Houve uma época em que enveredei pelos caminhos da política de esquerda quando eu até quis ser um revolucionário; naquela época muitos nomes eram citados como sendo pessoas que brigavam por um ideal; estes nomes eram mitos que nós brasileiros não tínhamos condições de conhecê-los pessoalmente, somente raríssimos casos podiam ter a oportunidade de estarem próximos de gente como Fidel Castro. Exércitos guardavam estes nomes mitológicos modernos, mas existiam também aqueles que os exércitos os queriam a qualquer preço, caso específico de CARLOS O CHACAL.
Por mais que eu leia os livros históricos jamais compreenderei verdadeiramente a história e os objetivos de Carlos, o Chacal. Nada de sua vida é concretamente verdadeiro e seus objetivos, por mais que os rotulem como obra mercenária jamais saberá ao certo o que de fato se passou e se passa na cabeça deste guerreiro maléfico que está preso na França. E para tentar elucidar alguns destes fatos que hoje escrevo sobre ele, o mito que está preso e que jamais disse nada além daquilo que a história já sabe.
Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal, nasceu em Caracas, 12 de Outubro de 1949; é um autodenominado revolucionário de esquerda e mercenário. Sua alcunha foi-lhe dada pela imprensa depois que foi encontrada no seu quarto de Hotel, após o assassinato de dois policiais, uma cópia da novela de Frederick Forsyth “O Dia do Chacal".
Em 1975, leva a cabo um dos mais espetaculares atos terroristas: seqüestrou onze ministros de países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que estavam reunidos em Viena, Áustria. Acabam por morrer três pessoas. Nas décadas de 70 e 80, era o homem mais procurado do mundo, por todos os serviços secretos ocidentais. Chegaram a anunciar o preço de U$ 10 milhões na época, algo como sendo ainda mais valorizado do que Osama Bin Laden em dias atuais.
Nascido na Venezuela, filho de um advogado venezuelano comunista, preferência ideológica evidente na escolha dos prenomes de seus três filhos: Vladimir, Ilich e Lenine, referentes ao líder bolchevique russo, Lênin (cujo nome original é Vladimir Ilyich Ulyanov). Carlos estudou numa escola de Caracas e juntou-se ao movimento da juventude comunista em 1959. Ele fala fluentemente espanhol, árabe, russo, inglês e francês, chinês e japonês.
Em 1966, após o divórcio dos seus pais, foi com a mãe e o seu irmão para Londres para continuar os seus estudos na faculdade de Stafford House Tutorial em Kensington. Em 1968 seu pai tentou levá-lo para universidade de Sorbonne, mas ele foi para a universidade de Patrice Lumumba em Moscovo, de onde foi expulso em 1970. Em 1973, com 24 anos, ingressa na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), onde assassinou Joseph Shieff, presidente da Marks & Spencer e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda, com um tiro na cabeça em Londres, Inglaterra. Em 1975, executou o seqüestro que lhe deu fama mundialmente: seqüestrou onze ministros de países-membros da OPEP, que estavam reunidos em Viena, Áustria. O incidente que acabou com a morte de três pessoas e sua fuga.
O ataque aos membros da OPEP foi apenas o início, já que os ataques sucedeu-se; Carlos lança um granada contra um banco israelita em Londres, duas bombas numa farmácia em Paris, atentados contra aviões de Israel estacionados no Aeroporto de Orly, ataque contra um comboio de passageiros que ia de Paris para Toulouse, onde era suposto ir o Presidente francês, Jacques Chirac. Em todas estas ações, ele sempre conseguia fugir das polícias secretas.
Carlos, o "Chacal", era naquele momento o "inimigo público", o mais procurado do mundo, pelas principais policias secretas e exércitos. Ao contrário de Bin Laden, ele participava pessoalmente nas ações, onde ele era o responsável por tudo, apenas tinha colaboradores que o ajudavam. Quanto aos colaboradores de Carlos, a lista é igualmente extensa, suspeitando-se que tenha colaborado com os regimes líbio de Muammar al-Caddafi, iraquiano de Saddam Hussein, sírio de Hafez al-Assad, cubano de Fidel Castro, e ainda com vários países do Leste Europeu, as Brigadas Vermelhas da Itália ou o movimento M19 da Colômbia.
Sua retirada de ação não é muito clara, visto que por várias vezes a CIA, a DST (Direction de la Surveillance du Territoire) e o MOSSAD tentaram, em vão, neutralizar suas ações ao longo dos anos. Considera-se que com o fim da Guerra Fria, no início da década de 90, a falta de oferta de ações e a sua já debilitada saúde fizeram com que ele se retirasse da vida de terrorista, passando por uma série de países em busca de exílio até fixar-se no Sudão, mas não há um consenso a respeito do porque da sua inatividade de fim dos anos 80 ao inicio dos anos 90.
Até pouco tempo antes de sua prisão mal se sabia onde ele havia nascido; alguns diziam que o Chacal era uruguaio, outros afirmavam ser cubano e algumas revistas chegaram a publicar textos como sendo o Chacal um cidadão espanhol. No livro “Le Chacal” de Laurence Spill, o autor afirma que as operações que Carlos encabeçava ele cobrava mais de 5 milhões de dólares para matar alguém. Um relato do livro um amigo do autor que conviveu pouco tempo com Carlos, um dia lhe perguntou se alguém sem muita importância valeria menos? Carlos teria sido enfático ao afirmar que todas as mortes que ele provocou não teriam nenhuma importância pessoal; na versão do Chacal, toda morte tinha alguma importância para o contratante e era por agir daquela forma que ele virou um mito.
Carlos, o Chacal trabalhava praticamente sozinho e raramente alguém o viu solicitando algum tipo de ajuda; ganhava muito para poder agir e matar pessoas e por ter trabalhado para ícones da política mundial, teve acesso ao que havia de melhor em armas, carros, casas, bombas e equipamentos de contra-espionagem. Teve em seu poder mais de 100 passaportes verdadeiros com nomes e características diferentes, portanto, entrava e saia de qualquer país sem sequer ser notado. Muitas vezes, uma legião de policiais o estavam caçando num lugar enquanto ele se encontrava em segurança absoluta em outro completamente diferente.
Em 14 de Agosto de 1994, durante o seu internamento numa clínica em Cartum (capital do Sudão) para uma operação nos testículos, centenas de cabeças pensantes de algumas das polícias mais secretas do mundo a serviço da França, organizaram uma operação de guerra em total silêncio para capturar o homem mais procurado do planeta; Carlos foi adormecido com anestesia geral, traído por seus companheiro e seqüestrado, sendo conduzido ao aeroporto e colocado num jato do Governo francês, com destino a uma das cadeias de alta segurança dos arredores de Paris.
Não são ainda claras as circunstâncias que levaram o governo do Sudão, um dos países que figurava na lista negra norte-americana dos Estados apoiadores do terrorismo, a entregar Carlos à DST e nem se a operação foi realmente da DST, do governo do Sudão ou se aconteceu em cooperação com outros serviços internacionais, o que se presume mesmo é que quem quer que tenha o traído recebeu a soma milionária para facilitar a operação.
Mais tarde, já durante o seu julgamento pela morte de dois polícias da DST e um denunciante palestino, Carlos nunca mostrou arrependimento pelos ataques que perpetrou; logo na primeira audiência, questionado pelo presidente do tribunal acerca da sua profissão, respondeu: "Sou um revolucionário profissional na velha tradição leninista." A 23 de Dezembro de 1997 recebeu a sentença de prisão perpétua onde permanece preso até hoje.
Durante o seu julgamento, Carlos foi defendido por vários advogados, o principal deles foi o advogado francês Jacques Vergès, retratado no filme O Advogado do Terror (2007), ele figura no filme numa entrevista dada por telefone da prisão. Outro detalhe apresentado no filme foi o seu relacionamento com a fotógrafa e terrorista alemã Magdalena Cecilina Kopp, com quem teve uma filha. Sua filha encontra-se em local desconhecido, da mesma forma que sua ex-companheira. Relatos recentes da CIA e do MOSSAD vazaram e alguns documentos foram publicados em que informam de ambas são moradoras de Havana em Cuba, protegidas pelo regime de Fidel e Raul Castro.
Ilich Ramírez Sánchez, ou Carlos o Chacal, passará o resto de sua vida na prisão francesa. Em 2009 ele completará 60 anos de idade; muito embora com pouca idade, sua saúde está comprometida e seus antigos amigos já lhe esqueceram; seus antigos patrocinadores já não fazem o mesmo sucesso ou estão quase mortos; a história poucas vezes falou com mais afinco deste venezuelano, mas com certeza, esta figura que está presa na França, que tanto aterrorizou o mundo com suas histórias, será lembrada pela eternidade e jamais nascerá outro para fazer história similar. É desta forma que nasce, vive e termina um terrorista!
CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES
Meu site: www.irregular.com.br
Por mais que eu leia os livros históricos jamais compreenderei verdadeiramente a história e os objetivos de Carlos, o Chacal. Nada de sua vida é concretamente verdadeiro e seus objetivos, por mais que os rotulem como obra mercenária jamais saberá ao certo o que de fato se passou e se passa na cabeça deste guerreiro maléfico que está preso na França. E para tentar elucidar alguns destes fatos que hoje escrevo sobre ele, o mito que está preso e que jamais disse nada além daquilo que a história já sabe.
Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal, nasceu em Caracas, 12 de Outubro de 1949; é um autodenominado revolucionário de esquerda e mercenário. Sua alcunha foi-lhe dada pela imprensa depois que foi encontrada no seu quarto de Hotel, após o assassinato de dois policiais, uma cópia da novela de Frederick Forsyth “O Dia do Chacal".
Em 1975, leva a cabo um dos mais espetaculares atos terroristas: seqüestrou onze ministros de países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que estavam reunidos em Viena, Áustria. Acabam por morrer três pessoas. Nas décadas de 70 e 80, era o homem mais procurado do mundo, por todos os serviços secretos ocidentais. Chegaram a anunciar o preço de U$ 10 milhões na época, algo como sendo ainda mais valorizado do que Osama Bin Laden em dias atuais.
Nascido na Venezuela, filho de um advogado venezuelano comunista, preferência ideológica evidente na escolha dos prenomes de seus três filhos: Vladimir, Ilich e Lenine, referentes ao líder bolchevique russo, Lênin (cujo nome original é Vladimir Ilyich Ulyanov). Carlos estudou numa escola de Caracas e juntou-se ao movimento da juventude comunista em 1959. Ele fala fluentemente espanhol, árabe, russo, inglês e francês, chinês e japonês.
Em 1966, após o divórcio dos seus pais, foi com a mãe e o seu irmão para Londres para continuar os seus estudos na faculdade de Stafford House Tutorial em Kensington. Em 1968 seu pai tentou levá-lo para universidade de Sorbonne, mas ele foi para a universidade de Patrice Lumumba em Moscovo, de onde foi expulso em 1970. Em 1973, com 24 anos, ingressa na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), onde assassinou Joseph Shieff, presidente da Marks & Spencer e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda, com um tiro na cabeça em Londres, Inglaterra. Em 1975, executou o seqüestro que lhe deu fama mundialmente: seqüestrou onze ministros de países-membros da OPEP, que estavam reunidos em Viena, Áustria. O incidente que acabou com a morte de três pessoas e sua fuga.
O ataque aos membros da OPEP foi apenas o início, já que os ataques sucedeu-se; Carlos lança um granada contra um banco israelita em Londres, duas bombas numa farmácia em Paris, atentados contra aviões de Israel estacionados no Aeroporto de Orly, ataque contra um comboio de passageiros que ia de Paris para Toulouse, onde era suposto ir o Presidente francês, Jacques Chirac. Em todas estas ações, ele sempre conseguia fugir das polícias secretas.
Carlos, o "Chacal", era naquele momento o "inimigo público", o mais procurado do mundo, pelas principais policias secretas e exércitos. Ao contrário de Bin Laden, ele participava pessoalmente nas ações, onde ele era o responsável por tudo, apenas tinha colaboradores que o ajudavam. Quanto aos colaboradores de Carlos, a lista é igualmente extensa, suspeitando-se que tenha colaborado com os regimes líbio de Muammar al-Caddafi, iraquiano de Saddam Hussein, sírio de Hafez al-Assad, cubano de Fidel Castro, e ainda com vários países do Leste Europeu, as Brigadas Vermelhas da Itália ou o movimento M19 da Colômbia.
Sua retirada de ação não é muito clara, visto que por várias vezes a CIA, a DST (Direction de la Surveillance du Territoire) e o MOSSAD tentaram, em vão, neutralizar suas ações ao longo dos anos. Considera-se que com o fim da Guerra Fria, no início da década de 90, a falta de oferta de ações e a sua já debilitada saúde fizeram com que ele se retirasse da vida de terrorista, passando por uma série de países em busca de exílio até fixar-se no Sudão, mas não há um consenso a respeito do porque da sua inatividade de fim dos anos 80 ao inicio dos anos 90.
Até pouco tempo antes de sua prisão mal se sabia onde ele havia nascido; alguns diziam que o Chacal era uruguaio, outros afirmavam ser cubano e algumas revistas chegaram a publicar textos como sendo o Chacal um cidadão espanhol. No livro “Le Chacal” de Laurence Spill, o autor afirma que as operações que Carlos encabeçava ele cobrava mais de 5 milhões de dólares para matar alguém. Um relato do livro um amigo do autor que conviveu pouco tempo com Carlos, um dia lhe perguntou se alguém sem muita importância valeria menos? Carlos teria sido enfático ao afirmar que todas as mortes que ele provocou não teriam nenhuma importância pessoal; na versão do Chacal, toda morte tinha alguma importância para o contratante e era por agir daquela forma que ele virou um mito.
Carlos, o Chacal trabalhava praticamente sozinho e raramente alguém o viu solicitando algum tipo de ajuda; ganhava muito para poder agir e matar pessoas e por ter trabalhado para ícones da política mundial, teve acesso ao que havia de melhor em armas, carros, casas, bombas e equipamentos de contra-espionagem. Teve em seu poder mais de 100 passaportes verdadeiros com nomes e características diferentes, portanto, entrava e saia de qualquer país sem sequer ser notado. Muitas vezes, uma legião de policiais o estavam caçando num lugar enquanto ele se encontrava em segurança absoluta em outro completamente diferente.
Em 14 de Agosto de 1994, durante o seu internamento numa clínica em Cartum (capital do Sudão) para uma operação nos testículos, centenas de cabeças pensantes de algumas das polícias mais secretas do mundo a serviço da França, organizaram uma operação de guerra em total silêncio para capturar o homem mais procurado do planeta; Carlos foi adormecido com anestesia geral, traído por seus companheiro e seqüestrado, sendo conduzido ao aeroporto e colocado num jato do Governo francês, com destino a uma das cadeias de alta segurança dos arredores de Paris.
Não são ainda claras as circunstâncias que levaram o governo do Sudão, um dos países que figurava na lista negra norte-americana dos Estados apoiadores do terrorismo, a entregar Carlos à DST e nem se a operação foi realmente da DST, do governo do Sudão ou se aconteceu em cooperação com outros serviços internacionais, o que se presume mesmo é que quem quer que tenha o traído recebeu a soma milionária para facilitar a operação.
Mais tarde, já durante o seu julgamento pela morte de dois polícias da DST e um denunciante palestino, Carlos nunca mostrou arrependimento pelos ataques que perpetrou; logo na primeira audiência, questionado pelo presidente do tribunal acerca da sua profissão, respondeu: "Sou um revolucionário profissional na velha tradição leninista." A 23 de Dezembro de 1997 recebeu a sentença de prisão perpétua onde permanece preso até hoje.
Durante o seu julgamento, Carlos foi defendido por vários advogados, o principal deles foi o advogado francês Jacques Vergès, retratado no filme O Advogado do Terror (2007), ele figura no filme numa entrevista dada por telefone da prisão. Outro detalhe apresentado no filme foi o seu relacionamento com a fotógrafa e terrorista alemã Magdalena Cecilina Kopp, com quem teve uma filha. Sua filha encontra-se em local desconhecido, da mesma forma que sua ex-companheira. Relatos recentes da CIA e do MOSSAD vazaram e alguns documentos foram publicados em que informam de ambas são moradoras de Havana em Cuba, protegidas pelo regime de Fidel e Raul Castro.
Ilich Ramírez Sánchez, ou Carlos o Chacal, passará o resto de sua vida na prisão francesa. Em 2009 ele completará 60 anos de idade; muito embora com pouca idade, sua saúde está comprometida e seus antigos amigos já lhe esqueceram; seus antigos patrocinadores já não fazem o mesmo sucesso ou estão quase mortos; a história poucas vezes falou com mais afinco deste venezuelano, mas com certeza, esta figura que está presa na França, que tanto aterrorizou o mundo com suas histórias, será lembrada pela eternidade e jamais nascerá outro para fazer história similar. É desta forma que nasce, vive e termina um terrorista!
CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES
Meu site: www.irregular.com.br