A QUESTÃO AMBIENTAL: Antes de qualquer coisa é bom lembrar que só podemos entender a questão ambiental, aqui no Brasil, na forma da onda da globalização neoliberal que vem promovendo uma total perda da soberania nacional sobre a gestão dos seus recursos naturais, coibindo assim a alternativa de projetos de desenvolvimento sustentáveis, aprofundando as desigualdades sociais, dilapidando os recursos naturais, excluindo em grande parte a população do mercado de trabalho, sem que participe dos frutos propiciados pelo avanço da ciência e tecnologia.
Quanto a esta questão, não confundir, por exemplo, efeito estufa, (natural, conceito da Física) com efeito de estufa (aquele provocado pela ação do homem, conceito da geografia). Lembre-se: a última grande conferência sobre o clima se deu em Kyoto, Japão, no ano de 1997, sendo que este ano houve mais um encontro em Bohn no qual ficou claro que alguns países não estão cumprindo suas resoluções. Dois resistentes foram a Austrália e o Japão. O Governo Bush neoliberal de direita não ratificou o acordo de Kyoto mesmo sendo os EUA responsáveis pela emissão de ¼ dos "gases de estufa" do globo. Um capítulo polêmico deste encontro foi à emissão dos gases de estufa, cujas quantidades devem ser reduzidas ao nível de quinze anos atrás. Os Americanos são 100 milhões de carros. Cada americano consome energia para: três suíços, quatro italianos, 160 tanzanianos e 1100 ruandeses. Utilizam 40% dos recursos renováveis do globo sendo que suas fontes de energia são baseadas em combustíveis fósseis: Carvão, Petróleo e Gás Natural.
A questão ambiental é uma questão global, sendo necessária uma ação conjunta de todos os países do globo. As energias carbonadas, petróleo e carvão, principalmente, as queimadas, os gases emitidos pelas fábricas, são causas básicas do efeito de estufa, ilha de calor, chuva ácida e inversão térmica, problemas sérios dos tempos atuais e que reforçam uma de nossas principais contradições. Ela reside no fato de não coadunarmos desenvolvimento científico e questão ambiental. Lembre-se de que, no Brasil, estamos conhecendo sérios retrocessos na legislação ambiental. Os principais são poder reflorestar com eucalípteros e o projeto de desmatamento da Amazônia em fase de discussão. O projeto da bancada ruralista prevê redução da área de preservação dos atuais 80% para 20% na Amazônia e de 35% para 20% no Cerrado Amazônico.
Na quarta conferência mundial sobre o clima, chegou-se a conclusão de que a temperatura da terra deve elevar-se mais 5 graus até 2100. Os gases de estufa proveniente da queima combustíveis fósseis, em especial o petróleo e carvão, faz nossa necessidade de fontes alternativas como a solar, a eólica, a das marés, a dos géiseres ou a de biomassa, que são as fontes da revolução técnicas científica. A agenda 21 é um plano ambicioso que prevê a implantação de um programa de desenvolvimento sustentável para todo o globo para o século XXI. Nela os países X se comprometem destinar 0,7% dos seus PIBs para aplicação neste programa. Por enquanto só mandaram as fábricas que mais poluem. Há uma proposta de crescimento zero não aceita pelos países periféricos uma vez que teriam que estagnar o seu processo de industrialização.
Nas regiões de fronteira agrícola, ou em países de industrialização recente, tais como os tigrinhos asiáticos, é muito comum o uso de queimadas para limpar campos. Estas se dão nos meses mais secos do ano, em áreas de pastagens ou queimam de coivaras, casando acidentes em rodovias, com mortes de pessoas, animais, e sérios problemas respiratórios em cidades circundadas por canaviais, num dos casos mais alarmantes de poluição atmosférica. A escravidão de menores e de armazém é uma constante nas áreas de carvoaria, como as denunciadas na região Centro Oeste e Norte do Brasil. Neste sentido, são também graves as denuncias feitas a China dentro da OMC, já que este país é um paraíso proletário e um dos principais acusados de Dunnping Social. Não se esqueça da escravidão de mulheres no mundo muçulmano e da venda de mulheres chinesas.
ÁGUA: A água potável será um dos recursos mais caros envolvendo custo benefício do século XXI. Sendo assim, os rios internacionais são cada vez mais geoestratégicos, motivando conflitos entre os países envolvidos. Um grande exemplo é a questão do Nilo, ou ainda, as nascentes do rio Jordão, palco das disputas entre árabes e judeus, no Oriente Médio. Nestas regiões, água é, relativamente, mais importante que o petróleo. No Centro Oeste do Brasil, a calagem de solo causa eutrofização de mananciais, constituindo-se em um grave impacto sobre recursos hídricos. Não falta água por falta de chuvas. A grande causa da escassez é o mau uso dos solos agrícolas e urbanos por compactação pelo uso de máquinas e pastoreio ou ainda pela impermeabilidade de área urbana. Fala-se em taxar todo e qualquer uso de água. É necessário racionalizar o uso da água e, em caso extremo, seu racionamento. Quarenta municípios goianos já apresentam problemas crônicos com abastecimento de água. No município de Bom Jesus de Goiás os pivôs de irrigação chegaram a ser paralisados por ordem do ministério público. Todas as grandes cidades do mundo já se ressentem deste recurso, em especial as megacidades dos países periféricos, serão palcos, mais e mais, de disputas por rios que as abastecem e de grandes epidemias. O Nilo e o Níger são dois bons exemplos destas disputas. O Brasil embora tendo a maior reserva de água disponível do globo apresenta regiões em estresse hídrico, menos de 2000 metros cúbicos de água por habitante por ano. Este é o caso de muitas áreas do Nordeste.
ENERGIA: O século XIX foi da máquina a vapor, um motor a combustão externa. O século XX foi do motor a combustão interna. Já o século XXI será da célula de combustível que promete divorciar o automóvel da poluição. Quanto a nossa crise energética, tanto a Petrobrás quanto o setor energético e tudo o que é público no Brasil passaram a sofrer as conseqüências do projeto neoliberal. A receita do FMI foi retirar dinheiro das estatais para equilibrar as contas públicas. O resultado foi que não só a Petrobrás como todo o setor energético sofreram com tais medidas resultando em graves "Acidentes Ecológicos", ameaças, ou até mesmo, apagões. Agora dois setores geoestratégicos estão prontos para serem privatizados. Outros setores como saúde, transporte e educação também estão sucateados. Desta forma os meios de comunicação de massa imperam em suas opiniões. Quanto às fontes de energia, temos que analisá-las em termos de disponibilidade, viabilidade, extração, transporte, armazenamento, distribuição, poluente ou limpa, renovável ou esgotável. Assim, no caso do Brasil, as fontes alternativas, (biomassa, eólica ou solar) assumem uma importância fundamental por ser um país tropical. A energia solar é considerada a fonte energética do século XXI. Na década de 70, houve o fortalecimento da OPEP e OPAEP, (países produtores de petróleo) em reação às sete irmãs (empresas que controlam a distribuição do petróleo no globo e estão em processo de fusões). No mundo, como todos os países buscaram as fontes alternativas como forma de se prevenirem ante as crises do petróleo. Lembre-se do programa Proálcool, da tentativa ineficaz das nucleares que Fernando Henrique acabou por quase desativar. É bom lembrar-se dos erros de projetos, como a represa de Balbina no Amazonas, causando sérios problemas ao meio ambiente. Por estes fatores, a década de 70 é considerada a década da crise energética, além, é claro, da variável social, com baixos salários e repressão militar duríssima. Lembrar da Operação Condor dos militares latino-americanos que trabalharam em conjunto na repressão as forças revolucionárias. Já a década de 80 foi considerada a década da destruição e perdida com problemas ambientais sérios, dentre eles o acidente com o Césio em Goiânia.
Associe fontes de energia ao tipo de transporte adotado em cada país. Desta forma, fica mais fácil entender quais países são mais velozes na produção, como os tigres ou tigrinhos asiáticos, e porque países como o Brasil, Índia, China, Indonésia e Rússia são considerados países baleias, por serem grandes e lentos. O modelo de transporte rodoviário é o mais caro. O ferroviário é muito viável para o Brasil. Lembre-se da Norte-Sul que vai interligar Belém (PA) a Senador Canêdo e começou, este ano, suas obras em Anápolis.
A hidrovia é, sem dúvida, o transporte mais barato, em termos de custo benefício. Recentemente, num total desrespeito a legislação ambiental, barcaças de grande calado resolveram, a revelia, tentar abrir uma hidrovia no rio Araguaia. Seria o Araguaia adequado para se fazer uma Hidrovia? Não se esqueça das voçorocas neste rio.
Todo país para atrair investimentos dentro da novíssima divisão internacional do trabalho, deve ser viável, o que significa trabalhar em Just In Time, tendo que possuir boa infra-estrutura. Será que o Brasil em crise energética irá atrair investimentos? De que adianta ter minérios se não se pode extraí-lo a menor custo? Minério tem muito pouco valor agregado. Jamais houve vantagem comparativa para países que produzem matérias primas. O gasoduto virá da Bolívia chegando até Goiás, contudo, toda obra deve pautar-se em Eia - Rima confiável. A instalação de várias Empresas, como a perdigão em Rio Verde, (Detroitização) pode causar sérios impactos ambientais. Alguns bem visíveis são os impactos na represa de Corumbá, com a matança de toneladas de peixes. Serra da Mesa, (agora Cana Brava e Peixe também no rio Tocantins) a represa do Yang Tsé Kiang na China. Preste atenção nas negociações para venda da Celg e das construções da ETA e da ETE em Goiânia, que envolvem a preservação do rio Meia Ponte e sua recuperação, em 50 anos, tendo como modelo o Tamisa. O uso bélico da energia nuclear constitui-se num dos graves problemas atuais. Os TNPs devem ser revistos por todos os países. É lógico, (nascentes do rio Ganges e Indu) países como o Paquistão e a Índia, que disputam a Kashimira, fazem vista grossas as sanções da ONU, onde fica bem visível o colonialismo do Grupo dos sete mais a Rússia, sobre os países emergentes. Estes países estão desenvolvendo, mais e mais, armas biológicas (motivo das sanções da OMC ao Iraque). Estas são consideradas bombas atômicas dos países pobres. Será que o Talibã irá conseguir armas Atômicas?
POPULAÇÃO: Somos dez vezes mais do que os contados em 1990 e três vezes os de 1950. Só na segunda metade do século XX fomos acrescidos algo como 100 milhões de pessoas. O ritmo do crescimento populacional apresentou expressivo declínio. De 1980 a 1991 o crescimento médio anual foi de 1,93% - entre 1991 a 2000 foi de 1,63%. A redução do crescimento vegetativo deveu-se a redução das taxas de natalidade. Entramos na fase final da transição demográfica. Na pirâmide etária sentimos um duplo impacto: redução da participação de crianças e jovens e aumento da participação de idosos. As políticas públicas devem acompanhar as novas tendências populacionais no que se refere à saúde, educação e previdência. Para cada 100 brasileiras existem 96,87 brasileiros, ou seja, 2,7 milhões de mulheres a mais. A explicação é conhecida: a expectativa de vida feminina e mais elevada que a masculina. No meio urbano 94 homens para cada 100 mulheres – no meio rural 110 homens para cada 100 mulheres. As mulheres migram para trabalhar nos serviços e comércio nas cidades. Os homens migram para as fronteiras agrícolas. Todas as regiões tiveram incremento de população, mas o ranking continua inalterado em relação a 1991.
Sudeste com 72 milhões, depois o Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Os três estados mais populosos são: São Paulo (36,9 milhões), Minas Gerais (17,8 milhões), e Rio de Janeiro (14,3 milhões). No país como umas todas as regiões apresentaram queda no ritmo de crescimento populacional, contudo, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentam maiores incrementos populacionais. O Nordeste apresentou o menor incremento de população por ter saldos migratórios negativos. A taxa de urbanização que era de 75,6% em 1991, pulou para mais de 80% em 2000. As regiões mais urbanizadas são a Sudeste e Centro-Oeste, sendo as menos urbanizadas, Norte e Nordeste. Contudo, a relação entre população rural e urbana deve ser analisada com cautela. Simples distritos com mais de 2000 habitantes, aqui no Brasil, são população urbana, o que produz uma urbanização ilusória. Na China, por exemplo, para ser população urbana o distrito tem que ter mais de 10.000 habitantes. Na Europa há um cruzamento da população absoluta com a densidade demográfica. Cabe ao IBGE estabelecer novo critério e objetivo para o Censo Brasil.
Sobre população devemos nos ater as teorias de Thomas Malthus (século XVIII), em contraposição as teorias dos anarquistas ou dos socialistas e reformistas. Os primeiros são, em suma, controlistas, pessimistas, antinatalistas, propondo um controle da população sem que haja distribuição de renda. Este é o ponto fundamental de suas divergências com os natalistas, representados pelo segundo grupo. Para os primeiros, pobre é pobre porque possui muitos filhos devendo ser controlada a natalidade a qualquer custo. Já os reformistas dizem num discurso reverso que ter muitos filhos é uma conseqüência da pobreza. Os neomalthusianistas surgiram no século XX, num período de industrialização e urbanização dos países subdesenvolvidos. Cuidado com o discurso dos ecomalthusianistas que dizem ser necessário eliminar os pobres para que eles não acabem com as reservas naturais do globo. Um menino Suíço gasta US$ 500,00, enquanto um africano Sudanês tem que viver com US$ 1,00. O que você acha desta postura?
Lembre-se da luta controlista da China. Contudo, a Índia será o país mais populoso do globo em 2050. Mas em contrapartida a Itália passará, segundo as estatísticas, de 59.000.000 para 40.000.000 no mesmo período. O governo alemão começou uma campanha para combater os neonazistas. A Europa em quase sua totalidade com população envelhecida vive o dilema: Abrir ou não abrir para receber imigrantes. A verdade é que com xenofobia ou não o mundo entra lentamente num processo de transição demográfica. Hoje, não se passa fome por falta de alimentos, já que há superprodução de comida. O fato é que alimento é uma mercadoria essencial, sendo, portanto, uma fonte importante de lucro. Chegamos ao bebê seis bilhões, e o desafio do terceiro milênio é o de distribuir melhor a renda do globo. Os muros erguidos hoje são entre ricos e pobres, como os erguidos no norte da África para barrar a invasão dos migrantes para a Europa. Produzimos mais alimentos por pessoa do que nos anos 50, mas o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza absoluta aumenta em muito. O conflito atual mudou se eixo que era L/O e hoje é N/S. E china e os Estados Unidos?
Superpopulação é sempre relativo. Sendo assim, nunca se pode dizer que a área determina pela quantidade de indivíduos que a habita, o grau de desenvolvimento de uma comunidade. Fatores externos como o colonialismo, ou ainda, culturais, sociais, políticos e econômicos, são os critérios a serem levados em conta na análise. Superpopulação é sempre relativo à capacidade da população de prover do meio sem exauri-lo. Sentido da migração internacional que era Norte-Sul, hoje é Sul-Norte. Há em todos os países aversão a estrangeiros. Um exemplo típico do nível de xenofobia, é que, até os tigrinhos asiáticos estão se defendendo da invasão de estrangeiros.
Houve vários atritos entre Brasileiros e Paraguaios na ponte da amizade. Os Brasileiros são acusados de serem informais e retirarem trabalho dos Paraguaios. Esta é uma forma de migração pendular e internacional ao mesmo tempo. Por esta razão estes brasileiros são denominados de Brasiguaios. As cidades no Brasil estão retornando os indigentes para suas regiões de origem, promovendo uma desova dos indesejáveis. Muitas prefeituras utilizam-se deste expediente para livrarem-se de encargos sociais. No Brasil, por exemplo, há uma tendência às bipartições de Estados, onde a parte mais rica se vê livre de áreas mais pobres. Há uma, bem palpável, tendência a desmetropolização reforçada, nos dias atuais, pela migração de retorno. Migração não pode ser vista do ponto de vista quantitativo, mas sim qualitativo. Crescem proporcionalmente, hoje no Brasil, as médias cidades. Um problema sério e a questão do Estado do entorno de Brasília. (Prestar atenção nas políticas curativas das cestas (cartões cidadania) de alimentos, como fator atrator de população).
As fronteiras agrícolas são atratoras, com um intenso crescimento de núcleos urbanos, gerando por outro lado um caos social. A grilagem de terra, (recentemente houve grilagem de terras dos índios Caiapós) a presença de jagunços, os gatos, a escravidão de menores e adultos (escravidão de armazém), a fome, o desemprego tecnológico, as lutas do MST (armadas e acompanhadas de protestos como o que comemorou o massacre de dezenove sem terra em El Dourado do Carajás) por reforma agrária, são problemas sociais sérios e de premência para resolução. Há uma reforma agrária para o governo e outra para o MST, com a qual todos parecem concordar, mas que são coisas opostas para os lados.
Quais são as diferenças básicas? Para o MST a proposta do governo é um ajuste as condições da globalização. O MST quer terra para trabalho e não terra de negócio como propõe o governo. Para o MST a terra não é fonte de lucro, mas sim um meio de vida dos camponeses, instrumento de revolução e uma forma de abastecer o mercado interno. O Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, são os principais responsáveis por este contra fluxo migratório. São pessoas que buscam "uma melhor qualidade de vida", fugindo da vida agitada dos grandes centros urbanos, ou ainda, por outro lado, há o fascínio exercido pelas cidades sobre as populações rurais. Goiânia já é cosmopolita por atrair gente de todos os lugares. Sem uma resposta satisfatória em termos de infra-estrutura e empregos, começa a apresentar problemas típicos de grandes centros. Dê uma analisada neste aspecto. A criminalidade, o aumento do comércio informal, são os resultados palpáveis desta má distribuição de renda. Goiânia e Brasília duas, ilhas de modernidade, tem atraído muitos miseráveis. Estes são problemas estruturais muito visíveis em nossa realidade, sendo uma parte no todo.
A mão-de-obra está cada dia mais nômade. Assim, surgem as formas de se complementar renda. O trabalho zero hora, sem vínculo empregatício com as empresas, os part times (parte de tempo) estão cada vez mais presentes. O Estado está retirando todo tipo de estabilidade dos trabalhadores, votando reformas na previdência social e instituindo o contrato temporário de trabalho. Num contexto de economia globalizada, com um desemprego estrutural, agravado pelo desemprego tecnológico, onde em vários países centrais ele já ultrapassa a casa dos dois dígitos, o trabalhador tem que se qualificar ao máximo, (trabalhador multifuncional), pois a revolução técnico-científica elimina o trabalhador especializado. As empresas estão requerendo além do QI o QE, (quociente emocional do trabalhador) critério básico para as admissões no mercado de trabalho. Hoje se requer sempre disposição para aprender constantemente. Busca-se o trabalhador Bombril (mil e uma utilidades). Em todo o mundo fala-se em redução de cargas horárias. Enquanto na China e tigrinhos asiáticos há superexploração de mão-de-obra.
O processo de globalização é o grande norteador das questões dos vestibulares atuais. Parece que o mundo vai virar um Shopping Center Global e para tal insistem em modificar nossos hábitos e valores para que consumamos esse produto global. Contudo, não nos servem as receitas do FMI num mundo com tantas alternativas. Não precisamos assim, cair na onda de Ecomalthusianistas histéricos que prevêem numa visão fatalista que a periferia será sempre periférica. E mais, o que é periférico, não necessariamente é periferia. Haverá sempre alternativa. Destarte, a globalização e, antes de tudo, a velocidade de inserção nela deve ser bem analisada por todos os países e povos do globo, especialmente os periféricos.
GLOBALIZAÇÃO: Se posicione diante do processo de privatização das empresas. As empresas estão sendo privatizadas em nome do liberalismo econômico, que promove um livre mercado, (Fusões e Monopólios) servindo a abertura ao capital internacional. Setores estratégicos, como os das telecomunicações, de energia, produção mineral, foram os primeiros a serem desestatizados. O que os apagões têm haver com isso? As populações passam a estar em mal estar social. Vivemos no Brasil um claro processo de sucateamento da Petrobrás. O discurso ecológico serve para jogar a empresa contra a opinião pública, justificando, desta forma, sua privatização. Uma tendência nos tempos atuais é o crescimento das associações de bairros e das ONGs, que tentam preencher as lacunas deixadas pelo Estado de mal estar social.
O liberalismo promove o financiamento, por parte dos Estados e prefeituras, das empresas para se instalarem em áreas doadas, tendo como atrativos as isenções de impostos e financiamentos. Vide as recentes instalações de empresas em Goiás, e construção de apoio logístico tais como: Serra da mesa, Cana Brava e a Usina de Corumbá, ou ainda, a Norte-Sul, o oleoduto e o gasoduto vindo da Bolívia. Preste atenção na chamada guerra fiscal e a falência do pacto federativo. Vide as recentes disputas entre Goiás e São Paulo envolvendo a questão do amianto e dos produtos goianos vendidos naquele estado a preço mais acessíveis. São Paulo taxou os produtos porque Goiás da condição favoráveis para que as empresas trabalhem a menor custo. O Estado do Tocantins tem atraído muitas empresas dando-lhes facilidades. Goiás lançou o FOMENTAR. As universidades públicas estão sendo sucateadas pelo neoliberalismo, contudo, são centros de excelência e de pesquisa. Será que o Brasil Tendência Rosa, apresentado na última eleição, irá reverter o processo neoliberal e investir mais em educação e saúde?
Preste uma especial atenção ao processo de deslocamento das indústrias pelo mundo. As indústrias de ponta, próprias da terceira revolução industrial, tais como a cibernética, a robótica, as telecomunicações, indústrias com grandes valores agregados, ficam nos países centrais, enquanto as indústrias de menor valor agregado espalham-se pelo terceiro mundo. No Brasil, as empresas estão fugindo das áreas congestionadas do sudeste, num processo de descentralização (Detroitização). Saiba diferenciar os setores da economia: Primário, secundário, terciário, terciário-moderno ou quaternário. Saiba como estes setores estão sendo reestruturados pelo mundo na Nova Ordem Mundial baseada na Revolução Tecnocientífica. Há uma tendência evidente de derrocada do modelo Fordista, sendo bem visível a Toytização, baseada na acumulação flexível, capital intangível e na reestruturação da força de trabalho. As empresas fazem atualmente enxugamentos e terceirizações, promovendo uma reengenharia em seus setores. Assim, os produtos, hoje, são multinacionais. Os países investidores estão tomando o maior cuidado ao investirem em países emergentes devido à grande quantidade de capital volátil, contudo, crescem economicamente dos paraísos fiscais.
Globalização não é oposta a regionalização. Na América, a ALCA em sua reunião na cúpula das América em Santiago, cogitou a adesão de Cuba. No MERCOSUL, as divergências entre Brasil e Argentina, pautam-se nas taxações brasileiras aos produtos agropecuários argentinos e no câmbio desfavorável a estes. O MERCOSUL é a pedra no caminho da ALCA. Mais do que ser uma crise no câmbio e de flutuações de juros, a crise da Argentina desestabiliza o MERCOSUL e abre caminho para a ALCA. A Argentina está entre a cruz e a espada: Ou dolariza ou desvaloriza a moeda. Lembre-se de que países da América já dolarizaram suas economias, este é o caso do Equador e Peru e que outros falam em dolarizar, como são Argentina e México reforçando, assim, a ALCA. No projeto da ALCA o Brasil tenta dar uma refreada. Realizou duas cimeiras (reuniões de MERCOSUL com a União Européia) sem lograr êxito. A Europa continua fechada e protecionista. Os americanos estão levando o processo a sério e vão começar a ALCA pelo Chile que saiu do Pacto Andino para ingressar na APEC. Na verdade há uma desconfiança dos Hermanos pela postura de xerife assumida pelo Brasil que veladamente polariza os países da América do Sul, assentando o governo antidemocrático do Peru, intervindo na guerra Peru e Equador, conversando com o governo antineoliberal da Venezuela, aproveitando-se de sua liderança dentro da OEA. Vide o gasoduto da Bolívia, as hidrovias e as estradas arquitetadas pelo Brasil na América do Sul, tentando polarização da economia sul-americana. Será que vamos combater os narcotraficantes da Colômbia? Na verdade o Brasil tenta fazer um bloco sub-regional, par entregar o pacote para a ALCA (EUA). Os últimos acontecimentos como a crise entre Canadá e Brasil envolvendo a carne de vaca louca e os aviões canadenses e brasileiros só esvaziaram a pauta da reunião do Canadá em Abril. Esta tratou de ajustar a área de livre comércio. O governo FHC num jogo duro negou a adesão e de olho em seu sucessor, elevou o salário, sem aumentar o seu poder de compra, baixando o preço do petróleo no mesmo mês.
CIDADES: Quais os problemas das nossas cidades? Saber o que é movimento pendular, (muitas cidades já implantaram o transporte alternativo) comércio informal e formal. As cidades mudam suas formas e funções. Assim sendo, saiba quais as diferenças entre cortiço, jardins e favelas. Nossas cidades se ressentem de um melhor plano diretor, o que é a causa de sérios problemas ambientais, como a ilha de calor, o efeito de estufa, inversão térmica, a emissão de efluentes que contribui para a eutrofização de água, assoreamento de rios e impermeabilidade de área urbana. As grandes enchentes são uma constante, porque nossas cidades estão com estruturas envelhecidas. A conturbação de cidade gera problemas de administração entre os municípios envolvidos. As reciclagens de lixo se revestem de uma importância nos tempos atuais.
CONFLITOS: Tivemos a comemoração da queda do Muro de Berlim e pudemos ver o atraso econômico da Alemanha Oriental. Também a Rússia parece estar longe da casa comum Européia. Os Estados multinacionais são o motivo básico dos movimentos separatistas.
Chipas no Sul do México: Liderados por Marcos, zapatistas, socialistas, indígenas, fizeram uma marcha com mais 500.000 militantes pela independência do Estado de Chiapas.
Chechênia: A maioria da população é Muçulmana Sunita. Região rica em minério e petróleo entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Geoestratégica para a Rússia e situada nos Montes Cáucaso, quando a Thechênia declarou independência foi severamente reprimida.
Timor Leste, Aceh e Molucas na Indonésia: O conflito religioso nas Ilhas Molucas foi a ponta do iceberg da crise sectária e separatista que ameaçava a unidade territorial da Indonésia, formada por 17 mil ilhas. O Timor Leste, antiga colônia portuguesa, invadida em 1975 pela Indonésia, obteve sua independência em agosto após um referendo, mas pagou com milhares, de pessoas. Guerrilheiros do Movimento Aceh Livre proclamam que a guerra contra os colonialistas e imperialistas de Jacarta só terminará com a independência do território, no norte da Ilha de Sumatra. Há lutas entre cristãos e Muçulmanos. A Indonésia é o maior país muçulmano e o quarto país mais populoso do mundo.
Pampas: Alegam a falência do pacto federativo aliados a fatores culturais, sociais e tradição de resistência desde a Farroupilha, Sete povos da Missão e Política Tenentista.
Coréias: Será que o caminho que estão seguindo as duas Coréias é fácil? A do sul novo rico, tigre proeminente, tecnopolo, área de transbordamento de capital americano e japonês com renda percápta superior a US$ 24.000. A norte fechada, apoiada pela china, sucateada, com renda percápta de US$ 3.800, mas com um dos exércitos mais bem armados da terra.
Será que a guerra fria acabou? E o caso do submarino Russo? Lembre-se do recente incidente ou acidente envolvendo um caça chinês e um avião espião americano. A china cresce muito e já é chamada pelos Americanos de competidor de peso, adversário em potencial. Por esta causa o Pentágono volta suas atenções e forças para o Pacífico. O foco de atenção dos americanos deixa de ser a Europa e passa a ser a Ásia. É uma nova Guerra fria? E o filme a justiça vermelha e além da linha vermelha? Na China o Tibet/Dalai Lama – O mentor, anexado em 1950 tem apoio internacional para sua independência; A devolução de Macau; A recente eleição em Taiwan a ilha rebelde desde a saída das forças de Chiang Kai Ske para formar a China Nacionalista fugindo das forças comunistas de Mao Tsé Tung. Os Falun Gong uma ceita sem caráter ideológico, mas uma ameaça a ordem pública, com milhões de seguidores na china.
Quebec: Parte considerável da população da província de Quebec, onde predomina a cultura de origem francesa, quer sua separação do restante do país, sua independência. No último plebiscito realizado com essa finalidade, em 1995, os separatistas quase atingiram seu objetivo.
Iugoslávia: O caso da Iugoslávia esta associado a vários povos eslavos do antigo império Austro-Húngaro, só unificado nos anos 40 para livrar-se da forças de Hitler. Como a URSS foi quem deu o apoio a Iugoslávia caiu sob influência das forças Soviéticas depois do término da guerra. Tito governou estas etnias sob pulso forte, fazendo rotatividade de governo até crise Soviética (Perestróica e Glasnost nos anos 80) quando morre. Como um efeito bumerangue foi caindo os sistemas socialistas do Leste Europeu provocando uma sangrenta guerra civil. Daí os Sérvios que se intitulam a Iugoslávia vão ser os principais protagonistas dos massacres principalmente contra albaneses da região de Kossovo, provocando uma Reação da OTAN. Este muito mais do que fazer uma guerra humanitária, queria mostrar poderio bélico recuperando terreno perdido para a URSS durante a Segunda Guerra. Milosevic, ditador que levou o país a fatídica guerra perdeu a eleição e querendo manter-se no poder a qualquer custo viu-se obrigado a renunciar. Milosevic está preso aguardando julgamento. Hoje após os acordos de DAYTON (1995) a Bósnia está dividida em duas Federações Muçulmana Croata e República Sérvia de Srepska. Agora os Albaneses massacrados no passado pelos Sérvios e fortalecidos pelo apoio da ONU entraram em graves conflitos com os Macedônios pela criação da Grande Albânia.
Os Curdos: São 35.000.000 de muçulmanos não árabes sem Estado e há mais de 1000 anos na região do Oriente Médio. Este conflito nacionalista no continente asiático foi bastante peculiar, pois envolveu uma nação cujos componentes estão espalhados pôr alguns países (Iraque, Armênia, Azerbaijão, Turquia, Síria e Irã). O movimento separatista curdo tem sofrido fortes repressões na Turquia e no Iraque, onde o ditador Saddan Hussein promoveu uma carnificina contra os curdos por meio do uso de armas químicas.
No Norte da Espanha e Sul da França: (ETA, Euskadi Ta Askatsuna que significa - Pátria basca e liberdade - motivo étnico) o povo basco, cuja língua e cultura têm origem obscura, mantém sua identidade apesar das centenas de anos sob domínio espanhol e francês. Na Espanha, terroristas começaram a lutar pela independência em 1968 e nos anos 70 aparece o grupo terrorista ETA, que reivindica a independência. O presidente socialista Felipe Gonzales foi acusado de ligação com os esquadrões da morte dos GAL, que exterminavam ativistas bascos.
Irlanda do Norte: O IRA é à base do separatismo da Irlanda do Norte (não se esqueça dos acordos de paz assinados pelo Shin Fein, braço direito do IRA). Neste caso os católicos do Ulster - Irlanda do Norte - que são a minoria querem se unir a Irlanda. Já os protestantes maioria querem permanecer unidos ao Reino Unido.
Caxemira na Índia e Paquistão: Os testes nucleares disputa das nascentes do rio Indu. Budistas, Hinduístas e Muçulmanos travam um terrível luta. O maior cuidado do EUA no caso da Guerra Contra o Terror é que setor do governo do Paquistão forneça armas atômicas ao Grupo Talibã no Afeganistão.
Tutsi e Hutus e o Chifre da África: Tutsi e Hutu em Ruanda e Congo Belga, com 1.000.000 de mortos. A causa básica destas guerras foi o imperialismo que dividiu as nações africanas ou as colocaram juntas em estados artificiais. A monocultura para exportação é também uma causa do nível de mazela ao qual estão submetidos os Estados africanos como é o caso da Etiópia e Somália sem governos e Serra Leoa mergulhada em guerras tribais. A maioria das armas veio da época da Guerra Fria, como é o caso de Angola e Moçambique. Seca e desertificação só agravam este quadro, no qual, em muitos países, como em Botsuana, grande parte da população já adquiriu a AIDS. Quais são as causas e conseqüências da crise de refugiados? As migrações forçadas dentro e através das fronteiras nacionais são uma das conseqüências mais visíveis da perseguição política e dos conflitos armados. Mas tal como tem demonstrado a recente crise do Ruanda, os problemas de refugiados que muitas vezes ficam por resolver também poderão ser a causa de instabilidade, violência e deslocações da população posteriores.
Talibã - Um grupo Xiita radical que controla o Afeganistão e que destruiu as estátuas do Buda. O crescimento do Islamismo também deve ser analisado. Em carta à missão especial da ONU no país, o Ministério do Exterior afegão disse que a decisão é uma reação à exigência feita pelos Estados Unidos de que o Talibã feche seu escritório em Nova Iorque. Este grupo teve apoio dos americanos quando da invasão da URSS. Segundo o governo americano, a exigência segue sanções impostas pela ONU na tentativa de forçar o Talibã a entregar o milionário saudita Osama Bin Laden, que é acusado pelos EUA de patrocinar atos terroristas. O grupo fundamentalista islâmico controla o Afeganistão desde 1996.
Judeus e Palestinos: As recentes negociações para entrega de parte da Cisjordânia onde Palestinos e Judeus, tentam selar acordo. Contudo, há vários interesses envolvidos impedindo o processo de paz. Dentre eles podemos destacar: Questão religiosa - Filhos de Israel (Judeus – Israelitas – descendentes de Sara/Filhos de Ismael - Ismaelitas (Palestino-Árabes/Árabes/Muçulmanos) – descendentes de Hagar. A diáspora dos Judeus e posteriores movimentos Sionista (Theodor Herzl - 1860/1904) pela criação do Estado de Israel (Século XIX) com sua homologação pela ONU em 1948/49, com base no lema - "Uma terra sem povo, para um povo sem terra". A falta de compromisso da ONU para com a demarcação do Estado Palestino. A insatisfação dos Árabes por ver seus territórios invadidos na Guerra dos seis dias / 1967 - Golã, Gaza, Palestina, Cisjordânia e Sinai (devolvido ao Egito pelo acordo de Camp David). A ação de grupos guerrilheiros que pregam a destruição do Estado de Israel como Hamas (grupo islâmico Palestino) e o Hezbolat (Homens bomba). A disputa pelo controle de Jerusalém que é a terra santa para vários grupos religiosos. A água que é uma questão geoestratégica para os povos da região, como é o caso da Cisjordânia para Israel, pois contem grande parte das nascentes do rio Jordão. A postura americana que tem Israel um lacaio (e agora a postura de Sharon?) e promove embargos ao Iraque, desagradando assim aos árabes, ligados no passado, pelo império Turco-Otomano. Por último o fator cultural na tentativa ocidental de abrir o mundo Muçulmano ao processo de Globalização. Estas são algumas das facetas dos conflitos no Oriente Médio. A possível solução para a Questão se baseia em três pontos fundamentais que são: O retorno dos Palestinos refugiados (quatro milhões - Guerra de 1948), a criação do Estado Palestino e suas fronteiras e por último a soberania de Jerusalém. A transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém só agravou a atual situação. A recente eleição de Sharon, - Chamado de "açougueiro". Mal se passa um dia sem que um articulista enumere a longa lista de agressões sangrentas atribuídas a ele. Nenhuma conversa sobre ele acaba sem que as agressões sejam citadas. A principal é o assassinato de centenas de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, no Líbano, em 1982. Com ele os Palestinos não entram em acordo - em Israel, aliada a postura intransigente de Bush, em nada faz avançar as negociações. Não devemos esquecer de que o sonho de unidade Árabe apregoado pela OLP é um tanto quanto utópico, pois no Setembro Negro forças Jordanianas mataram milhares de Palestinos refugiados neste país.
Colômbia: Seguem o sonho de liberdade da América Espanhola, guiados pelo mito Simon Bolívar. Assim, os americanos, em sua crise, querem apressar a área de livre comércio e combater as Farcs na Colômbia para dar um fôlego para a indústria bélica. As Farcs na Colômbia, guerrilheiros socialistas que utilizam do narcotráfico para obter armas. Daí o plano Colômbia imposto pelos americanos para deflagrar a guerrilha que já controla 622 municípios na Colômbia. O Brasil foi encarregado de fechar as suas fronteiras. Contudo, sabemos que a Amazônia é geoestratégica e como querem os americanos: Patrimônio da humanidade tal qual ensinam aos seus filhos.
Iraque: Iraque possuía da ordem de 200 bombas com material biológico com tipos diferentes de bactérias as equipes e os equipamentos utilizados foram iraquianos: Dois grupos de pesquisadores trabalharam em regime de tempo integral para desenvolver as culturas em fermentadores originalmente utilizados para fabricação de vacinas; esse projeto foi desenvolvido em cinco anos.
Quanto a esta questão, não confundir, por exemplo, efeito estufa, (natural, conceito da Física) com efeito de estufa (aquele provocado pela ação do homem, conceito da geografia). Lembre-se: a última grande conferência sobre o clima se deu em Kyoto, Japão, no ano de 1997, sendo que este ano houve mais um encontro em Bohn no qual ficou claro que alguns países não estão cumprindo suas resoluções. Dois resistentes foram a Austrália e o Japão. O Governo Bush neoliberal de direita não ratificou o acordo de Kyoto mesmo sendo os EUA responsáveis pela emissão de ¼ dos "gases de estufa" do globo. Um capítulo polêmico deste encontro foi à emissão dos gases de estufa, cujas quantidades devem ser reduzidas ao nível de quinze anos atrás. Os Americanos são 100 milhões de carros. Cada americano consome energia para: três suíços, quatro italianos, 160 tanzanianos e 1100 ruandeses. Utilizam 40% dos recursos renováveis do globo sendo que suas fontes de energia são baseadas em combustíveis fósseis: Carvão, Petróleo e Gás Natural.
A questão ambiental é uma questão global, sendo necessária uma ação conjunta de todos os países do globo. As energias carbonadas, petróleo e carvão, principalmente, as queimadas, os gases emitidos pelas fábricas, são causas básicas do efeito de estufa, ilha de calor, chuva ácida e inversão térmica, problemas sérios dos tempos atuais e que reforçam uma de nossas principais contradições. Ela reside no fato de não coadunarmos desenvolvimento científico e questão ambiental. Lembre-se de que, no Brasil, estamos conhecendo sérios retrocessos na legislação ambiental. Os principais são poder reflorestar com eucalípteros e o projeto de desmatamento da Amazônia em fase de discussão. O projeto da bancada ruralista prevê redução da área de preservação dos atuais 80% para 20% na Amazônia e de 35% para 20% no Cerrado Amazônico.
Na quarta conferência mundial sobre o clima, chegou-se a conclusão de que a temperatura da terra deve elevar-se mais 5 graus até 2100. Os gases de estufa proveniente da queima combustíveis fósseis, em especial o petróleo e carvão, faz nossa necessidade de fontes alternativas como a solar, a eólica, a das marés, a dos géiseres ou a de biomassa, que são as fontes da revolução técnicas científica. A agenda 21 é um plano ambicioso que prevê a implantação de um programa de desenvolvimento sustentável para todo o globo para o século XXI. Nela os países X se comprometem destinar 0,7% dos seus PIBs para aplicação neste programa. Por enquanto só mandaram as fábricas que mais poluem. Há uma proposta de crescimento zero não aceita pelos países periféricos uma vez que teriam que estagnar o seu processo de industrialização.
Nas regiões de fronteira agrícola, ou em países de industrialização recente, tais como os tigrinhos asiáticos, é muito comum o uso de queimadas para limpar campos. Estas se dão nos meses mais secos do ano, em áreas de pastagens ou queimam de coivaras, casando acidentes em rodovias, com mortes de pessoas, animais, e sérios problemas respiratórios em cidades circundadas por canaviais, num dos casos mais alarmantes de poluição atmosférica. A escravidão de menores e de armazém é uma constante nas áreas de carvoaria, como as denunciadas na região Centro Oeste e Norte do Brasil. Neste sentido, são também graves as denuncias feitas a China dentro da OMC, já que este país é um paraíso proletário e um dos principais acusados de Dunnping Social. Não se esqueça da escravidão de mulheres no mundo muçulmano e da venda de mulheres chinesas.
ÁGUA: A água potável será um dos recursos mais caros envolvendo custo benefício do século XXI. Sendo assim, os rios internacionais são cada vez mais geoestratégicos, motivando conflitos entre os países envolvidos. Um grande exemplo é a questão do Nilo, ou ainda, as nascentes do rio Jordão, palco das disputas entre árabes e judeus, no Oriente Médio. Nestas regiões, água é, relativamente, mais importante que o petróleo. No Centro Oeste do Brasil, a calagem de solo causa eutrofização de mananciais, constituindo-se em um grave impacto sobre recursos hídricos. Não falta água por falta de chuvas. A grande causa da escassez é o mau uso dos solos agrícolas e urbanos por compactação pelo uso de máquinas e pastoreio ou ainda pela impermeabilidade de área urbana. Fala-se em taxar todo e qualquer uso de água. É necessário racionalizar o uso da água e, em caso extremo, seu racionamento. Quarenta municípios goianos já apresentam problemas crônicos com abastecimento de água. No município de Bom Jesus de Goiás os pivôs de irrigação chegaram a ser paralisados por ordem do ministério público. Todas as grandes cidades do mundo já se ressentem deste recurso, em especial as megacidades dos países periféricos, serão palcos, mais e mais, de disputas por rios que as abastecem e de grandes epidemias. O Nilo e o Níger são dois bons exemplos destas disputas. O Brasil embora tendo a maior reserva de água disponível do globo apresenta regiões em estresse hídrico, menos de 2000 metros cúbicos de água por habitante por ano. Este é o caso de muitas áreas do Nordeste.
ENERGIA: O século XIX foi da máquina a vapor, um motor a combustão externa. O século XX foi do motor a combustão interna. Já o século XXI será da célula de combustível que promete divorciar o automóvel da poluição. Quanto a nossa crise energética, tanto a Petrobrás quanto o setor energético e tudo o que é público no Brasil passaram a sofrer as conseqüências do projeto neoliberal. A receita do FMI foi retirar dinheiro das estatais para equilibrar as contas públicas. O resultado foi que não só a Petrobrás como todo o setor energético sofreram com tais medidas resultando em graves "Acidentes Ecológicos", ameaças, ou até mesmo, apagões. Agora dois setores geoestratégicos estão prontos para serem privatizados. Outros setores como saúde, transporte e educação também estão sucateados. Desta forma os meios de comunicação de massa imperam em suas opiniões. Quanto às fontes de energia, temos que analisá-las em termos de disponibilidade, viabilidade, extração, transporte, armazenamento, distribuição, poluente ou limpa, renovável ou esgotável. Assim, no caso do Brasil, as fontes alternativas, (biomassa, eólica ou solar) assumem uma importância fundamental por ser um país tropical. A energia solar é considerada a fonte energética do século XXI. Na década de 70, houve o fortalecimento da OPEP e OPAEP, (países produtores de petróleo) em reação às sete irmãs (empresas que controlam a distribuição do petróleo no globo e estão em processo de fusões). No mundo, como todos os países buscaram as fontes alternativas como forma de se prevenirem ante as crises do petróleo. Lembre-se do programa Proálcool, da tentativa ineficaz das nucleares que Fernando Henrique acabou por quase desativar. É bom lembrar-se dos erros de projetos, como a represa de Balbina no Amazonas, causando sérios problemas ao meio ambiente. Por estes fatores, a década de 70 é considerada a década da crise energética, além, é claro, da variável social, com baixos salários e repressão militar duríssima. Lembrar da Operação Condor dos militares latino-americanos que trabalharam em conjunto na repressão as forças revolucionárias. Já a década de 80 foi considerada a década da destruição e perdida com problemas ambientais sérios, dentre eles o acidente com o Césio em Goiânia.
Associe fontes de energia ao tipo de transporte adotado em cada país. Desta forma, fica mais fácil entender quais países são mais velozes na produção, como os tigres ou tigrinhos asiáticos, e porque países como o Brasil, Índia, China, Indonésia e Rússia são considerados países baleias, por serem grandes e lentos. O modelo de transporte rodoviário é o mais caro. O ferroviário é muito viável para o Brasil. Lembre-se da Norte-Sul que vai interligar Belém (PA) a Senador Canêdo e começou, este ano, suas obras em Anápolis.
A hidrovia é, sem dúvida, o transporte mais barato, em termos de custo benefício. Recentemente, num total desrespeito a legislação ambiental, barcaças de grande calado resolveram, a revelia, tentar abrir uma hidrovia no rio Araguaia. Seria o Araguaia adequado para se fazer uma Hidrovia? Não se esqueça das voçorocas neste rio.
Todo país para atrair investimentos dentro da novíssima divisão internacional do trabalho, deve ser viável, o que significa trabalhar em Just In Time, tendo que possuir boa infra-estrutura. Será que o Brasil em crise energética irá atrair investimentos? De que adianta ter minérios se não se pode extraí-lo a menor custo? Minério tem muito pouco valor agregado. Jamais houve vantagem comparativa para países que produzem matérias primas. O gasoduto virá da Bolívia chegando até Goiás, contudo, toda obra deve pautar-se em Eia - Rima confiável. A instalação de várias Empresas, como a perdigão em Rio Verde, (Detroitização) pode causar sérios impactos ambientais. Alguns bem visíveis são os impactos na represa de Corumbá, com a matança de toneladas de peixes. Serra da Mesa, (agora Cana Brava e Peixe também no rio Tocantins) a represa do Yang Tsé Kiang na China. Preste atenção nas negociações para venda da Celg e das construções da ETA e da ETE em Goiânia, que envolvem a preservação do rio Meia Ponte e sua recuperação, em 50 anos, tendo como modelo o Tamisa. O uso bélico da energia nuclear constitui-se num dos graves problemas atuais. Os TNPs devem ser revistos por todos os países. É lógico, (nascentes do rio Ganges e Indu) países como o Paquistão e a Índia, que disputam a Kashimira, fazem vista grossas as sanções da ONU, onde fica bem visível o colonialismo do Grupo dos sete mais a Rússia, sobre os países emergentes. Estes países estão desenvolvendo, mais e mais, armas biológicas (motivo das sanções da OMC ao Iraque). Estas são consideradas bombas atômicas dos países pobres. Será que o Talibã irá conseguir armas Atômicas?
POPULAÇÃO: Somos dez vezes mais do que os contados em 1990 e três vezes os de 1950. Só na segunda metade do século XX fomos acrescidos algo como 100 milhões de pessoas. O ritmo do crescimento populacional apresentou expressivo declínio. De 1980 a 1991 o crescimento médio anual foi de 1,93% - entre 1991 a 2000 foi de 1,63%. A redução do crescimento vegetativo deveu-se a redução das taxas de natalidade. Entramos na fase final da transição demográfica. Na pirâmide etária sentimos um duplo impacto: redução da participação de crianças e jovens e aumento da participação de idosos. As políticas públicas devem acompanhar as novas tendências populacionais no que se refere à saúde, educação e previdência. Para cada 100 brasileiras existem 96,87 brasileiros, ou seja, 2,7 milhões de mulheres a mais. A explicação é conhecida: a expectativa de vida feminina e mais elevada que a masculina. No meio urbano 94 homens para cada 100 mulheres – no meio rural 110 homens para cada 100 mulheres. As mulheres migram para trabalhar nos serviços e comércio nas cidades. Os homens migram para as fronteiras agrícolas. Todas as regiões tiveram incremento de população, mas o ranking continua inalterado em relação a 1991.
Sudeste com 72 milhões, depois o Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Os três estados mais populosos são: São Paulo (36,9 milhões), Minas Gerais (17,8 milhões), e Rio de Janeiro (14,3 milhões). No país como umas todas as regiões apresentaram queda no ritmo de crescimento populacional, contudo, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentam maiores incrementos populacionais. O Nordeste apresentou o menor incremento de população por ter saldos migratórios negativos. A taxa de urbanização que era de 75,6% em 1991, pulou para mais de 80% em 2000. As regiões mais urbanizadas são a Sudeste e Centro-Oeste, sendo as menos urbanizadas, Norte e Nordeste. Contudo, a relação entre população rural e urbana deve ser analisada com cautela. Simples distritos com mais de 2000 habitantes, aqui no Brasil, são população urbana, o que produz uma urbanização ilusória. Na China, por exemplo, para ser população urbana o distrito tem que ter mais de 10.000 habitantes. Na Europa há um cruzamento da população absoluta com a densidade demográfica. Cabe ao IBGE estabelecer novo critério e objetivo para o Censo Brasil.
Sobre população devemos nos ater as teorias de Thomas Malthus (século XVIII), em contraposição as teorias dos anarquistas ou dos socialistas e reformistas. Os primeiros são, em suma, controlistas, pessimistas, antinatalistas, propondo um controle da população sem que haja distribuição de renda. Este é o ponto fundamental de suas divergências com os natalistas, representados pelo segundo grupo. Para os primeiros, pobre é pobre porque possui muitos filhos devendo ser controlada a natalidade a qualquer custo. Já os reformistas dizem num discurso reverso que ter muitos filhos é uma conseqüência da pobreza. Os neomalthusianistas surgiram no século XX, num período de industrialização e urbanização dos países subdesenvolvidos. Cuidado com o discurso dos ecomalthusianistas que dizem ser necessário eliminar os pobres para que eles não acabem com as reservas naturais do globo. Um menino Suíço gasta US$ 500,00, enquanto um africano Sudanês tem que viver com US$ 1,00. O que você acha desta postura?
Lembre-se da luta controlista da China. Contudo, a Índia será o país mais populoso do globo em 2050. Mas em contrapartida a Itália passará, segundo as estatísticas, de 59.000.000 para 40.000.000 no mesmo período. O governo alemão começou uma campanha para combater os neonazistas. A Europa em quase sua totalidade com população envelhecida vive o dilema: Abrir ou não abrir para receber imigrantes. A verdade é que com xenofobia ou não o mundo entra lentamente num processo de transição demográfica. Hoje, não se passa fome por falta de alimentos, já que há superprodução de comida. O fato é que alimento é uma mercadoria essencial, sendo, portanto, uma fonte importante de lucro. Chegamos ao bebê seis bilhões, e o desafio do terceiro milênio é o de distribuir melhor a renda do globo. Os muros erguidos hoje são entre ricos e pobres, como os erguidos no norte da África para barrar a invasão dos migrantes para a Europa. Produzimos mais alimentos por pessoa do que nos anos 50, mas o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza absoluta aumenta em muito. O conflito atual mudou se eixo que era L/O e hoje é N/S. E china e os Estados Unidos?
Superpopulação é sempre relativo. Sendo assim, nunca se pode dizer que a área determina pela quantidade de indivíduos que a habita, o grau de desenvolvimento de uma comunidade. Fatores externos como o colonialismo, ou ainda, culturais, sociais, políticos e econômicos, são os critérios a serem levados em conta na análise. Superpopulação é sempre relativo à capacidade da população de prover do meio sem exauri-lo. Sentido da migração internacional que era Norte-Sul, hoje é Sul-Norte. Há em todos os países aversão a estrangeiros. Um exemplo típico do nível de xenofobia, é que, até os tigrinhos asiáticos estão se defendendo da invasão de estrangeiros.
Houve vários atritos entre Brasileiros e Paraguaios na ponte da amizade. Os Brasileiros são acusados de serem informais e retirarem trabalho dos Paraguaios. Esta é uma forma de migração pendular e internacional ao mesmo tempo. Por esta razão estes brasileiros são denominados de Brasiguaios. As cidades no Brasil estão retornando os indigentes para suas regiões de origem, promovendo uma desova dos indesejáveis. Muitas prefeituras utilizam-se deste expediente para livrarem-se de encargos sociais. No Brasil, por exemplo, há uma tendência às bipartições de Estados, onde a parte mais rica se vê livre de áreas mais pobres. Há uma, bem palpável, tendência a desmetropolização reforçada, nos dias atuais, pela migração de retorno. Migração não pode ser vista do ponto de vista quantitativo, mas sim qualitativo. Crescem proporcionalmente, hoje no Brasil, as médias cidades. Um problema sério e a questão do Estado do entorno de Brasília. (Prestar atenção nas políticas curativas das cestas (cartões cidadania) de alimentos, como fator atrator de população).
As fronteiras agrícolas são atratoras, com um intenso crescimento de núcleos urbanos, gerando por outro lado um caos social. A grilagem de terra, (recentemente houve grilagem de terras dos índios Caiapós) a presença de jagunços, os gatos, a escravidão de menores e adultos (escravidão de armazém), a fome, o desemprego tecnológico, as lutas do MST (armadas e acompanhadas de protestos como o que comemorou o massacre de dezenove sem terra em El Dourado do Carajás) por reforma agrária, são problemas sociais sérios e de premência para resolução. Há uma reforma agrária para o governo e outra para o MST, com a qual todos parecem concordar, mas que são coisas opostas para os lados.
Quais são as diferenças básicas? Para o MST a proposta do governo é um ajuste as condições da globalização. O MST quer terra para trabalho e não terra de negócio como propõe o governo. Para o MST a terra não é fonte de lucro, mas sim um meio de vida dos camponeses, instrumento de revolução e uma forma de abastecer o mercado interno. O Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, são os principais responsáveis por este contra fluxo migratório. São pessoas que buscam "uma melhor qualidade de vida", fugindo da vida agitada dos grandes centros urbanos, ou ainda, por outro lado, há o fascínio exercido pelas cidades sobre as populações rurais. Goiânia já é cosmopolita por atrair gente de todos os lugares. Sem uma resposta satisfatória em termos de infra-estrutura e empregos, começa a apresentar problemas típicos de grandes centros. Dê uma analisada neste aspecto. A criminalidade, o aumento do comércio informal, são os resultados palpáveis desta má distribuição de renda. Goiânia e Brasília duas, ilhas de modernidade, tem atraído muitos miseráveis. Estes são problemas estruturais muito visíveis em nossa realidade, sendo uma parte no todo.
A mão-de-obra está cada dia mais nômade. Assim, surgem as formas de se complementar renda. O trabalho zero hora, sem vínculo empregatício com as empresas, os part times (parte de tempo) estão cada vez mais presentes. O Estado está retirando todo tipo de estabilidade dos trabalhadores, votando reformas na previdência social e instituindo o contrato temporário de trabalho. Num contexto de economia globalizada, com um desemprego estrutural, agravado pelo desemprego tecnológico, onde em vários países centrais ele já ultrapassa a casa dos dois dígitos, o trabalhador tem que se qualificar ao máximo, (trabalhador multifuncional), pois a revolução técnico-científica elimina o trabalhador especializado. As empresas estão requerendo além do QI o QE, (quociente emocional do trabalhador) critério básico para as admissões no mercado de trabalho. Hoje se requer sempre disposição para aprender constantemente. Busca-se o trabalhador Bombril (mil e uma utilidades). Em todo o mundo fala-se em redução de cargas horárias. Enquanto na China e tigrinhos asiáticos há superexploração de mão-de-obra.
O processo de globalização é o grande norteador das questões dos vestibulares atuais. Parece que o mundo vai virar um Shopping Center Global e para tal insistem em modificar nossos hábitos e valores para que consumamos esse produto global. Contudo, não nos servem as receitas do FMI num mundo com tantas alternativas. Não precisamos assim, cair na onda de Ecomalthusianistas histéricos que prevêem numa visão fatalista que a periferia será sempre periférica. E mais, o que é periférico, não necessariamente é periferia. Haverá sempre alternativa. Destarte, a globalização e, antes de tudo, a velocidade de inserção nela deve ser bem analisada por todos os países e povos do globo, especialmente os periféricos.
GLOBALIZAÇÃO: Se posicione diante do processo de privatização das empresas. As empresas estão sendo privatizadas em nome do liberalismo econômico, que promove um livre mercado, (Fusões e Monopólios) servindo a abertura ao capital internacional. Setores estratégicos, como os das telecomunicações, de energia, produção mineral, foram os primeiros a serem desestatizados. O que os apagões têm haver com isso? As populações passam a estar em mal estar social. Vivemos no Brasil um claro processo de sucateamento da Petrobrás. O discurso ecológico serve para jogar a empresa contra a opinião pública, justificando, desta forma, sua privatização. Uma tendência nos tempos atuais é o crescimento das associações de bairros e das ONGs, que tentam preencher as lacunas deixadas pelo Estado de mal estar social.
O liberalismo promove o financiamento, por parte dos Estados e prefeituras, das empresas para se instalarem em áreas doadas, tendo como atrativos as isenções de impostos e financiamentos. Vide as recentes instalações de empresas em Goiás, e construção de apoio logístico tais como: Serra da mesa, Cana Brava e a Usina de Corumbá, ou ainda, a Norte-Sul, o oleoduto e o gasoduto vindo da Bolívia. Preste atenção na chamada guerra fiscal e a falência do pacto federativo. Vide as recentes disputas entre Goiás e São Paulo envolvendo a questão do amianto e dos produtos goianos vendidos naquele estado a preço mais acessíveis. São Paulo taxou os produtos porque Goiás da condição favoráveis para que as empresas trabalhem a menor custo. O Estado do Tocantins tem atraído muitas empresas dando-lhes facilidades. Goiás lançou o FOMENTAR. As universidades públicas estão sendo sucateadas pelo neoliberalismo, contudo, são centros de excelência e de pesquisa. Será que o Brasil Tendência Rosa, apresentado na última eleição, irá reverter o processo neoliberal e investir mais em educação e saúde?
Preste uma especial atenção ao processo de deslocamento das indústrias pelo mundo. As indústrias de ponta, próprias da terceira revolução industrial, tais como a cibernética, a robótica, as telecomunicações, indústrias com grandes valores agregados, ficam nos países centrais, enquanto as indústrias de menor valor agregado espalham-se pelo terceiro mundo. No Brasil, as empresas estão fugindo das áreas congestionadas do sudeste, num processo de descentralização (Detroitização). Saiba diferenciar os setores da economia: Primário, secundário, terciário, terciário-moderno ou quaternário. Saiba como estes setores estão sendo reestruturados pelo mundo na Nova Ordem Mundial baseada na Revolução Tecnocientífica. Há uma tendência evidente de derrocada do modelo Fordista, sendo bem visível a Toytização, baseada na acumulação flexível, capital intangível e na reestruturação da força de trabalho. As empresas fazem atualmente enxugamentos e terceirizações, promovendo uma reengenharia em seus setores. Assim, os produtos, hoje, são multinacionais. Os países investidores estão tomando o maior cuidado ao investirem em países emergentes devido à grande quantidade de capital volátil, contudo, crescem economicamente dos paraísos fiscais.
Globalização não é oposta a regionalização. Na América, a ALCA em sua reunião na cúpula das América em Santiago, cogitou a adesão de Cuba. No MERCOSUL, as divergências entre Brasil e Argentina, pautam-se nas taxações brasileiras aos produtos agropecuários argentinos e no câmbio desfavorável a estes. O MERCOSUL é a pedra no caminho da ALCA. Mais do que ser uma crise no câmbio e de flutuações de juros, a crise da Argentina desestabiliza o MERCOSUL e abre caminho para a ALCA. A Argentina está entre a cruz e a espada: Ou dolariza ou desvaloriza a moeda. Lembre-se de que países da América já dolarizaram suas economias, este é o caso do Equador e Peru e que outros falam em dolarizar, como são Argentina e México reforçando, assim, a ALCA. No projeto da ALCA o Brasil tenta dar uma refreada. Realizou duas cimeiras (reuniões de MERCOSUL com a União Européia) sem lograr êxito. A Europa continua fechada e protecionista. Os americanos estão levando o processo a sério e vão começar a ALCA pelo Chile que saiu do Pacto Andino para ingressar na APEC. Na verdade há uma desconfiança dos Hermanos pela postura de xerife assumida pelo Brasil que veladamente polariza os países da América do Sul, assentando o governo antidemocrático do Peru, intervindo na guerra Peru e Equador, conversando com o governo antineoliberal da Venezuela, aproveitando-se de sua liderança dentro da OEA. Vide o gasoduto da Bolívia, as hidrovias e as estradas arquitetadas pelo Brasil na América do Sul, tentando polarização da economia sul-americana. Será que vamos combater os narcotraficantes da Colômbia? Na verdade o Brasil tenta fazer um bloco sub-regional, par entregar o pacote para a ALCA (EUA). Os últimos acontecimentos como a crise entre Canadá e Brasil envolvendo a carne de vaca louca e os aviões canadenses e brasileiros só esvaziaram a pauta da reunião do Canadá em Abril. Esta tratou de ajustar a área de livre comércio. O governo FHC num jogo duro negou a adesão e de olho em seu sucessor, elevou o salário, sem aumentar o seu poder de compra, baixando o preço do petróleo no mesmo mês.
CIDADES: Quais os problemas das nossas cidades? Saber o que é movimento pendular, (muitas cidades já implantaram o transporte alternativo) comércio informal e formal. As cidades mudam suas formas e funções. Assim sendo, saiba quais as diferenças entre cortiço, jardins e favelas. Nossas cidades se ressentem de um melhor plano diretor, o que é a causa de sérios problemas ambientais, como a ilha de calor, o efeito de estufa, inversão térmica, a emissão de efluentes que contribui para a eutrofização de água, assoreamento de rios e impermeabilidade de área urbana. As grandes enchentes são uma constante, porque nossas cidades estão com estruturas envelhecidas. A conturbação de cidade gera problemas de administração entre os municípios envolvidos. As reciclagens de lixo se revestem de uma importância nos tempos atuais.
CONFLITOS: Tivemos a comemoração da queda do Muro de Berlim e pudemos ver o atraso econômico da Alemanha Oriental. Também a Rússia parece estar longe da casa comum Européia. Os Estados multinacionais são o motivo básico dos movimentos separatistas.
Chipas no Sul do México: Liderados por Marcos, zapatistas, socialistas, indígenas, fizeram uma marcha com mais 500.000 militantes pela independência do Estado de Chiapas.
Chechênia: A maioria da população é Muçulmana Sunita. Região rica em minério e petróleo entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Geoestratégica para a Rússia e situada nos Montes Cáucaso, quando a Thechênia declarou independência foi severamente reprimida.
Timor Leste, Aceh e Molucas na Indonésia: O conflito religioso nas Ilhas Molucas foi a ponta do iceberg da crise sectária e separatista que ameaçava a unidade territorial da Indonésia, formada por 17 mil ilhas. O Timor Leste, antiga colônia portuguesa, invadida em 1975 pela Indonésia, obteve sua independência em agosto após um referendo, mas pagou com milhares, de pessoas. Guerrilheiros do Movimento Aceh Livre proclamam que a guerra contra os colonialistas e imperialistas de Jacarta só terminará com a independência do território, no norte da Ilha de Sumatra. Há lutas entre cristãos e Muçulmanos. A Indonésia é o maior país muçulmano e o quarto país mais populoso do mundo.
Pampas: Alegam a falência do pacto federativo aliados a fatores culturais, sociais e tradição de resistência desde a Farroupilha, Sete povos da Missão e Política Tenentista.
Coréias: Será que o caminho que estão seguindo as duas Coréias é fácil? A do sul novo rico, tigre proeminente, tecnopolo, área de transbordamento de capital americano e japonês com renda percápta superior a US$ 24.000. A norte fechada, apoiada pela china, sucateada, com renda percápta de US$ 3.800, mas com um dos exércitos mais bem armados da terra.
Será que a guerra fria acabou? E o caso do submarino Russo? Lembre-se do recente incidente ou acidente envolvendo um caça chinês e um avião espião americano. A china cresce muito e já é chamada pelos Americanos de competidor de peso, adversário em potencial. Por esta causa o Pentágono volta suas atenções e forças para o Pacífico. O foco de atenção dos americanos deixa de ser a Europa e passa a ser a Ásia. É uma nova Guerra fria? E o filme a justiça vermelha e além da linha vermelha? Na China o Tibet/Dalai Lama – O mentor, anexado em 1950 tem apoio internacional para sua independência; A devolução de Macau; A recente eleição em Taiwan a ilha rebelde desde a saída das forças de Chiang Kai Ske para formar a China Nacionalista fugindo das forças comunistas de Mao Tsé Tung. Os Falun Gong uma ceita sem caráter ideológico, mas uma ameaça a ordem pública, com milhões de seguidores na china.
Quebec: Parte considerável da população da província de Quebec, onde predomina a cultura de origem francesa, quer sua separação do restante do país, sua independência. No último plebiscito realizado com essa finalidade, em 1995, os separatistas quase atingiram seu objetivo.
Iugoslávia: O caso da Iugoslávia esta associado a vários povos eslavos do antigo império Austro-Húngaro, só unificado nos anos 40 para livrar-se da forças de Hitler. Como a URSS foi quem deu o apoio a Iugoslávia caiu sob influência das forças Soviéticas depois do término da guerra. Tito governou estas etnias sob pulso forte, fazendo rotatividade de governo até crise Soviética (Perestróica e Glasnost nos anos 80) quando morre. Como um efeito bumerangue foi caindo os sistemas socialistas do Leste Europeu provocando uma sangrenta guerra civil. Daí os Sérvios que se intitulam a Iugoslávia vão ser os principais protagonistas dos massacres principalmente contra albaneses da região de Kossovo, provocando uma Reação da OTAN. Este muito mais do que fazer uma guerra humanitária, queria mostrar poderio bélico recuperando terreno perdido para a URSS durante a Segunda Guerra. Milosevic, ditador que levou o país a fatídica guerra perdeu a eleição e querendo manter-se no poder a qualquer custo viu-se obrigado a renunciar. Milosevic está preso aguardando julgamento. Hoje após os acordos de DAYTON (1995) a Bósnia está dividida em duas Federações Muçulmana Croata e República Sérvia de Srepska. Agora os Albaneses massacrados no passado pelos Sérvios e fortalecidos pelo apoio da ONU entraram em graves conflitos com os Macedônios pela criação da Grande Albânia.
Os Curdos: São 35.000.000 de muçulmanos não árabes sem Estado e há mais de 1000 anos na região do Oriente Médio. Este conflito nacionalista no continente asiático foi bastante peculiar, pois envolveu uma nação cujos componentes estão espalhados pôr alguns países (Iraque, Armênia, Azerbaijão, Turquia, Síria e Irã). O movimento separatista curdo tem sofrido fortes repressões na Turquia e no Iraque, onde o ditador Saddan Hussein promoveu uma carnificina contra os curdos por meio do uso de armas químicas.
No Norte da Espanha e Sul da França: (ETA, Euskadi Ta Askatsuna que significa - Pátria basca e liberdade - motivo étnico) o povo basco, cuja língua e cultura têm origem obscura, mantém sua identidade apesar das centenas de anos sob domínio espanhol e francês. Na Espanha, terroristas começaram a lutar pela independência em 1968 e nos anos 70 aparece o grupo terrorista ETA, que reivindica a independência. O presidente socialista Felipe Gonzales foi acusado de ligação com os esquadrões da morte dos GAL, que exterminavam ativistas bascos.
Irlanda do Norte: O IRA é à base do separatismo da Irlanda do Norte (não se esqueça dos acordos de paz assinados pelo Shin Fein, braço direito do IRA). Neste caso os católicos do Ulster - Irlanda do Norte - que são a minoria querem se unir a Irlanda. Já os protestantes maioria querem permanecer unidos ao Reino Unido.
Caxemira na Índia e Paquistão: Os testes nucleares disputa das nascentes do rio Indu. Budistas, Hinduístas e Muçulmanos travam um terrível luta. O maior cuidado do EUA no caso da Guerra Contra o Terror é que setor do governo do Paquistão forneça armas atômicas ao Grupo Talibã no Afeganistão.
Tutsi e Hutus e o Chifre da África: Tutsi e Hutu em Ruanda e Congo Belga, com 1.000.000 de mortos. A causa básica destas guerras foi o imperialismo que dividiu as nações africanas ou as colocaram juntas em estados artificiais. A monocultura para exportação é também uma causa do nível de mazela ao qual estão submetidos os Estados africanos como é o caso da Etiópia e Somália sem governos e Serra Leoa mergulhada em guerras tribais. A maioria das armas veio da época da Guerra Fria, como é o caso de Angola e Moçambique. Seca e desertificação só agravam este quadro, no qual, em muitos países, como em Botsuana, grande parte da população já adquiriu a AIDS. Quais são as causas e conseqüências da crise de refugiados? As migrações forçadas dentro e através das fronteiras nacionais são uma das conseqüências mais visíveis da perseguição política e dos conflitos armados. Mas tal como tem demonstrado a recente crise do Ruanda, os problemas de refugiados que muitas vezes ficam por resolver também poderão ser a causa de instabilidade, violência e deslocações da população posteriores.
Talibã - Um grupo Xiita radical que controla o Afeganistão e que destruiu as estátuas do Buda. O crescimento do Islamismo também deve ser analisado. Em carta à missão especial da ONU no país, o Ministério do Exterior afegão disse que a decisão é uma reação à exigência feita pelos Estados Unidos de que o Talibã feche seu escritório em Nova Iorque. Este grupo teve apoio dos americanos quando da invasão da URSS. Segundo o governo americano, a exigência segue sanções impostas pela ONU na tentativa de forçar o Talibã a entregar o milionário saudita Osama Bin Laden, que é acusado pelos EUA de patrocinar atos terroristas. O grupo fundamentalista islâmico controla o Afeganistão desde 1996.
Judeus e Palestinos: As recentes negociações para entrega de parte da Cisjordânia onde Palestinos e Judeus, tentam selar acordo. Contudo, há vários interesses envolvidos impedindo o processo de paz. Dentre eles podemos destacar: Questão religiosa - Filhos de Israel (Judeus – Israelitas – descendentes de Sara/Filhos de Ismael - Ismaelitas (Palestino-Árabes/Árabes/Muçulmanos) – descendentes de Hagar. A diáspora dos Judeus e posteriores movimentos Sionista (Theodor Herzl - 1860/1904) pela criação do Estado de Israel (Século XIX) com sua homologação pela ONU em 1948/49, com base no lema - "Uma terra sem povo, para um povo sem terra". A falta de compromisso da ONU para com a demarcação do Estado Palestino. A insatisfação dos Árabes por ver seus territórios invadidos na Guerra dos seis dias / 1967 - Golã, Gaza, Palestina, Cisjordânia e Sinai (devolvido ao Egito pelo acordo de Camp David). A ação de grupos guerrilheiros que pregam a destruição do Estado de Israel como Hamas (grupo islâmico Palestino) e o Hezbolat (Homens bomba). A disputa pelo controle de Jerusalém que é a terra santa para vários grupos religiosos. A água que é uma questão geoestratégica para os povos da região, como é o caso da Cisjordânia para Israel, pois contem grande parte das nascentes do rio Jordão. A postura americana que tem Israel um lacaio (e agora a postura de Sharon?) e promove embargos ao Iraque, desagradando assim aos árabes, ligados no passado, pelo império Turco-Otomano. Por último o fator cultural na tentativa ocidental de abrir o mundo Muçulmano ao processo de Globalização. Estas são algumas das facetas dos conflitos no Oriente Médio. A possível solução para a Questão se baseia em três pontos fundamentais que são: O retorno dos Palestinos refugiados (quatro milhões - Guerra de 1948), a criação do Estado Palestino e suas fronteiras e por último a soberania de Jerusalém. A transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém só agravou a atual situação. A recente eleição de Sharon, - Chamado de "açougueiro". Mal se passa um dia sem que um articulista enumere a longa lista de agressões sangrentas atribuídas a ele. Nenhuma conversa sobre ele acaba sem que as agressões sejam citadas. A principal é o assassinato de centenas de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, no Líbano, em 1982. Com ele os Palestinos não entram em acordo - em Israel, aliada a postura intransigente de Bush, em nada faz avançar as negociações. Não devemos esquecer de que o sonho de unidade Árabe apregoado pela OLP é um tanto quanto utópico, pois no Setembro Negro forças Jordanianas mataram milhares de Palestinos refugiados neste país.
Colômbia: Seguem o sonho de liberdade da América Espanhola, guiados pelo mito Simon Bolívar. Assim, os americanos, em sua crise, querem apressar a área de livre comércio e combater as Farcs na Colômbia para dar um fôlego para a indústria bélica. As Farcs na Colômbia, guerrilheiros socialistas que utilizam do narcotráfico para obter armas. Daí o plano Colômbia imposto pelos americanos para deflagrar a guerrilha que já controla 622 municípios na Colômbia. O Brasil foi encarregado de fechar as suas fronteiras. Contudo, sabemos que a Amazônia é geoestratégica e como querem os americanos: Patrimônio da humanidade tal qual ensinam aos seus filhos.
Iraque: Iraque possuía da ordem de 200 bombas com material biológico com tipos diferentes de bactérias as equipes e os equipamentos utilizados foram iraquianos: Dois grupos de pesquisadores trabalharam em regime de tempo integral para desenvolver as culturas em fermentadores originalmente utilizados para fabricação de vacinas; esse projeto foi desenvolvido em cinco anos.