ESCREVER BEM
O Recanto das Letras é um site democrático. Qualquer cidadão que gostar de escrever pode aqui postar os seus textos de forma simples e rápida. Esse foi um dos motivos pelos quais eu me encantei com este espaço.
Ocorre que muita gente não gosta de escrever e isso é ruim. Não gostar de escrever significa, entre outras coisas, pouco ou quase nada de interesse pela leitura. E ler é coisa que abre o universo. Faz-nos enxergar com os olhos dos outros, enriquece, encanta, delicia. Quanto mais variado o número de autores que se lê, melhor. O mesmo se dá com os estilos de leitura.
Como Pedagoga e professora de Língua Portuguesa, tenho procurado incentivar meus alunos para a leitura e escrita. Como sou apaixonada pela arte de escrever, não posso aceitar passivamente ouvir deles que “português é a pior matéria”.
Escrever bem é mais fácil do que se imagina. Escrever é um dom. Poetas e literatos que o digam. Mas esse dom, mesmo sendo nato, pode e deve ser trabalhado. Ninguém que se ache possuidor de um dom deve pensar que apenas isso basta. Qualquer pessoa, por mais simples que seja, pode escrever alguma coisa, sem ser um expert em literatura.
Talento conta (e muito), mas dedicar-se ao estudo de algumas regras básicas com persistência e determinação, farão com que qualquer iniciante e/ou aprendiz, não faça feio nesse e em outros sites onde o interesse maior é a escrita.
Tenho cerca de 15.000 leitores nesse site. Nunca informei a ninguém que postei poema novo ou fiz qualquer outro tipo de “propaganda” do que escrevo, visando atrair leitores para os meus textos. Recebo muito esse tipo de “aviso” e não critico quem os faça. Mas meus leitores chegam espontaneamente. O que escrevo deve tocar-lhes a alma, ou deve provocar em muitos deles recordações de alguma experiência gratificante que viveram. Muitos até relatam isso em seus comentários.
Qual o segredo dessa empatia com os leitores? Essa regra é muito simples. Sempre que escrevo, procuro ter em mente a imagem do leitor para o qual estou escrevendo. Nesse artigo, por exemplo, estou escrevendo para alguém que gosta de escrever, posta seus textos no site, mas ainda não consegue escrever bem.
A escrita está intrinsecamente ligada à leitura. Uma coisa pressupõe a outra. Escrever sem pensar em alguém que vai ler, pode deixar o seu texto vago, impreciso, desinteressante, genérico demais. Também não se pode “escrever para todos”. Por mais popular que seja um escritor, cada um de seus textos vai atingir a um tipo de leitor. Uns podem chamar mais a atenção, outros menos, mas nenhum deles vai servir a todos, indistintamente. Por isso, é bem mais interessante ter um público alvo de cada vez.
Outra regra básica é não se deixar levar pelo ego. Eu não escrevo para querer mostrar aos outros o quanto sou inteligente. Tudo bem que até posso achar que sou (nem tanto... rs), mas é uma opinião minha e cabe aos leitores tirarem suas próprias conclusões. Ser erudito, ser culto, ser considerado intelectual não faz muito a minha cabeça e nem deve fazer a sua. Querer se mostrar, fazer citações de grandes teóricos, não é o principal para ser convincente.
Seja natural, seja autêntico, conte suas experiências, mesmo aquelas que não tenham sido bem sucedidas. Aprende-se muito com os erros.
Postar em um site de domínio público fará com que suas obras sejam lidas e comentadas. Ao ler e analisar cada comentário tenha bom senso, tenha humildade. Responda a cada pessoa com um agradecimento, procure se valer das críticas para o seu crescimento, enquanto pessoa e enquanto escritor. Pesquise, veja se a crítica está correta, se tem fundamento, retorne o comentário, discuta, dialogue. Nunca de forma ofensiva. Se a pessoa aceitar a sua réplica, ótimo. Caso contrario, tire você mesmo suas conclusões.
Outra dica que posso dar é: reescreva sempre os seus textos. Mesmo as minhas postagens mais antigas, vira e mexe eu uso o recurso de editá-las novamente. Releio, encontro erros que não observei na época (na maioria das vezes posto os meus textos de forma direta), mudo uma ou outra palavra, elimino frases, troco a ordem dos parágrafos, enfim, refaço cada uma delas num processo contínuo, pois nunca as considero “prontas”.
Nesse processo, observo o estilo, a concordância, se usei palavras repetidas, se o texto é coerente. Cuido das vírgulas, da acentuação e da ortografia. Esse é um requisito que considero muito importante. Quem escreve deve escrever certo. Mesmo sendo professora, nossa língua portuguesa confunde. É difícil para quem sabe, quanto mais para quem não sabe.
Vai aqui mais uma dica: sempre que escrevo, deixo aberta a página do dicionário online. Tenho alguma dúvida sobre como se escreve uma palavra? Recorro a ele. Maravilhoso recurso que a tecnologia nos oferece.
Resumindo: para escrever não basta apenas ter o dom. A inspiração surge do nada. Meus primeiros rascunhos são frutos dos momentos mágicos de inspiração. Costumo deixá-los “de molho” nas páginas do Recanto. Um dia, um mês, dois... o tempo que for necessário. Na hora oportuna, eu os reviso. Mesmo assim, nunca os considero prontos. Um dia, mais tarde, dependendo do meu estado de espírito, eu ainda posso querer mudá-los. A sociedade muda, as pessoas mudam, porque eles não mudariam?
Escrevam o que vier à tona, guardem, revisem (e ao revisar se aprofundem nos estudos de regras básicas gramaticais), debatam, troquem idéias e leiam... leiam muito (tem uma infinidade de bons autores no site e fora dele).
Somente assim um dia irão se considerar melhores (prontos nunca!).
O Recanto das Letras é um site democrático. Qualquer cidadão que gostar de escrever pode aqui postar os seus textos de forma simples e rápida. Esse foi um dos motivos pelos quais eu me encantei com este espaço.
Ocorre que muita gente não gosta de escrever e isso é ruim. Não gostar de escrever significa, entre outras coisas, pouco ou quase nada de interesse pela leitura. E ler é coisa que abre o universo. Faz-nos enxergar com os olhos dos outros, enriquece, encanta, delicia. Quanto mais variado o número de autores que se lê, melhor. O mesmo se dá com os estilos de leitura.
Como Pedagoga e professora de Língua Portuguesa, tenho procurado incentivar meus alunos para a leitura e escrita. Como sou apaixonada pela arte de escrever, não posso aceitar passivamente ouvir deles que “português é a pior matéria”.
Escrever bem é mais fácil do que se imagina. Escrever é um dom. Poetas e literatos que o digam. Mas esse dom, mesmo sendo nato, pode e deve ser trabalhado. Ninguém que se ache possuidor de um dom deve pensar que apenas isso basta. Qualquer pessoa, por mais simples que seja, pode escrever alguma coisa, sem ser um expert em literatura.
Talento conta (e muito), mas dedicar-se ao estudo de algumas regras básicas com persistência e determinação, farão com que qualquer iniciante e/ou aprendiz, não faça feio nesse e em outros sites onde o interesse maior é a escrita.
Tenho cerca de 15.000 leitores nesse site. Nunca informei a ninguém que postei poema novo ou fiz qualquer outro tipo de “propaganda” do que escrevo, visando atrair leitores para os meus textos. Recebo muito esse tipo de “aviso” e não critico quem os faça. Mas meus leitores chegam espontaneamente. O que escrevo deve tocar-lhes a alma, ou deve provocar em muitos deles recordações de alguma experiência gratificante que viveram. Muitos até relatam isso em seus comentários.
Qual o segredo dessa empatia com os leitores? Essa regra é muito simples. Sempre que escrevo, procuro ter em mente a imagem do leitor para o qual estou escrevendo. Nesse artigo, por exemplo, estou escrevendo para alguém que gosta de escrever, posta seus textos no site, mas ainda não consegue escrever bem.
A escrita está intrinsecamente ligada à leitura. Uma coisa pressupõe a outra. Escrever sem pensar em alguém que vai ler, pode deixar o seu texto vago, impreciso, desinteressante, genérico demais. Também não se pode “escrever para todos”. Por mais popular que seja um escritor, cada um de seus textos vai atingir a um tipo de leitor. Uns podem chamar mais a atenção, outros menos, mas nenhum deles vai servir a todos, indistintamente. Por isso, é bem mais interessante ter um público alvo de cada vez.
Outra regra básica é não se deixar levar pelo ego. Eu não escrevo para querer mostrar aos outros o quanto sou inteligente. Tudo bem que até posso achar que sou (nem tanto... rs), mas é uma opinião minha e cabe aos leitores tirarem suas próprias conclusões. Ser erudito, ser culto, ser considerado intelectual não faz muito a minha cabeça e nem deve fazer a sua. Querer se mostrar, fazer citações de grandes teóricos, não é o principal para ser convincente.
Seja natural, seja autêntico, conte suas experiências, mesmo aquelas que não tenham sido bem sucedidas. Aprende-se muito com os erros.
Postar em um site de domínio público fará com que suas obras sejam lidas e comentadas. Ao ler e analisar cada comentário tenha bom senso, tenha humildade. Responda a cada pessoa com um agradecimento, procure se valer das críticas para o seu crescimento, enquanto pessoa e enquanto escritor. Pesquise, veja se a crítica está correta, se tem fundamento, retorne o comentário, discuta, dialogue. Nunca de forma ofensiva. Se a pessoa aceitar a sua réplica, ótimo. Caso contrario, tire você mesmo suas conclusões.
Outra dica que posso dar é: reescreva sempre os seus textos. Mesmo as minhas postagens mais antigas, vira e mexe eu uso o recurso de editá-las novamente. Releio, encontro erros que não observei na época (na maioria das vezes posto os meus textos de forma direta), mudo uma ou outra palavra, elimino frases, troco a ordem dos parágrafos, enfim, refaço cada uma delas num processo contínuo, pois nunca as considero “prontas”.
Nesse processo, observo o estilo, a concordância, se usei palavras repetidas, se o texto é coerente. Cuido das vírgulas, da acentuação e da ortografia. Esse é um requisito que considero muito importante. Quem escreve deve escrever certo. Mesmo sendo professora, nossa língua portuguesa confunde. É difícil para quem sabe, quanto mais para quem não sabe.
Vai aqui mais uma dica: sempre que escrevo, deixo aberta a página do dicionário online. Tenho alguma dúvida sobre como se escreve uma palavra? Recorro a ele. Maravilhoso recurso que a tecnologia nos oferece.
Resumindo: para escrever não basta apenas ter o dom. A inspiração surge do nada. Meus primeiros rascunhos são frutos dos momentos mágicos de inspiração. Costumo deixá-los “de molho” nas páginas do Recanto. Um dia, um mês, dois... o tempo que for necessário. Na hora oportuna, eu os reviso. Mesmo assim, nunca os considero prontos. Um dia, mais tarde, dependendo do meu estado de espírito, eu ainda posso querer mudá-los. A sociedade muda, as pessoas mudam, porque eles não mudariam?
Escrevam o que vier à tona, guardem, revisem (e ao revisar se aprofundem nos estudos de regras básicas gramaticais), debatam, troquem idéias e leiam... leiam muito (tem uma infinidade de bons autores no site e fora dele).
Somente assim um dia irão se considerar melhores (prontos nunca!).