos nós, sabermos se entramos ou não neste jogo.
Quem trabalhou e guardou dinheiro pode se dar ao luxo de agora comprar muitas coisas a vista sem muito esforço e pagando muito menos; nos Estados Unidos, por exemplo, casas que foram compradas por U$ 1 milhão e arrestadas pela célere justiça, hoje estão à venda por menos de U$ 500 mil; no Brasil, quem comprou carros de luxo em fevereiro de 2008 e pagou R$ 115 mil (exemplo de uma camionete desejada), hoje pagará Menos de R$ 80 mil; eu mesmo fui vítima deste mercado louco e avassalador e quase caio pela segunda vez no mesmo ano.
No turismo a coisa não foi diferente; há cerca de 1 ano, era mais vantajoso viajar para fora do Brasil por causa do dólar baixo; um bom hotel 4 estrelas em Miami Beach, em plena Ocean Drive, que me custou U$ 300 a diária, cerca de R$ 450,00 após a conversão, custará em fevereiro próximo U$ 125,00 a diária (fazendo reserva hoje), que após convertido em Real, eu pagaria em preço de hoje cerca de R$ 325,00, ou seja, até eles estão fazendo das tripas coração para não mergulharem na crise; quem comprou o dólar desvalorizado e quer viajar agora, com certeza ainda é mais vantajoso sair do Brasil. O preço de tudo nos EUA despencou em dólar e quem não depende de crédito fará uma verdadeira festa nas Terras do Tio Sam.
Um medíocre automóvel brasileiro alugado numa locadora de porte como a AVIS, custa ao bolso do comum, algo em torno de R$ 200,00 a diária com o seguro incluso; um mega carrão americano TOP de linha custa na mesma AVIS em Miami, cerca de R$ 182,00 a diária com os seguros altos inclusos. Restaurantes, lanchonetes e lojas âncoras também entraram na onda dos descontos para chamar a atenção nos Estados Unidos e Europa, tudo isso para poder contar com a generosidade dos visitantes; mas no Brasil, o que é que estão fazendo para segurar estes consumidores no mercado interno? NADA! Hotéis, locadoras, restaurantes, supermercados, postos de combustíveis, enfim, todos reajustaram seus preços visando lucros exorbitantes e com isso perdem seus clientes para outros destinos fora das “Terras Brasilis”; é a burrice impetrada de forma atroz e desumana.
Uma passagem aérea entre Belo Horizonte e Fortaleza, para depois do Réveillon, final de janeiro de 2009, custará em média R$ 1.500,00 ida e volta; saindo de Belo Horizonte para Miami, ida e volta custa R$ 2.100,00; qual é a mais cara? De Belo Horizonte a Fortaleza são menos de 2 mil km em linha reta, já para Miami, são quase 7 mil km. Uma conta básica poderá elucidar esta questão: para cada km voado de Minas Gerais ao Ceará, ida e volta, você estará pagando R$ 2,40, já para Miami, o passageiro pagará R$ 0,15; isso prova porque Miami recebe pelo menos dez mil vezes mais turistas do que qualquer cidade brasileira em qualquer época do ano.
Eu adoraria ver os hotéis sem vagas, as locadoras sem veículos, os restaurantes abarrotados de gente, as companhias aéreas ganhando rios de dinheiro, tudo isso com o turismo crescendo no Brasil, mas conseguimos perder turistas até para a Argentina, Chile e acreditem; até o Marrocos; todos estes países recebem mais visitantes estrangeiros do que o Brasil, sim porque aqui há um aumento considerável no carnaval, parte do verão e raríssimos eventos de âmbito internacional. Um europeu ou estadunidense de classe média consegue viver melhor do que os que se dizem ricos no Brasil, por um simples motivo: o dinheiro e a economia deles, muito embora esteja em franca queda, ainda são mais confiáveis do que a nossa.
Poderíamos criar regras e cassinos, mas ao invés disso, milhares de abastados brasileiros viajam para Vegas e deixam fortunas por lá; poderíamos criar leis de incentivos e recuperação de hotéis, mas ao invés disso, vemos hotéis fechados ou falindo e eu posso citar uma dúzia rapidamente, por fim, estamos vendo nossa moeda desvalorizar mais uma vez, sendo maquiada para parecer forte e ninguém faz nada ou muda esta questão. Um país onde ser funcionário público e ganhar 2 mil reais ainda é mais atrativo do que pleitear um cargo na iniciativa privada para ganhar 10 vezes mais, somente porque é mais fácil ter o pouco garantido do que correr atrás do muito trabalhoso; isso para mim chama-se PREGUIÇA E BURRICE!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
MEU SITE: www.irregular.com.br
Em data recente, quando a bolha imobiliária estadunidense explodiu, eu comparei a “velha economia mercantilista tradicional” a uma prostituta feia e arrogante, daquelas que ainda pensa ser uma ninfeta linda que atrai apenas pelo olhar. A economia prostituída é maravilhosa para alguns e algoz para outros, resta-nos saber em qual lado estamos participando para encontrarmos o êxtase ou a revulsão.
Por mais que queira me afirmar que existe dinheiro virtual eu reafirmo ser impossível; todo dinheiro deve e tem que ser físico ou então seria um pandemônio se cada nação pudesse produzir o quão necessário para saldar seus débitos de desejos e devaneios; imaginemos se jogássemos em todos os cassinos de Monte Carlo e cada vez que perdêssemos pudéssemos produzir mais dinheiro para apostar até ganhar? As companhias mercantilistas são da mesma forma e agem quase da mesma maneira que as nações; elas necessitam produzir, terem compradores para seus produtos e fecharem seus balanços com crédito ou débito. Tais operações continuadas, associadas aos seus patrimônios é o que determina seus valores no mercado. Muitas vezes estes valores são maquiados para que outros interessados possam se deslumbrar com algo inexistente, como o lucro alto de suas atividades; é mais ou menos o que muita gente grande fez nos últimos 20 anos no mercado financeiro mundial.
Muitos bacanas pelo mundo a fora compraram jatinhos de luxo, mansões, contrataram lindas secretárias e se instalaram em belíssimos escritórios adornados em mármore indiano com vistas para os locais mais caros do planeta; estes bacanas idealizaram fórmulas mágicas tão milagrosas que ofuscavam as histórias de Midas; eles fundaram companhias ou passaram a dirigir velhas e tradicionais empresas, como as do mercado automobilístico, bancos e seguradoras. Milhões de idiotas cegos e famintos por lucro fácil adicionaram o único ingrediente que os bacanas queriam; dinheiro. Da noite para o dia, empresas de médio e grande porte passaram a crescer assustadoramente e suas ações nas bolsas de valores subiram mais do que foguete. Era o início de toda desgraça!
Com mais dinheiro em caixa e com as revistas pagas afirmando que os bacanas eram os reis do planeta, eles começaram a inventar deliberadamente outras fórmulas, e outras, e mais outras, tirando dinheiro daquelas primeiras companhias que estavam abastadas. Tiraram mais dinheiro e a corrente passou por várias mãos até que um dia alguém previu o pior. Era o momento de eles enganarem os acionistas e investidores, maquiando balanços e forjando documentos. A dança da mudança de domínio de mais de 1 trilhão de dólares americanos passou dos tradicionais para os anônimos e sumiu literalmente; a maquiagem das mega indústrias dos sonhos se desfez e quando a máscara caiu, todos puderam observar que no lugar da face de uma ninfeta dadivosa havia uma caveira em putrefação.
O resto desta história todos nós sabemos desde o início de novembro; a velha prostituta se revelou como má e apenas os arruinados se manifestaram; os que ganharam todo este dinheiro dos bacanas, que eram dos trouxas, estes não apareceram e ajudaram a criar o mito de que o dinheiro é virtual.
Eu lembro que até pouquíssimo tempo alguns mercados se diziam infalíveis e inabaláveis como os mercados do petróleo e do aço com seus derivados; quem estava em um destes ramos como a Vale do Rio Doce (Vale) e Petrobras faziam cálculos otimistas e concretos para o futuro; todos imaginavam que elas eram absolutas e infalíveis; ledo engano; bastou o primeiro anuncio de crise para que ambas pusessem freios em todos os investimentos e a Vale cortar contratos com seus principais fornecedores e demitir milhares de trabalhadores; alguns dos mesmos trabalhadores que investiram parte de seus salários em ações da empresa; eles ficam desempregados e com um punhado de ações que hoje não valem muita coisa.
A indústria automobilística mundial estava fazendo mais carros por dia do que nasciam pessoas nas maternidades; o mercado estava tão aquecido que já havia pessoas que ganhavam 50, 100 mil dólares por ano programando a compra de carros jamais almejados como Ferrari e Lótus; tal fenômeno, o do crédito fácil e aparentemente barato, colocavam os comuns no rol dos poderosos. Era a mesma fórmula da bolha imobiliária; deixe sua casa velha e inútil e compre uma mansão em suaves prestações, se não puder honrar suas dívidas, peça mais dinheiro emprestado para pagar o empréstimo e assim sucessivamente. O resultado disso tudo foi: queda interminável do preço dos imóveis, do petróleo, do aço, alta dos juros para crédito, bolsas do mundo inteiro quebrando e quem de fato possui o dinheiro, estes o guardam debaixo dos colchões até que a poeira se acalme, para que tudo volte ao normal e o mesmo ciclo se repita.
No início do ano, com o dólar baixo em relação ao Real, houve uma corrida pelas viagens internacionais, compra de importados de modo geral e mesmo aqueles que dependem das exportações e que torciam pela recuperação da moeda americana, comemoravam o alto consumo interno; o Governo vibrava com os impostos surgindo como erva daninha no jardim e o povo, este pobre povo, esquecia de fazer o dever de casa: consumir moderadamente e poupar para quando chegassem os ventos da morte. De modo diferente que nos EUA, existem milhares de brasileiros com carrões de luxo, apartamentos de cobertura, relógios Rolex nos pulsos e ternos Armani no armário, mas devendo até a alma a cartões de crédito, bancos, financeiras, factoring, agiotas, enfim, eles estão devendo a tudo e todos que financiaram seus enleios.
Mas isso tudo, por mais ignorante econômico, o povo sabe muito bem; todos estão sentindo na pele o que é que os “bacanas” fizeram com o mundo e quais conseqüências isso acarretou para o Brasil e para outras pátrias que estavam se reerguendo. Algumas delas, tentam se manter livres desta lástima oferecendo aos amigos o calote, outras, como o Brasil, o líder Mor tenta incentivar mais consumo deliberado para os que não lhes resta mais nada senão o crédito a preço de juros altos e travando uma batalha com seus próprios futuros. O que o Presidente Lula deseja é programar um jogo, mais um jogo onde a sorte e o azar andam lado a lado, de braços dados e cabe a você, a mim, enfim, a todos nós, sabermos se entramos ou não neste jogo.
Quem trabalhou e guardou dinheiro pode se dar ao luxo de agora comprar muitas coisas a vista sem muito esforço e pagando muito menos; nos Estados Unidos, por exemplo, casas que foram compradas por U$ 1 milhão e arrestadas pela célere justiça, hoje estão à venda por menos de U$ 500 mil; no Brasil, quem comprou carros de luxo em fevereiro de 2008 e pagou R$ 115 mil (exemplo de uma camionete desejada), hoje pagará Menos de R$ 80 mil; eu mesmo fui vítima deste mercado louco e avassalador e quase caio pela segunda vez no mesmo ano.
No turismo a coisa não foi diferente; há cerca de 1 ano, era mais vantajoso viajar para fora do Brasil por causa do dólar baixo; um bom hotel 4 estrelas em Miami Beach, em plena Ocean Drive, que me custou U$ 300 a diária, cerca de R$ 450,00 após a conversão, custará em fevereiro próximo U$ 125,00 a diária (fazendo reserva hoje), que após convertido em Real, eu pagaria em preço de hoje cerca de R$ 325,00, ou seja, até eles estão fazendo das tripas coração para não mergulharem na crise; quem comprou o dólar desvalorizado e quer viajar agora, com certeza ainda é mais vantajoso sair do Brasil. O preço de tudo nos EUA despencou em dólar e quem não depende de crédito fará uma verdadeira festa nas Terras do Tio Sam.
Um medíocre automóvel brasileiro alugado numa locadora de porte como a AVIS, custa ao bolso do comum, algo em torno de R$ 200,00 a diária com o seguro incluso; um mega carrão americano TOP de linha custa na mesma AVIS em Miami, cerca de R$ 182,00 a diária com os seguros altos inclusos. Restaurantes, lanchonetes e lojas âncoras também entraram na onda dos descontos para chamar a atenção nos Estados Unidos e Europa, tudo isso para poder contar com a generosidade dos visitantes; mas no Brasil, o que é que estão fazendo para segurar estes consumidores no mercado interno? NADA! Hotéis, locadoras, restaurantes, supermercados, postos de combustíveis, enfim, todos reajustaram seus preços visando lucros exorbitantes e com isso perdem seus clientes para outros destinos fora das “Terras Brasilis”; é a burrice impetrada de forma atroz e desumana.
Uma passagem aérea entre Belo Horizonte e Fortaleza, para depois do Réveillon, final de janeiro de 2009, custará em média R$ 1.500,00 ida e volta; saindo de Belo Horizonte para Miami, ida e volta custa R$ 2.100,00; qual é a mais cara? De Belo Horizonte a Fortaleza são menos de 2 mil km em linha reta, já para Miami, são quase 7 mil km. Uma conta básica poderá elucidar esta questão: para cada km voado de Minas Gerais ao Ceará, ida e volta, você estará pagando R$ 2,40, já para Miami, o passageiro pagará R$ 0,15; isso prova porque Miami recebe pelo menos dez mil vezes mais turistas do que qualquer cidade brasileira em qualquer época do ano.
Eu adoraria ver os hotéis sem vagas, as locadoras sem veículos, os restaurantes abarrotados de gente, as companhias aéreas ganhando rios de dinheiro, tudo isso com o turismo crescendo no Brasil, mas conseguimos perder turistas até para a Argentina, Chile e acreditem; até o Marrocos; todos estes países recebem mais visitantes estrangeiros do que o Brasil, sim porque aqui há um aumento considerável no carnaval, parte do verão e raríssimos eventos de âmbito internacional. Um europeu ou estadunidense de classe média consegue viver melhor do que os que se dizem ricos no Brasil, por um simples motivo: o dinheiro e a economia deles, muito embora esteja em franca queda, ainda são mais confiáveis do que a nossa.
Poderíamos criar regras e cassinos, mas ao invés disso, milhares de abastados brasileiros viajam para Vegas e deixam fortunas por lá; poderíamos criar leis de incentivos e recuperação de hotéis, mas ao invés disso, vemos hotéis fechados ou falindo e eu posso citar uma dúzia rapidamente, por fim, estamos vendo nossa moeda desvalorizar mais uma vez, sendo maquiada para parecer forte e ninguém faz nada ou muda esta questão. Um país onde ser funcionário público e ganhar 2 mil reais ainda é mais atrativo do que pleitear um cargo na iniciativa privada para ganhar 10 vezes mais, somente porque é mais fácil ter o pouco garantido do que correr atrás do muito trabalhoso; isso para mim chama-se PREGUIÇA E BURRICE!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
MEU SITE: www.irregular.com.br